Seguimento Rios e Albufeiras - 2022

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Exacto, foi isso que referi, há que contar com o volume morto. Mas referir só a percentagem útil pode levar a confusão, por norma a percentagem é sempre referida à capacidade do pleno enchimento. O volume morto percentualmente é muito variável consoante a barragem, a cota útil das captações, o perfil do vale da albufeira, etc. Por exemplo, a barragem pode ter um descarregador de fundo, que numa situação extrema de penúria na linha de água a jusante, pode ser aberto, podendo para esse fim usar-se ainda uma parte do volume morto, especialmente se a jusante ainda houver mais alguma barragem.

Exacto, foi isso que referi, há que contar com o volume morto. Mas referir só a percentagem útil pode levar a confusão, por norma a percentagem é sempre referida à capacidade do pleno enchimento. O volume morto percentualmente é muito variável consoante a barragem, a cota útil das captações, o perfil do vale da albufeira, etc. Por exemplo, a barragem pode ter um descarregador de fundo, que numa situação extrema de penúria na linha de água a jusante, pode ser aberto, podendo para esse fim usar-se ainda uma parte do volume morto, especialmente se a jusante ainda houver mais alguma barragem.
Pois é, mas quando se tem de fazer as contas daquilo que temos de água armazenada para fazer uma campanha de rega, o que conta é o volume útil armazenado, pois o restante não conta.
Por exemplo:
- Temos uma albufeira para fins hidroagrícolas que abastece na sua rede de rega 500 ha, no cálculo foi estimado em projecto que a albufeira teria em pleno NPA 2700 Mm3, considerando que 200 Mm3 seria de volume morto de tal forma que a segurança das condições de funcionamento dos órgãos da barragem e no caso das barragens de terra que o seu miolo estava húmido, e também que a vida das espécies piscícolas estava protegida.
- No início da próxima campanha de rega de 2023 se tem armazenado somente 2200 Mm3.
- O volume morto de 200 Mm3 de água ao fim de uns anos já não o é, pois houve a deposição de inertes no fundo da albufeira.
- As condições para a garantia de pressão mínima de funcionamento da rede de abastecimento não é a comporta da descarga de fundo, mas sim a de trabalho.
- Nestas condições e sendo a albufeira calculada para uma dotação média de 5000 m3/ha, só teremos condições de abastecer 400 ha.
- Uma enorme trapalhada quando se tem de dizer aos regantes, que só têm uma dotação de 4000 m3/ha, e não a podem ultrapassar.
 
Pois é, mas quando se tem de fazer as contas daquilo que temos de água armazenada para fazer uma campanha de rega, o que conta é o volume útil armazenado, pois o restante não conta.
Por exemplo:
- Temos uma albufeira para fins hidroagrícolas que abastece na sua rede de rega 500 ha, no cálculo foi estimado em projecto que a albufeira teria em pleno NPA 2700 Mm3, considerando que 200 Mm3 seria de volume morto de tal forma que a segurança das condições de funcionamento dos órgãos da barragem e no caso das barragens de terra que o seu miolo estava húmido, e também que a vida das espécies piscícolas estava protegida.
- No início da próxima campanha de rega de 2023 se tem armazenado somente 2200 Mm3.
- O volume morto de 200 Mm3 de água ao fim de uns anos já não o é, pois houve a deposição de inertes no fundo da albufeira.
- As condições para a garantia de pressão mínima de funcionamento da rede de abastecimento não é a comporta da descarga de fundo, mas sim a de trabalho.
- Nestas condições e sendo a albufeira calculada para uma dotação média de 5000 m3/ha, só teremos condições de abastecer 400 ha.
- Uma enorme trapalhada quando se tem de dizer aos regantes, que só têm uma dotação de 4000 m3/ha, e não a podem ultrapassar.

Sim, não contraria o que eu disse. Deve-se falar em hm3 (Mm3) úteis, dependendo do uso, claro, dependendo da cota a que são feitas as captações para o uso.
Não é trapalhada se todos os interessados conhecerem os números em causa. A água aqui, literalmente, cai do céu, ou seja nada há que possa ser feito se essa água não cair e quem usa água para o regadio deve certamente saber disso. Resta saber é a quota para os outros usos e se essa quota está a comprometer a função principal da albufeira e o que é que foi dito e acordado com as associações de regantes.
 
Mais um registo da Barragem da Caniçada a descarregar, ontem:
 
Última edição:
e4440653a217643684d93a2f8bfb0ae5.jpg
 
Não conheço a 100%, mas para além de essas 4 comportas poderem não estar totalmente abertas, também têm o descarregador de cheias auxiliar que foi recentemente construído, certo? Penso ser aquele cujo ressalto se vê na encosta da margem esquerda…
É bom ver toda essa água que fazia muita falta e alegra os olhos. Até deve dar gosto fazer toda esta gestão entre os vários pontos de cada bacia, é sinal que há em quantidade a matéria-prima para a qual foram construídas :thumbsup:

Aqui vê se bem o descarregador
 
Aqui vê se bem o descarregador

Tomei a liberdade de colocar o video de Abílio Guedes, vê-se melhor assim no tamanho correto:

Dia 23 de Novembro ás 15h35, a albufeira da Caniçada , Rio Cávado, continua a descarregar!!

 
Última edição:

Rio galga margens em Leça do Balio​



Rio Ferreira galgou as margens em Gondomar​


Eu vivi perto desse rio e ia lá sempre que chovia muito e ia de carro até às fontes que ficam aí a vinte e tal quilómetros. O rio Leça é todo um tratado do que não se faz a um rio com casas e armazéns em leito de cheia e casas com as fundações dentro do rio, e que qualquer dia irão numa cheia qualquer. Havia zonas com carradas de lixo e entulhos e outras com grande potencial paisagístico mas destruídas com eucaliptos, lixo e armazéns abandonados.