ora ca esta o tornado na minha terriola!!!
* 28 Dezembro 2002
Em Gondomar, um tornado varreu a freguesia de Fânzeres, destelhou casas, derrubou varandas e marquises e até levantou carros estacionados. Eram seis horas da manhã quando os residentes das ruas das Regadas e Alto dos Barreiros acordaram em grande sobressalto com os estrondos de trovões e do desabar de partes das suas residências. Uma fortíssima ventania rebentou janelas e portas e pôs os interiores das casas de pantanas, semeando o pânico e a destruição.
“Ouvi um barulho ensurdecedor. Levantei-me da cama e quando saí do quarto quase apanhava com a porta da cozinha que o vento arrancara e lançara contra mim. Na sala de estar os móveis foram arrastados e até as portas de alumínio que dão para a varanda saltaram para a rua”, contou ao Correio da Manhã Celso Sousa, de 33 anos, um dos moradores de um terceiro andar da Rua das Regadas.
“Eu olhava espantado para aquilo quando ouvi a minha mulher e a minha filha, de cinco anos, a gritarem no quarto. Os vidros caíram na cama, a caixilharia voou para as traseiras do prédio. Felizmente não se feriram. O vento foi de tal modo violento que até uma máquina de lavar roupa foi levada da marquise do segundo andar deste prédio até ao outro lado da rua”, diz ainda Celso Sousa, ainda mal refeito do susto por que passou.
No exterior, carros estacionados foram levantados pela força do vento e até um pequeno camião foi arrastada cerca de 30 metros. Cabos e postes de electricidade emaranharam-se, as árvores foram arrancadas. O tornado durou escassos minutos mas os seus estragos não deixaram de espantar os próprios Bombeiros de Gondomar que deslocaram para o local 25 homens e oito viaturas. Na rua, a confusão era total. Os mais calmos ajudavam os que se encontravam em estado de choque, os mais afoitos já prestavam os primeiros auxílios aos que deles mais apelavam. Para agravar o pandemónio, um poste caiu sobre uma carrinha, fazendo com que o condutor caísse sobre a buzina que não parava de tocar.
Apesar do aparato, não se registaram quaisquer danos pessoais, mas algumas famílias viam com desespero os seus haveres destruídos.
in correio da manha
http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.a...hannelid=00000009-0000-0000-0000-000000000009