Seguimento Rios e Albufeiras - 2017

Não sei se é possível, principalmente por causa da grande profundidade de muitas albufeiras.

Muito, mas muito interessante obs: este relatório é de 2009 mas continua muito muito atual


Ainda sobre os excessos de sedimentos: aqui está um relatório/trabalho sobre os sedimentos existente em albufeiras:

O presente trabalho pretende abordar o processo de sedimentação em albufeiras nomeadamente, a teoria em que assenta o transporte sedimentar, as metodologias de determinação da quantidade de sedimentos depositados e as diversas técnicas de remoção dos sedimentos depositados.

Descrevem-se as alterações no transporte sedimentar fluvial induzidas pela construção de barragens nos principais rios Portugueses. Analisa-se, com base nos valores dos volumes mortos, a atual situação de 166 albufeiras Portuguesas, quanto à deposição de sedimentos, a fim de obter uma ordem de grandeza dos sedimentos disponíveis e pré-selecionar as albufeiras que poderiam vir a integrar um projeto de aproveitamento dos sedimentos para alimentação de praias. Este trabalho foi desenvolvido como um ponto de partida com o objetivo de poder ser implementado um esquema nacional de aproveitamento dos sedimentos, que se consideram ser uma mais-valia para a economia do país e que se encontram hoje na sua grande maioria desaproveitados.

Em Portugal é muito frequente a ocorrência de incêndios que adquirem graves dimensões durante o Verão, devastando por completo a vegetação em áreas com dimensões preocupantes podendo, assim, contribuir para um aumento da afluência de sedimentos aos cursos de água.

Neste momento, em Portugal, não há uma estratégia de gestão dos sedimentos, nem se reconhece, a par do problema de erosão costeira, a existência do problema da sedimentação das albufeiras, que por se manifestar com menor intensidade, representa atualmente uma muito menor preocupação para a sociedade em geral, mas que, caso não se intervenha, será necessário enfrentar um dia.

Ler mais em: https://paginas.fe.up.pt/~shrha/publicacoes/pdf/JHRHA_4as/18_LLameiro_Sedimentação.pdf
 
"Operação camião-cisterna” em marcha para garantir água no concelho de Viseu
Município de Viseu está a usar camiões-cisterna para ir buscar água a captações fora do concelho. Uma operação “complexa” para que os 75 mil habitantes servidos pela rede pública não fiquem com as torneiras secas. Sem chuva e sem água, Barragem do Fagilde está com os níveis “mais baixos de sempre”.

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Esta é considerada uma das mais complexas operações de abastecimento de água no país. Arrancou nesta segunda-feira e, nas próximas semanas, vai continuar a permitir que centenas de descargas sejam feitas, todos os dias, nos três reservatórios que abastecem os 75 mil habitantes do concelho de Viseu que estão na rede pública.

https://www.publico.pt/2017/10/30/s...ra-garantir-agua-no-concelho-de-viseu-1790832
 
No último dia do mês de Outubro de 2017 e comparativamente ao último dia do mês anterior verificou-se um aumento do volume armazenado em 2 bacias hidrográficas e uma descida em 10.
Das 60 albufeiras monitorizadas, 3 apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 28 têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total.
Os armazenamentos de Outubro de 2017 por bacia hidrográfica apresentam-se inferiores às médias de armazenamento de Outubro (1990/91 a 2016/17), excepto para as bacias do CÁVADO/RIBEIRAS COSTEIRAS, DOURO e ARADE.
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Fonte: SNIRH
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Seca: Marcelo foi à Aguieira e ficou preocupado

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Visita à barragem no distrito de Coimbra não constava da agenda do Presidente e acontece numa altura em que mais de 80% do território de Portugal continental está em seca severa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou, nesta terça-feira, a barragem da Aguieira, no distrito de Coimbra, "inteirando-se da preocupante situação das reservas de água", divulgou o Palácio de Belém.

O Chefe de Estado esteve esta tarde na barragem da Aguieira, inteirando-se da preocupante situação das reservas de água. (...) [Segundo os] técnicos ali presentes, em 20 anos nunca viram um nível tão baixo da barragem."

http://www.tvi24.iol.pt/politica/ma...d-tvi24&utm_source=facebook&utm_medium=social

 
Produção elétrica nas barragens no valor mais baixo de sempre em outubro

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Portugal teve o mês de outubro mais quente dos últimos 87 anos

Foto: Carlos Santos / Arquivo Global Imagens



A produtividade hidroelétrica em outubro foi de 315 gigawatts por hora (GWh), um recuo de 58% face ao mesmo mês de 2016, segundo dados da REN, que mostram que foi o pior mês de outubro desde que há registos (1971).

As condições hidrológicas mantêm-se extremamente negativas com o índice de produtibilidade hidroelétrica deste mês reduzido a 0,16.

Esta situação deve-se à seca que Portugal atravessa, implicando mesmo que, pela primeira vez este ano, o saldo de trocas com o estrangeiro determinar que o país tenha sido importador em outubro, com o abastecimento internacional a representar 9% do consumo.


