Transição Energética em Portugal

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Os novos parques solares que ficaram online colmatam facilmente a capacidade que se perdeu a fechar a parte a carvão da central do Pego, que raramente era utilizada e tinha custos elevados, até porque o preço do carvão subiu em flecha, sem falar das taxas de carbono. Não foi algo decidido em cima do joelho, já estava planeado.

Antes do Covid já ficava mais barato uma central solar do que manter uma central a carvão.

E em gás natural temos muita capacidade de produção instalada, e ao contrário dos alemães o nosso gás não vem da Rússia. Esses sim andaram a fechar centrais nucleares e agora estão dependentes do carvão com custos elevados ou de gás caro que com o conflito na Ucrânia nem sabem se vão ter acesso a ele.
Mas as centrais de carvão, pelo menos nesta fase de transição, é mesmo suposto serem usadas com relativa raridade, quando as outras fontes não estão as funcionar, isso não era um defeito. Não podes pegar numa fonte intermitente como a energia solar e dizer que resolve o problema
 
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Mas as centrais de carvão, pelo menos nesta fase de transição, é mesmo suposto serem usadas com relativa raridade, quando as outras fontes não estão as funcionar, isso não era um defeito. Não podes pegar numa fonte intermitente como a energia solar e dizer que resolve o problema
O futuro passa também por criar processos de armazenamento.
 
Os novos parques solares que ficaram online colmatam facilmente a capacidade que se perdeu a fechar a parte a carvão da central do Pego, que raramente era utilizada e tinha custos elevados, até porque o preço do carvão subiu em flecha, sem falar das taxas de carbono. Não foi algo decidido em cima do joelho, já estava planeado.

Antes do Covid já ficava mais barato uma central solar do que manter uma central a carvão.

E em gás natural temos muita capacidade de produção instalada, e ao contrário dos alemães o nosso gás não vem da Rússia. Esses sim andaram a fechar centrais nucleares e agora estão dependentes do carvão com custos elevados ou de gás caro que com o conflito na Ucrânia nem sabem se vão ter acesso a ele.
Ficava mais barato manter uma central solar do que uma de carvão? Essa é boa...

A central de Sines tinha 1256 MW de potência instalada. Repito: 1256. Era a central elétrica com maior capacidade instalada em Portugal. E sempre que era preciso, ela estava lá, era uma central de base.
Fechou-se a central em nome do ambiente (muito bonito) e o que se fez para além disso? Os 1256MW instalados passaram para onde? Pois...
Só existem 7 centrais solares no mundo com potência instalada acima da central de Sines e são em sítios onde o dinheiro, o espaço e o sol abundam (pelo menos uma).

A central hidroeléctrica com maior capacidade instalada era o Lindoso com 600MW. Gouvães entrou ao serviço a semana passada com 800MW. Certo, está perto dos 1256MW mas Gouvães é uma central intermitente, em caso de seca, crise, etc, não vai produzir.

Portanto agora: não há vento, o gás está caro, não temos carvão, a água que havia já foi turbinada...resta-nos o quê? Importar. E importar energia produzida como? Tudo menos renovável. Dá que pensar.

Agradeçam a quem tomou a decisão idiota de fechar Sines e o Pego. O carvão ia subir de preço? Sim. A taxa carbónica ia aumentar? Sim. Mas que eu saiba, não se constrói uma casa pelo telhado.
 
As políticas idiotas de "zero carvão" sem qualquer nexo e sentido estão à vista. Mas deram a maioria absoluta a quem tomou estas decisões catastróficas para o país.
Ate podemos sim deixar o carvao , mas temos de ter politicas para podermos deixar o carvao !
Devia de haver um grande programa de apoio as aquisicoes de paineis solares para meter nos telhados das casas e nas albufeiras das barragens .
Criar solucoes para o armazenamento de energia etc
Só depois é que podem dizer que vao acabar com o carvao gas natural etc

Enviado do meu SM-G998B através do Tapatalk
 
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Ate podemos sim deixar o carvao , mas temos de ter politicas para podermos deixar o carvao !
Devia de haver um grande programa de apoio as aquisicoes de paineis solares para meter nos telhados das casas e nas albufeiras das barragens .
Criar solucoes para o armazenamento de energia etc
Só depois é que podem dizer que vao acabar com o carvao gas natural etc

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Devemos deixar o carvão, sim mas não é de um dia para o outro e com decisões tomadas em cima do joelho. É preciso critério e planear o futuro.

Temos a mania das grandezas e de mostrar ao mundo que somos uns fixes que não usamos carvão. O resultado está à vista.
 
1/3 do nosso consumo energético a vir de Espanha. Com quase 3,5GWh de importação, 20% das quais é energia nuclear: 700 MWh na nossa rede.

Espanha obviamente que também tem uma lacuna nas renováveis, visto que 50% vem de gás e 20% de nuclear (7 GW). Durante o dia tem a opção da solar, com uns gigantes 8GW.

Por outro lado, França, que está igualmente a sofrer com a seca, 2/3 da energia é nuclear. Apesar de obviamente existir compensação com gás natural, 86% da energia é low carbon. Já Portugal está abaixo dos 40% há dias.

