Seguimento Meteorológico Livre - 2025

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A última saída operacional do ECMWF cortou bastante precipitação prevista para dia 18 em diante mas o ensemble mantém as previsões otimistas. Veremos se a saída operacional segue a média do ensemble ou se acontece o contrário... :pray:
O ECM está a exagerar aqueles 180 mm a Sul de Albufeira é a loucura e a posição da depressão é a ideal, não mexe mais , depois tens o GFS que coloca cerca de 90 mm para aqui e a média do ensemble dá 30 mm. :D

Neste momento, existem dois cenários distintos para a semana de 20 de Janeiro, se o ECM mostra uma situação de NAO- até com uma depressão bem cavada de 949 mb a NW da Galiza e com uma abertura para a passagem de superfícies frontais de forte actividade, já o GFS mostra um cenário com depressões mais a Norte e com a influência do AA a rondar o Sul, tirando o início da semana.

Muita confusão, neste momento, o ideal seria o cenário do ECM, mas acho demasiado louco para acontecer.
 
Porque terá Lisboa cidade um tão reduzido número de estações amadoras, quando comparada com os arredores e AML em geral? :intrigante:
Faço esta comparação usando a rede WU.

Também me interrogo onde vão buscar os dados para quantificar os acumulados de precipitação em vastas zonas de Lisboa, necessários certamente para o planeamento da rede de esgotos e interceptores de águas pluviais do Plano Geral de Drenagem de Lisboa?


PGDL.webp

Não é certamente apenas nas quatro estações do IPMA (Gago Coutinho, Geofísico, Amoreiras e Ajuda), haverá pluviómetros espalhados pela cidade cujos dados de observação não são públicos. Sublinho que Lisboa tem uma considerável diferenciação espacial quando se trata de eventos de precipitação torrencial, ocorrendo a par situações de inundações em algumas zonas com outras em que quase não houve precipitação significativa.
 
Última edição:
Talvez por haver uma menor proporção do terreno ocupado por moradias e casas com espaço ajardinado?
Mais gente a viver em casas arrendadas ou em prédios pode demover/impossibilitar a instalação de estações.
Muitos edifícios também serão exclusivamente de serviços, sedes de empresas, escolas...
Por exemplo no caso que conheço melhor, em Viseu moram 20mil pessoas dentro da circunvalação e só há duas estações(10k por estação), depois entre a circunvalação e a orla formada pelas autoestradas moram 40mil e aí já há seis estações(6.7k por estação).
Depois no resto do concelho moram outros 40mil e há oito estações(5k por estação). Quanto mais suburbano/rural, mais estações por habitante há.
 
Última edição:
Porque terá Lisboa cidade um tão reduzido número de estações amadoras, quando comparada com os arredores e AML em geral? :intrigante:
Faço esta comparação usando a rede WU.
No geral o motivo principal deve ser porque não é fácil instalar estações meteorológicas em prédios. É preciso autorização dos vizinhos, fazer as ligações do topo até ao andar onde se reside, o que certamente dá muito trabalho. Além de que mesmo que se consiga instalar, se as condições envolventes não forem as ideiais não vão dar valores corretos e por isso mais vale não investir em tal.

Além disso, em zonas como o Marquês de Pombal, Saldanha, Campo Pequeno, etc muitos dos edifícios são de empresas. Na Baixa, ou estão devolutos, ou são para o turismo não havendo qualquer interesse para o negócio instalar uma estação meteorológica. Serão alguns dos motivos provavelmente.
 
Além disso, em zonas como o Marquês de Pombal, Saldanha, Campo Pequeno, etc muitos dos edifícios são de empresas. Na Baixa, ou estão devolutos, ou são para o turismo não havendo qualquer interesse para o negócio instalar uma estação meteorológica. Serão alguns dos motivos provavelmente.
Sim, nos arredores proliferam mais as moradias. Mas há bairros em Lisboa que até têm moradias e não têm estação alguma, Restelo, Benfica, Olivais, por exemplo.
 
