Seguimento Meteorológico Livre - 2023

  • Thread starter Thread starter Spider
  • Data de início Data de início
Estado
Fechado para novas mensagens.
No que toca à Madeira, quando essas tabelas forem atualizadas com os dados mais recentes até te apagas.
Só um cheirinho: https://www.meteopt.com/forum/topic...eira-outubro-2023.11090/pagina-12#post-905327

Soma e segue:

Ver anexo 8731
Na Madeira, este ano 2023 tem sido um absurdo a anomalia positiva das temperaturas. Passámos cerca 3 meses em que a temperatura no Funchal não baixou um único dia dos 20ºC, quando a normal da Tmin é inferior a esse valor para todos os meses do ano. Algo semelhante com a Tmax, com valores superiores à normal em mais de 90% dos dias. Surreal.

Como vêem, não se trata de negar ou desvalorizar as alterações, que são evidentes para quem tiver o mínimo de bom senso. Neste caso, tratei apenas de corrigir a ideia que um anticiclone de bloqueio potente neste época do ano seja assim uma anormalidade tão grande. Com 1050 hPa não será muito comum com certeza, mas situar-se nesta posição nunca foi um absurdo como se estava a querer passar. Aliás, as grandes entradas frias do passado que tantos falam com saudade estão associadas a anticiclones de bloqueio no Atlântico:

dXEJ9Dd.png


Nem estou certo que este tipo de padrão com um potente anticiclone de bloqueio mesmo no meio do Atlântico esteja a ser propriamente mais frequente nos últimos anos. Parece-me sim que o problema reside no facto de o storm track estar em termos médios a passar um pouco mais a norte devido ao fortalecimento do anticiclone subtropical, não impedindo os sistemas frontais de afetarem a região norte, mas diminuindo a sua contribuição na região Sul do país. Ou seja, o problema pode não estar na frequência destas situações algo anómalas na circulação, com anticiclones de bloqueio a 50º de latitude (mas que sempre ocorreram), mas precisamente quando a circulação apresenta um padrão mais habitual, com a frente polar a 45-50ºN, onde um pequeno desvio para norte faz toda a diferença a sul, que sempre esteve a latitudes limite entre climas mais áridos ou chuvosos.
 
E depois o "Verão" das meninas empoleiradas no Carnaval de Loulé :D Fico sempre basbacado a ver se é pintura ou não:cool:... Epah tudo o que seja menos de 25°c em Fevereiro é frio!
Eu não me importo que chova no Carnaval... Bem pelo contrário, não gosto dessa " festividade", na escola obrigavam me, mas eu recusava sempre . :D
 
Na Madeira, este ano 2023 tem sido um absurdo a anomalia positiva das temperaturas. Passámos cerca 3 meses em que a temperatura no Funchal não baixou um único dia dos 20ºC, quando a normal da Tmin é inferior a esse valor para todos os meses do ano. Algo semelhante com a Tmax, com valores superiores à normal em mais de 90% dos dias. Surreal.

Como vêem, não se trata de negar ou desvalorizar as alterações, que são evidentes para quem tiver o mínimo de bom senso. Neste caso, tratei apenas de corrigir a ideia que um anticiclone de bloqueio potente neste época do ano seja assim uma anormalidade tão grande. Com 1050 hPa não será muito comum com certeza, mas situar-se nesta posição nunca foi um absurdo como se estava a querer passar. Aliás, as grandes entradas frias do passado que tantos falam com saudade estão associadas a anticiclones de bloqueio no Atlântico:

dXEJ9Dd.png


Nem estou certo que este tipo de padrão com um potente anticiclone de bloqueio mesmo no meio do Atlântico esteja a ser propriamente mais frequente nos últimos anos. Parece-me sim que o problema reside no facto de o storm track estar em termos médios a passar um pouco mais a norte devido ao fortalecimento do anticiclone subtropical, não impedindo os sistemas frontais de afetarem a região norte, mas diminuindo a sua contribuição na região Sul do país. Ou seja, o problema pode não estar na frequência destas situações algo anómalas na circulação, com anticiclones de bloqueio a 50º de latitude (mas que sempre ocorreram), mas precisamente quando a circulação apresenta um padrão mais habitual, com a frente polar a 45-50ºN, onde um pequeno desvio para norte faz toda a diferença a sul, que sempre esteve a latitudes limite entre climas mais áridos ou chuvosos.
A mim parece-me que a grande diferença entre meados do século XX e esta década mais recente, mais do que a potência do anticiclone no Atlântico, está na sua forma, algo que se pode verificar no artigo que o @Orion partilhou ontem:

