Seguimento Meteorológico Livre - 2023

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que miséria, a torneira fecha e depois para voltar a abrir é um problema, até ao fim do mês parece arrumado, a menos que se altere entretanto.
salve as temperaturas que parecem querer baixar para valores mais normais para a época na próxima semana.

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-> https://charts.ecmwf.int/

Está disponível, pesquisando por GraphCast.

Boa noite. Não sei se será o tópico mais indicado, mas deixo à mesma a notícia.
Será mais um "hype" relacionado com a IA, ou será que estaremos à beira de uma revolução na forma de se fazer previsão meteorológica?
Tenho várias reticências...

"Vem aí um novo sistema de previsão do tempo que é 90% mais preciso do que os atuais

Google DeepMind anuncia um novo modelo de previsão das condições climatéricas que promete ser mais preciso do que os modelos atuais em mais de 90% das situações"

O que acham?





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Última edição:
Despite Google’s strong results, weather forecasting is far from solved. Its AI model isn’t designed to provide ensemble forecasts, which detail multiple potential outcomes for a storm or other weather system, along with a range of probabilities that can be especially useful for major events like hurricanes.

AI models also tend to low-ball the strength of some of the most significant events, such as Category 5 storms. That’s possibly because their algorithms favor predictions closer to average weather conditions, making them wary of forecasting extreme scenarios. The GraphCast researchers also reported that their model fell short of the ECMWF’s predictions for conditions in the stratosphere—the upper part of the atmosphere—though they’re not yet sure why.
The ECMWF is creating its own AI weather forecasting model, inspired by GraphCast, betting the agency’s savvy with the physics of the atmosphere can help design a model that works even better. It aims to launch AI-powered forecasts in the coming year or two.

-> https://www.wired.com/story/google-deepmind-ai-weather-forecast/

O modelo de IA do ECMWF é o AIFS -> https://charts.ecmwf.int/ & https://www.ecmwf.int/en/about/medi...3/ECMWF-unveils-alpha-version-of-new-ML-model

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AI can predict the weather 10 days ahead more accurately than current state-of-the-art simulations, says AI firm Google DeepMind – but meteorologists have warned against abandoning weather models based in real physical principles and just relying on patterns in data, while pointing out shortcomings in the AI approach.

Existing weather forecasts are based on mathematical models, which use physics and powerful supercomputers to deterministically predict what will happen in the future. These models have slowly become more accurate by adding finer detail, which in turn requires more computation and therefore ever more powerful computers and higher energy demands.

Rémi Lam at Google DeepMind and his colleagues have taken a different approach. Their GraphCast AI model is trained on four decades of historical weather data from satellites, radar and ground measurements, identifying patterns that not even Google DeepMind understands. “Like many machine-learning AI models, it’s not very easy to interpret how the model works,” says Lam.
To make a forecast, it uses real meteorological readings, taken from more than a million points around the planet at two given moments in time six hours apart, and predicts the weather six hours ahead. Those predictions can then be used as the inputs for another round, forecasting a further six hours into the future.

Researchers at DeepMind ran this process with data from the European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF) to create a 10-day forecast. They say it beat the ECMWF’s “gold-standard” high-resolution forecast (HRES) by giving more accurate predictions on more than 90 per cent of tested data points. At some altitudes, this accuracy rose as high as 99.7 per cent.

Matthew Chantry at the ECMWF, who worked with Google DeepMind, says his organisation had previously seen AI as a tool to supplement existing mathematical models, but that in the past 18 months it has come to be regarded as something that could actually provide forecasts on its own.

“We at the ECMWF view this as a hugely exciting technology to lower the energy costs of making forecasts, but also potentially improve them. There’s probably more work to be done to create reliable operational products, but this is likely the beginning of a revolution – this is our assessment – in how weather forecasts are created,” he says. Google DeepMind says that making 10-day forecasts with GraphCast takes less than a minute on a high-end PC, while HRES can take hours of supercomputer time.

But some meteorologists have expressed caution about turning weather forecasting over to AI. Ian Renfrew at the University of East Anglia, UK, says GraphCast currently lacks the ability to marshal data for its own starting state, a process known as data assimilation. In traditional forecasts, this data is carefully placed into the simulation after thorough checks against physics and chemistry calculations to ensure accuracy and consistency. Currently, GraphCast needs to use starting states prepared in the same way by the ECMWF’s own tools.

“Google is not going to be running weather forecasts anytime soon, because they cannot do the data assimilation,” says Renfrew. “And the data assimilation is typically half to two-thirds of the computing time in these forecasting systems.”

He says that he would also have concerns about ditching deterministic models based on chemistry and physics entirely and relying on AI output alone.

“You can have the best forecast model in the world, but if the public don’t trust you, and don’t act, then what’s the point? If you set out an order to evacuate 30 miles of coastline in Florida, and then nothing happens, then you’ve blown decades of trust that has been built up,” he says. “The advantage of a deterministic model is you can interrogate it and if you do get bad forecasts, you can interrogate why they’re bad forecasts and try to target those aspects for improvement.”

-> https://www.newscientist.com/articl...-best-weather-forecasts-but-there-is-a-catch/
 
Última edição:
Como é que há uma redução tão significativa da temperatura em altitude (12→3°C) sem chuva, não era suposto haver uma frente fria?
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Como é que há uma redução tão significativa da temperatura em altitude (12→3°C) sem chuva, não era suposto haver uma frente fria?
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Não precisas de uma frente fria e precipitação associada para que exista uma queda da temperatura. Aliás, o facto de a 850 hPa o paradigma mudar por completo mostra que nem se trata de um ciclone extratropical, mas sim de uma massa de ar subpolar/polar (ou continental). É a típica "entrada de NE" associada à dorsal do anticiclone, que desce até à latitude da Madeira.
 