Na produção eólica as condições foram também desfavoráveis com o índice de produtibilidade respetivo a situar-se em 0,74, que é o terceiro valor mais baixo para o mês de outubro, dos registos da REN (desde 2001). Ainda assim, a produção eólica subiu em termos homólogos 4% para 740 GWh em outubro.

Já a produção solar avançou 14% para 66 GWh, enquanto a produção de biomassa baixou 3% para 223 GWh.

Com a produção hidroelétrica muito reduzida, as fontes renováveis abasteceram apenas 30% do consumo de eletricidade o valor mais baixo deste ano.

https://www.jn.pt/economia/interior...-mais-baixo-de-sempre-em-outubro-8890622.html
 
Seca extrema no sul da Europa: nascente do rio Douro sem água
Ano de 2017 é um dos três mais quentes de sempre e Portugal atravessa um período de seca em pleno mês de novembro. Rios e ribeiros estão vazios, como é o caso da nascente do rio Douro.
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O ano de 2017 é um dos três anos mais quentes de sempre, como noticiou o Observador, e Portugal atravessa um período de seca severa em pleno mês de novembro. Rios e ribeiros estão completamente vazios, como é o caso da nascente do rio Douro.

Portugal e Espanha são os países que mais estão a sofrer com a falta de chuva e o calor extremo – 90% do território português estava, em outubro, com falta de água. No mesmo mês, a Euronews dava conta de que o sul da Europa estava a passar por uma das maiores secas das últimas décadas.

Pode ler-se, no relatório mensal que o IPMA produz, e no que diz respeito ao nível de seca em Portugal, que o mês de outubro foi “extremamente seco e excecionalmente quente”, tendo sido dos mais quentes dos últimos 87 anos, a juntar-se ao de setembro, “com o valor médio da temperatura do ar a rondar cerca de 3.ºC acima do normal.”

É geral, os cursos de água estão vazios: a água já não corre e parece que tarda em chegar. O El Mundo publicou, na sua página de Facebook, um vídeo onde se pode ver a nascente do rio Douro completamente seca. Em Espanha, no mês de setembro, as autoridades alertaram para o facto de as barragens estarem a menos de 40% da sua capacidade máxima.

Em Portugal, também as barragens estão abaixo do nível da sua capacidade máxima. Este mês iniciou-se uma das maiores operações de abastecimento de água na região de Viseu, profundamente afetada pela seca extrema, que pretende fornecer quatro concelhos da zona.

Na passada sexta-feira, o IPMA colocou sob aviso amarelo 15 dos 18 distritos, devido a chuvas, ventos fortes e trovoadas, mas nem por isso a chuva foi suficiente para deixar o país fora da seca. A agricultura tem sido uma das atividades que mais sofre com as alterações climáticas, com as várias produções a ficarem afetadas pela falta de água.
video feito junto à nascente:

Fonte: Observador
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Está muito muito grave.
 
Seca extrema no sul da Europa: nascente do rio Douro sem água
Ano de 2017 é um dos três mais quentes de sempre e Portugal atravessa um período de seca em pleno mês de novembro. Rios e ribeiros estão vazios, como é o caso da nascente do rio Douro.
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O ano de 2017 é um dos três anos mais quentes de sempre, como noticiou o Observador, e Portugal atravessa um período de seca severa em pleno mês de novembro. Rios e ribeiros estão completamente vazios, como é o caso da nascente do rio Douro.

Portugal e Espanha são os países que mais estão a sofrer com a falta de chuva e o calor extremo – 90% do território português estava, em outubro, com falta de água. No mesmo mês, a Euronews dava conta de que o sul da Europa estava a passar por uma das maiores secas das últimas décadas.

Pode ler-se, no relatório mensal que o IPMA produz, e no que diz respeito ao nível de seca em Portugal, que o mês de outubro foi “extremamente seco e excecionalmente quente”, tendo sido dos mais quentes dos últimos 87 anos, a juntar-se ao de setembro, “com o valor médio da temperatura do ar a rondar cerca de 3.ºC acima do normal.”

É geral, os cursos de água estão vazios: a água já não corre e parece que tarda em chegar. O El Mundo publicou, na sua página de Facebook, um vídeo onde se pode ver a nascente do rio Douro completamente seca. Em Espanha, no mês de setembro, as autoridades alertaram para o facto de as barragens estarem a menos de 40% da sua capacidade máxima.



Em Portugal, também as barragens estão abaixo do nível da sua capacidade máxima. Este mês iniciou-se uma das maiores operações de abastecimento de água na região de Viseu, profundamente afetada pela seca extrema, que pretende fornecer quatro concelhos da zona.

Na passada sexta-feira, o IPMA colocou sob aviso amarelo 15 dos 18 distritos, devido a chuvas, ventos fortes e trovoadas, mas nem por isso a chuva foi suficiente para deixar o país fora da seca. A agricultura tem sido uma das atividades que mais sofre com as alterações climáticas, com as várias produções a ficarem afetadas pela falta de água.
Fonte: Observador
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Está muito muito grave.
Grave não , gravíssimo !!! :(

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Seca já está a afetar a produção de arroz
“Para o ano corremos o risco de não fazer nada”, admitem agricultores


Os produtores de arroz de Alcácer do Sal, no Vale do Sado, (Setúbal), receiam não poder cultivar em 2018 caso a seca de prolongue, depois de este ano terem reduzido “20 a 30%” da área semeada.

