É estranho estarem aparentemente a esvaziar novamente a Paradela, quando nem há três anos foi feita a última manutenção:
Reabilitação de barragens: uma tarefa para gigantes
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No verão de 2019 foi necessário esvaziar a albufeira da barragem da Paradela, situada no Parque Nacional da Peneda-Gerês, no concelho de Montalegre, devido ao aumento das infiltrações na estrutura ao longo do tempo. A EDP teve então de proceder, após obtenção da necessária autorização para o efeito, a um conjunto de obras, no valor de cerca de 4 milhões de euros, para impermeabilizar com uma membrana de PVC o paramento de montante da barragem. Devido à dimensão da reparação e à profundidade a que mesma iria ser efetuada (110 metros), não foi possível utilizar outras técnicas, como o recurso a mergulhadores.
Tendo em vista a minimização de perdas a nível da produção elétrica, o esvaziamento da albufeira foi efetuado através do turbinamento de caudais, complementado pela utilização da descarga de fundo.
Desde 1980 que não era feito um esvaziamento nesta barragem, que entrou em serviço no ano de 1958. A membrana aplicada em 1980 era uma solução que não tinha capacidade suficiente para absorver os esforços decorrentes da pressão de água. Ainda assim, o sistema utilizado foi eficaz durante cerca de 10 anos — naquela altura, era a melhor tecnologia disponível no mercado.
Armando Camelo, da Direção de Engenharia de Barragens (DEB) da EDP Produção, coordenador do projeto de redução dos caudais infiltrados na barragem de Paradela, explica que foi aplicada uma nova membrana em PVC para impedir a formação de pregas nas zonas submersas e deformações excessivas. Este mesmo sistema já tinha sido utilizado em outras obras da EDP. O mais antigo ocorreu há 28 anos, na barragem de Pracana, onde se prevê que a membrana de PVC venha a ser eficaz durante mais cerca de 20 anos."