1702585161254.webp


O anticiclone está tendencialmente mais próximo da Europa Ocidental, ou seja, menos situações de dorsal atlântica na direcção Sul-Norte, mais ocorrências de cristas até à Biscaia, tendência impulsionada por um storm-track mais activo entre a Terra Nova e a Islândia (evolução negativa da pressão nessa zona). Basicamente, algo que acho que já muitos tínhamos intuído empiricamente, e que de facto provoca uma pequena redução da precipitação, principalmente no Sul do continente, mas que acima de tudo, provoca uma quase anulação de entradas de frio de Este (siberianas), bastante comuns no período 1940-1980 e praticamente inexistentes na década de 2010 (de repente, lembro-me de 2012 e 2018, e nenhuma delas atingiu a costa Oeste portuguesa, ficando o principal da acção retida a oriente do eixo UK-Itália).
 
E depois o "Verão" das meninas empoleiradas no Carnaval de Loulé :D Fico sempre basbacado a ver se é pintura ou não:cool:
Eu não me importo que chova no Carnaval... Bem pelo contrário, não gosto dessa " festividade", na escola obrigavam me, mas eu recusava sempre . :D
Mas se chover no Carnaval depois a água limpa a pintura toda. :o
 
Já foi publicado? -> https://www.aemet.es/es/web/conocermas/borrascas/2023-2024/estudios_e_impactos/bernard

Mal a AEMET.

Não me parece que os meteorologistas do NHC ficassem ofendidos - ou sequer incomodados - se a enorme descrição terminasse com a identificação do fenómeno que o(s) meteorologista(s) tinha(m) em mente.

Así, en la mañana del día 21, la borrasca se localizada al noroeste del archipiélago de Madeira, desde esta posición, comenzó a profundizarse lentamente y empezó un desplazamiento hacia el este-sureste, dentro de una región cuyas aguas presentaban una temperatura superficial superior a la de aguas arriba por las que la borrasca se había desplazado en los días anteriores. Por otro lado, la región hacia la que se acercaba presentaba un gradiente térmico horizontal en los niveles isobáricos más bajos de la atmósfera, mucho más débil que el de las zonas por donde había transcurido los días previos, hecho que favoreció un cambio en su estructura termodinámica vertical, dominada hasta entonces por la inestabilidad baroclina y transformándose durante este trayecto en otra estructura gobernada en mayor medida por el calor latente desprendido de los procesos de condensación que se comenzaban a producir con mayor intensidad en la parte media y baja de la atmósfera. Esta transformación dio lugar a un cambio en su patrón de nubosidad, desapareciendo la típica estructura de frentes asociados a las borrascas extratropicales, la cual conservaba el día de antes cuando se encontraba al nororeste de Madeira. De este modo, comezaron a formarse importantes núcleos convectivos en el flanco norte del centro de la baja. Otra característica destacable de la borrasca fue su extensión espacial, situada dentro de la escala meso-alfa, la cual es inferior a la de la mayoría de borrascas que se nombran y cuyas dimensiones se sitúan dentro de la escala sinóptica.

Novamente, muito se perde devido a uma desconcertante dependência dos 'mericans -> https://www.google.com/url?sa=t&rct...usg=AOvVaw00l_T6kiyk5-J03pDj5oog&opi=89978449
 
No Expresso da semana passada vinha um artigo de título "Como aquecer a casa neste Inverno" em que no segundo parágrafo um dito climatologista de seu nome Mário Marques vaticinava:
"Dezembro será chuvoso, frio e com possibilidade de neve na época de festas", pelo que foi a 1ª quinzena não me parece que isso vá acontecer, excepto o frio que talvez se instale nesta 2ª quinzena.
 
Estado
Fechado para novas mensagens.