Para o ano corremos o risco de não fazer nada”, disse hoje à agência Lusa o diretor do Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado (APARROZ), João Reis Mendes, preocupado com a quantidade de água armazenada nas barragens de Pego do Altar e de Vale do Gaio, que abastecem os produtores de Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal.

A redução da quantidade de água nas duas barragens nota-se “desde há três anos”, o que levou à decisão dos produtores de semear arroz em menos “10 a 15%” da área em 2016 e “20 a 30%” em 2017, de um total de “5.500 a 6 mil hectares”.

Prestes a terminar a campanha de arroz, semeado nos meses de abril e maio e colhido entre setembro e novembro, a preocupação dos produtores é o próximo ano, em que temem não haver produção.


Atualmente, a nossa perspetiva (para o próximo ano], se não chover, é zero”, afirmou o representante da APARROZ, que conta com 30 sócios e trabalha com “cerca de 170 produtores”, maioritariamente de Alcácer do Sal, mas também dos concelhos de Montemor-o-Novo, Grândola e Santiago do Cacém.


João Reis Mendes alertou que, caso a seca se prolongue, os efeitos vão sentir-se não só nos agricultores, “que têm despesas fixas e trabalhadores”, mas também podem afetar a “economia regional”, através das “atividades em redor do arroz”, como oficinas ou fornecedores de adubos, pesticidas e sementes.

Com uma “produção média anual de seis toneladas por hectare” e com “um preço médio de 280 euros por tonelada”, o cultivo do arroz é uma das principais atividades económicas de Alcácer do Sal, que, quando explorados os seis mil hectares, pode chegar a valer cerca de “10 milhões de euros”.

"Há pelo menos 19 anos” que os níveis de água não estavam tão baixos nas barragens do Pego do Altar e de Vale do Gaio, tendo mesmo ficado descoberta este ano uma ponte, submersa numa das albufeiras, que não era vista fora de água desde 1999.

“A barragem do Pego do Altar tem um indicador muito bom que é uma ponte em rio Mourinho, que só aparece nestas alturas, já não aparecia há 19 anos e está a descoberto”, disse à agência Lusa Gonçalo Lince de Faria, coordenador geral da Associação de Regantes do Vale do Sado, entidade que gere as duas albufeiras.

Atualmente, as barragens “estão completamente em baixo, com valores entre os 8 e os 10% da capacidade e armazenamento”, indicou Gonçalo Lince de Faria, explicando que isso representa um nível de água disponível de “praticamente zero”, uma vez que não se pode “esgotar toda a água da barragem”.

A água destas albufeiras é usada maioritariamente por produtores de arroz, que representam “92 a 93% da área de perímetro de rega” e estão nesta altura em fase de colheita.

Caso o inverno traga “chuva regular e contínua”, Gonçalo Lince de Faria acredita que, até à próxima campanha de arroz, que começa em abril, os níveis de água podem ser repostos.

Embora a barragem de Vale do Gaio possa ser abastecida pela barragem do Alqueva, segundo o mesmo responsável, os sócios da Associação de Regantes do Vale do Sado, entre os quais estão cerca de 200 orizicultores, optaram por não o fazer, argumentando que “o preço [da água] para a cultura do arroz é muito elevado”.

A decisão foi ainda justificada por haver “algumas restrições a nível das condutas da EDIA [empresa gestora de Alqueva], que não permite dar resposta a grandes volumes no período da campanha do arroz”.

“Aquilo foi tudo montado para que o fornecimento aconteça no período do inverno, que é quando a rega está parada e as condutas têm disponibilidade para tal, mas é um grande risco pedir água em outubro, novembro ou dezembro e depois começa a chover e temos que jogar água fora àqueles preços, além da evaporação”, acrescentou ainda.

Muito grave isto , se continuar assim .


http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/06-11-2017/seca-ja-esta-a-afetar-a-producao-de-arroz
 
Grave não , gravíssimo !!! :(

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Quando uma nascente de um rio internacional, seca como foi o caso do Douro, deixa-nos a pensar duas vezes, sobre qual será o futuro, caso não se avizinhe um inverno e primavera bem chuvosos.
 
Quando uma nascente de um rio internacional, seca como foi o caso do Douro, deixa-nos a pensar duas vezes, sobre qual será o futuro, caso não se avizinhe um inverno e primavera bem chuvosos.

A nascente é só o ponto mais distante da foz.
Não tem assim tanta importância num rio com a bacia do Douro.
Como referi em post anterior os afluentes do Douro, aqueles que provocam as cheias têm grandes barragens vazias.
Por isso dificilmente teremos cheias no Douro este ano.
Até porque o Tejo até está mais composto em Espanha que o Douro