Seguimento Rios e Albufeiras - 2022

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Aqui andaram a deitar á agua quase 300.000,00 - uns passadiços na zona de descarga da barragem de Belver ( Mação, Ortiga )

Surreal
Convém, para contexto, dizer que foram inaugurados em Fevereiro e que toda a povoação avisou os 'iluminados' autarcas e responsáveis do que iria suceder...
E também convém divulgar isto pelo Alemães e restantes Europeus, pois pelo menos ~75% do €€ vem do bolso deles (sendo os Alemães os maiores contribuintes líquidos, daí o destaque)...

É um caso típico de autarca PT..."há dinheiro? gasta-se!!"...
 
Os riscos de apagões existiram até chegar esta chuva. E a exportação acontece agora com estas chuvas e não em risco de apagões.
A exportação não é da EDP, mas sim de Portugal, porque existe produção da Endesa, Iberdrola, etc no território português. A exportação ou importação não é "decretada" por um produtor, mas sim resultado do cruzamento das ofertas de venda com as de compra, em função do preço de cada oferta e em cada hora. Imaginando, por exemplo, que as nucleares em Espanha (ou outras centrais grandes) deixam de funcionar, passam a ser mobilizadas centrais com o preço imediatamente a seguir e poderão ser portuguesas (instaladas em Portugal).
num post mais atrás referis-te que a exportação tinha acontecido nos ultimos meses por essa razão achei estranho já que nos ultimos meses se fala dos famosos apagões
 
num post mais atrás referis-te que a exportação tinha acontecido nos ultimos meses por essa razão achei estranho já que nos ultimos meses se fala dos famosos apagões
Corrigindo então: desde final de outubro, início de novembro.
As primeiras chuvas fizeram-se sentir mais na zona do Cávado-Lima, onde existe imensa produção hídrica e com elevada capacidade (Alto Lindoso, Frades, Salamonde, ...), atingindo-se rapidamente um armazenamento quase a pleno (excepto no Alto Rabagão, creio eu). Foi o início da mudança de paradigma de ano seco para húmido e com as interligações a começarem a funcionar em sentido contrário ao habitual. Também a questão do preço do gás na Península Ibérica provocou este efeito.
 
Barragem do Caia com 76,06% nos dados de hoje, fantástico! :thumbsup:
A sua excelente recuperação bem evidente na tabela:
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Barragem do Monte Novo, em Évora. Estava a 36% no final de novembro.



Lucefecit. Estava a 28%.



Rio Ardila, em Moura:



Barragem do Fratel ontem, permanecem os dois descarregadores abertos:

 
Rio Vouga
Na ecopista de São Pedro do Sul, antiga linha de caminho de ferro do Vouga, vista para Sul
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Rio Vouga em primeiro plano e Penoita ( limite Norte da Serra do Caramulo) no horizonte.
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Foto tirada desta ponte:
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2 km depois, na direcção das Termas:
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Neste pequeno afluente(Rio Troço), que se vê desaguar no Vouga, à direita, avistei 3 lontras, mas foi difícil de as apanhar, estavam constantemente a mergulhar, remavam contra a corrente, quase não saíam do mesmo do sítio.
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No Noroeste o mês está a decorrer dentro da normalidade e em diversas estações os acumulados estão ainda longe da média mensal que ronda ou supera folgadamente os 200 mm. Os caudais dos cursos de água deverão subir nos eventos da próxima semana não porque tenha chovido muito mas sim porque Outubro e Novembro tiveram bons acumulados na região e os solos estão a ficar saturados. Mas não estamos a falar de valores excepcionais como os que temos tido na Grande Lisboa e distrito de Portalegre. Até agora nem 150 mm caíram em diversas estações quando em meses chuvosos já tivemos 400 e 500 mm. Que haja mais estragos deve-se apenas à ocupação de leitos de cheia e vales com futilidades como passadiços. Eu já vi mais de 100 mm no Grande Porto em 24 horas e não houve estragos além de uns armazéns e garagens com água em leito de cheia do rio Leça.
 
Alguém tem informação de hoje da cota/volume de Alqueva? :thumbsup:
 
Não me recordava desses eventos ligados a vento, contudo no que diz respeito a cheias não foi nada de especial e dou um exemplo. Nesse Dezembro a estação do Centro da Ciência Viva de Tavira acumulou mais de 300 mm mas o Gilão e a Almargem não tiveram uma cheia por aí além. As últimas grandes cheias do Gilão ocorreram há cerca de 20 anos, foi a última vez que o rio transbordou de forma notável e o Guadiana transbordou em Vila Real de Santo António.
 
O 2009/2010 foi extraordinário! Para se ter noção em Julho de 2010 ainda se tinha de atravessar a ribeira de Quarteira a nado entre o castelo de Paderne e a Patã! Aquilo parecia um rio! Só para se ter uma ideia da recarga que o aquífero Querença-Silves teve nesse ano.
Actualmente e até à dias esse troço estava completamente seco!
Para a ribeira de Quarteira trazer cheia as fontes no Barrocal têm de estoirar e agora isso é cada vez mais raro pois a pressão sobre os aquíferos é muito maior devido à proliferação de plantações de regadio e de moradias. O mesmo sucede no Gilão em Tavira, há cerca de 20 anos que as fontes da ribeira da Asseca não estoiram. Aliás mesmo que chova como em 1995-1997 ou 1987-1989 não sei se veremos cheias com a mesma dimensão devido à enorme pressão que agora existe sobre os aquíferos. Quando as fontes rebentam as ribeiras aguentam caudal forte mesmo no Verão.
 
Dados 12/12/2022:

Barragem de Odelouca: 32.58% de armazenamento

Barragem de Odeleite: 49.60 % de armazenamento

Barragem de Beliche: 40.85% de armazenamento

Fonte: Águas do Algarve

Neste momento, as barragens a Sotavento estão idênticas a Dezembro de 2021, já a de Odelouca perdeu 20% em relação ao ano passado.

Os dados não batem certo com o SNIRH. :intrigante:
 
Dados 12/12/2022:

Barragem de Odelouca: 32.58% de armazenamento

Barragem de Odeleite: 49.60 % de armazenamento

Barragem de Beliche: 40.85% de armazenamento

Fonte: Águas do Algarve

Neste momento, as barragens a Sotavento estão idênticas a Dezembro de 2021, já a de Odelouca perdeu 20% em relação ao ano passado.

Os dados não batem certo com o SNIRH. :intrigante:
Os dados do SNIRH estão atrasados.
Beliche no dia 12 estava a 35%.
Odeleite no dia 9 estava a 43%.