Talvez por haver uma menor proporção do terreno ocupado por moradias e casas com espaço ajardinado?
Mais gente a viver em casas arrendadas ou em prédios pode demover/impossibilitar a instalação de estações.
Muitos edifícios também serão exclusivamente de serviços, sedes de empresas, escolas...
Correcto, e mesmo todas as moradias podem nem sequer ter um espaço ajardinado suficiente para ser viável instalar uma estação, sem árvores por exemplo.
 
Sim, nos arredores proliferam mais as moradias. Mas há bairros em Lisboa que até têm moradias e não têm estação alguma, Restelo, Benfica, Olivais, por exemplo.
Nesses bairros, limpam as estações todas. :D :inocente:

Saí mais um delírio do ECM, em 3 dias chovia mais 150 mm entre Lagos e Sagres. Verdadeira loucura. Alguém apanhe a cut-off com uma cana de pesca, que ela vai fugir para a Madeira. :angry:
 
Também me interrogo onde vão buscar os dados para quantificar os acumulados de precipitação em vastas zonas de Lisboa, necessários certamente para o planeamento da rede de esgotos e interceptores de águas pluviais do Plano Geral de Drenagem de Lisboa?


Ver anexo 17918
Usaram as curvas IDF (intensidade-duração-frequência) deduzidas para as estações do Geofísico e do Aeroporto (presumo que seja a EMA de Gago Coutinho).

Os acumulados não interessam, os colectores são dimensionados para o caudal de ponta, geralmente para o período de retorno de 10 ou 20 anos (não sei ao certo qual consideraram no PGDL).
 
Nesses bairros, limpam as estações todas. :D :inocente:

Saí mais um delírio do ECM, em 3 dias chovia mais 150 mm entre Lagos e Sagres. Verdadeira loucura. Alguém apanhe a cut-off com uma cana de pesca, que ela vai fugir para a Madeira. :angry:
Tudo ainda extremamente incerto. O Ecm está excelente mas existem múltiplas hipóteses para o desenrolar dessa cut off, pode cavar ou não, evoluir para noroeste ou para sueste, aproximar se de terra ou não,...
 
Boa noite, estive a vêr a temperatura em L.A. devido aos fogos, e fiquei surpreso com temperaturas tão baixas, a dinâmica dos fogos terá consequência da baixa humidade e ventos muito fortes!
Mas temperaturas mínimas de 8° e 7°, é algo que não era suposto acontecer a nível de incêndios, qual a vossa opinião?
Estamos sempre habituados em Portugal nos incêndios, a se esperar pelas baixas de temperatura, para fortalecer o combate, e agora vêr temperaturas mínimas de 7° a 8° ?!
Se acharem que não seja o local correto do post, podem mover, obrigado!
 
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e fiquei surpreso com temperaturas tão baixas, a dinâmica dos fogos terá consequência da baixa humidade e ventos muito fortes!
Por muito baixa que seja a temperatura, se não houver humidade não há nada que faça frente a incêndios desta dimensão.

A resposta à questão é mesmo esta. Os fogos estão a ser potenciados pela baixa humidade associada aos chamados ventos de Santa Ana que são comuns nos meses de outono e inverno. Estes ventos surgem nas regiões desérticas dos estados do Nevada, Utah, devido às altas pressões existentes sob aquela região nesta altura e à medida que são empurrados para a Costa, intensificam-se devido à orografia, vão aquecendo e são bastante secos.

Tal como por cá, é o vento de Nordeste potenciado pelo efeito Fohen, sendo exemplo de uma situação semelhante em Portugal o que acontece com frequência em Portalegre, mas também noutras zonas de montanha favoráveis ao mesmo. Basta ver os valores de humidade no mapa de estações meteorológicas do IPMA.

No entanto, por cá nesta altura não temos a vegetação tão seca como na Califórnia. Importa referir que a Califórnia enfrentou o verão mais quente da história e está a atravessar uma nova seca.
 
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os colectores são dimensionados para o caudal de ponta
Certo, mas as curvas IDF dessas duas estações podem não ser aplicáveis para toda a área de Lisboa, especialmente a zona oriental e as vertentes sul de Monsanto. O conhecimento dos acumulados parece-me mesmo assim necessário para o cálculo dos reservatórios e bacias de retenção.
 
@tonítruo , se chover alguma coisa para a semana será novamente com E/SE. :D