Estamos a dia 3 de outubro, sabe-se lá o que vai acontecer a partir de dia 10. Sabemos sim como funcionam as previsões a grandes distâncias, pois são sempre incertas, e ainda mais em meses de transição e com vários sistemas tropicais em simultâneo neste momento no Atlântico. Além disso, as previsões para o sul são ainda mais instáveis porque basta o anticiclone subir ligeiramente em latitude, o que por norma acontece à medida que se aproxima o evento, para os acumulados previstos reduzirem significativamente.
É bom ver muito movimento nos modelos, mal seria se nesta altura não houvesse, mas tanto pode aparecer um cenário espetacular, como não. Dou um exemplo: neste momento, o ECMWF prevê uns impressionantes 150mm para a minha zona nesta última saída, o GFS mostra 5 a 10mm.
Em março também cheguei a ler que ia ser uma repetição de 2018, que as barragens no Algarve iam encher todas e que se podiam tirar as restrições de consumo de água. A verdade é que acabou por não ser nada de excecional, nem aos 200mm chegou e neste momento todas as barragens estão abaixo dos 40%.
Vai-se acompanhando, apenas espero que não se concretizem as previsões sazonais para o outono e inverno.