Última edição:
Não precisas de uma frente fria e precipitação associada para que exista uma queda da temperatura. Aliás, o facto de a 850 hPa o paradigma mudar por completo mostra que nem se trata de um ciclone extratropical, mas sim de uma massa de ar subpolar/polar (ou continental). É a típica "entrada de NE" associada à dorsal do anticiclone, que desce até à latitude da Madeira.
Mas eu imaginava que desde que a massa de ar quente fosse húmida, uma colisão com uma massa de ar frio resultaria sempre no ar quente ascender e formar precipitação, ou é a própria dorsal do anticiclone que inibirá a convecção?
 
Mas eu imaginava que desde que a massa de ar quente fosse húmida, uma colisão com uma massa de ar frio resultaria sempre no ar quente ascender e formar precipitação, ou é a própria dorsal do anticiclone que inibirá a convecção?
@Jorge_scp é muito mais sábio nisto que eu. :hehe:
 
Já saiu o relatório de Outubro finalmente...
O 4o mais chuvoso desde que há registos, e onde consta que face ao normal de 81-10, constata se que dos 20 anos mais chuvosos, 9 estão situados após o ano 2000.
Acredito que com Novembro suceda o mesmo.
O Inverno por sua vez segue a tendência contrária...
Novembro sucederá o mesmo as in chuvoso? :hehe:
 
Novembro sucederá o mesmo as in chuvoso? :hehe:
Não é isso que eu disse..
Refiro me sim, as séries longas, onde Outubro foi o 4o mais chuvoso desde 1931. É dos 20 mais chuvosos, 9 foi a partir do ano 2000.
Pois quando disse que acredito que com Novembro se passe o mesmo refiro me as séries longas, e não a este mês em concreto..
 
Mas eu imaginava que desde que a massa de ar quente fosse húmida, uma colisão com uma massa de ar frio resultaria sempre no ar quente ascender e formar precipitação, ou é a própria dorsal do anticiclone que inibirá a convecção?
Penso que o anticiclone removerá na sua circulação primeiro a massa de ar quente e húmida, puxando depois o ar frio, não havendo por assim dizer "colisão". :unsure:
 
Winter is coming...

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Mas eu imaginava que desde que a massa de ar quente fosse húmida, uma colisão com uma massa de ar frio resultaria sempre no ar quente ascender e formar precipitação, ou é a própria dorsal do anticiclone que inibirá a convecção?

Aquela animação mostra o anticiclone a lançar primeiro uma crista para Leste, pelo norte da Península Ibérica, a massa de ar "quente" é removida para sul, e só depois chega o ar mais frio trazido na circulação com a depressão atlântica que entrou para a Europa Central.
 
Penso que o anticiclone removerá na sua circulação primeiro a massa de ar quente e húmida, puxando depois o ar frio, não havendo por assim dizer "colisão". :unsure:
Aquela animação mostra o anticiclone a lançar primeiro uma crista para Leste, pelo norte da Península Ibérica, a massa de ar "quente" é removida para sul, e só depois chega o ar mais frio trazido na circulação com a depressão atlântica que entrou para a Europa Central.
A mim parece-me que o ar mais quente está a ser deslocado lentamente para sul mas depois parece ser "empurrado" por ar mais frio; o que me surpreende é como aquele contraste de quase 10°C não gera um frente no meio, claro que se o contraste fosse menor era compreensível mas neste caso parece-me significativo, pelo menos aos meus olhos de amador. :D
 
A mim parece-me que o ar mais quente está a ser deslocado lentamente para sul mas depois parece ser "empurrado" por ar mais frio; o que me surpreende é como aquele contraste de quase 10°C não gera um frente no meio, claro que se o contraste fosse menor era compreensível mas neste caso parece-me significativo, pelo menos aos meus olhos de amador. :D

O facto de haver uma separação de massas de ar sem "tempo significativo" (neste caso precipitação mensurável) não quer necessariamente dizer que não haja uma frente.
De facto irá organizar-se uma área de separação de massas de ar bem definida, com alguma nebulosidade e precipitação, a avançar para sul, em direção à Europa.
Mas na "cauda" dessa frente, mais a oeste, não haverá praticamente dinâmica, e a mesma será rapidamente "desgastada" pela potente crista anticiclónica.

Na prática, acabamos quase como que com uma frente só nos níveis baixos, uma vez que a dorsal e estabilidade em toda a camada pouco mais do que o ar frio a "deslizar" próximo da superfície permitirá, inibindo assim praticamente quase toda a instabilidade.
Convém lembrar que a existência de ar frio em altitude potencia os movimentos ascendentes, e consequentemente a formação de nuvens e precipitação. Neste caso, pouco frio entrará nos níveis altos, estando esta mudança de massa de ar confinada aos níveis médios/baixos, inibindo assim movimentos convectivos ao longo da "frente".
Mais a leste, em direção ao Mediterrâneo, a história será diferente, com a frente mais activa.

Além disso, há que lembrar que sendo o fluxo de norte, a própria zona de "choque" das massas de ar onde poderia haver alguma precipitação terá de atravessar as serras do norte da península, basicamente acabando com o pouco que já há.

Nem todas as frentes são iguais, e há muitos (mas mesmo muitos...) ingredientes que definem a intensidade e severidade da mesma, além da simples diferença de temperatura entre as massas de ar.
 
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