Portugal terá que inevitavelmente optar pela nuclear se quer 100% low carbon em situação de seca. Um esboço :

- Potência de 4GW de energia nuclear, distríbuida por 4 centrais;

- Potência de 4 a 5GW de energia solar, para ajudar com consumo diurno. Pode ser tanto em parques solares como nos telhados.

Se todas as outras fontes estivessem em baixo (hídrica, eólica, etc), teríamos sempre estas duas para nos salvaguardar até aos 8/9 GW. No pico energético noturno, sem o solar, as hídricas podiam ser usadas com maior força ou apostava-se nas baterias ou apostava-se em mais potência nuclear. Claro que isto são valores atirados ao alto, mas teria que se apostar mais na éolica no mar, que deve ajudar substancialmente.

Com a nova taxonomia energética da UE a ir a votação, se for aprovada, a energia nuclear será vista como "verde" e Portugal poderia ter cheques redondos para investir nisto. Sim, porque a energia é estupidamente cara atualmente, na ordem dos mil milhões (uma TAP por cada central). A investigação e a inovação na energia nuclear e renovável é um constante, há ainda muito que aprender e apostar, e desclassificar o medo irracional pela nuclear que existe na sociedade. Se queremos uma transição verde ambas têm que estar em sintonia. Muitos países da UE como Espanha e a Alemanha vão desmantelar as unidades nucleares antigas e desinvestir na energia nuclear, o que acho um erro absoluto a longo prazo.
 
Última edição:
Mas deram a maioria absoluta a quem tomou estas decisões catastróficas para o país.
Infelizmente a maioria das pessoas que votam PS são gente pobre, sem grande educação e que paga eletricidade cujos preços são literalmente "amenizados" pelo Estado, logo não se interessa minimamente por este assunto. Interessar-se-ão quando for tarde demais e começar a afetar-lhes o bolso, mas depois aí o papão passa para o Bloco de Esquerda e as suas ideias "radicais" durante 6 anos... :rolleyes:
 
Não fosse Espanha (importação) havia de ser bonito. Mesmo com o gás natural a bombar.

Temos perto de 5GW de capacidade de produção de energia a partir de gás natural, nesse gráfico às 18h suprimia-se a importação com a produção em gás natural, mas provavelmente não tem interesse. Mas lá está, não podemos pegar num ponto horário e extrapolar isso a nosso interesse.

O ano passado importamos 3% da nossa electricidade, temos anos que somos exportadores. Janeiro deste ano, 686 GWh importados e 412 GWh exportados. Em Janeiro de 2020 exportamos mais do que importamos por exemplo.

Mas as centrais de carvão, pelo menos nesta fase de transição, é mesmo suposto serem usadas com relativa raridade, quando as outras fontes não estão as funcionar, isso não era um defeito. Não podes pegar numa fonte intermitente como a energia solar e dizer que resolve o problema

Mas isso tem custos, perto de 100 milhões, uma central a carvão não se liga e desliga com um botão, está sempre a consumir energia. A central do Pego na parte a carvão quando não estava a produzir energia para ser consumida na rede estava ela própria a consumir entre 4 a 6 MW por dia. A parte a gás natural consome 2 MW por dia na mesma situação.

Por alguma razão não existiu grande pressão da Trustenergy e da Endesa em manter a produção a carvão activa, porque não iria ser subsidiado e o aumento bruto das taxas de carbono não tornam atractivo o modelo de negócio. É um bocado como teres um restaurante com 100 mesas aberto para almoços e jantares todos os dias, mas facturas zero durante a semana e só enches ao fim-de-semana e aí o lucro é para tapar as despesas durante a semana.

Para suprimir picos de consumo o que funciona é a hidro bombagem, ai sim é quase imediato.

As políticas idiotas de "zero carvão" sem qualquer nexo e sentido estão à vista. Mas deram a maioria absoluta a quem tomou estas decisões catastróficas para o país.

Duvido muito que quem lhes deu maioria absoluta se preocupe sequer com a abolição do carvão. Esses votam noutros partidos. O forte do eleitorado do PS são os funcionários públicos e os reformados, sempre foi assim, e eles são muitos.

Ficava mais barato manter uma central solar do que uma de carvão? Essa é boa...

Ficava e fica. E segundo a IEA em 2020 tanto a solar como a eólica passaram a ser mais baratas que o carvão em praticamente todos os países do mundo, países esses sem as taxas de carbono a que nós cá em Portugal estamos sujeitos.

A central de Sines tinha 1256 MW de potência instalada. Repito: 1256. Era a central elétrica com maior capacidade instalada em Portugal. E sempre que era preciso, ela estava lá, era uma central de base.
Fechou-se a central em nome do ambiente (muito bonito) e o que se fez para além disso? Os 1256MW instalados passaram para onde? Pois...

Que só voltou a atingir perto desse nível de produção quando andou a escoar o stock de carvão para encerrar. Como respondi ao N_Fig mais acima manter uma central a carvão tem custos elevados porque estão sempre a consumir energia.

É um pouco como um esquentador que está sempre a consumir electricidade (se for recente) ou tem o piloto sempre ligado a consumir gás para poder começar a aquecer água a qualquer momento.

Mas eu não percebo agora esta "paixão" que se vê em vários sitios da net nacional pelo carvão. Em 2016 / 2017 gritavamos pelas caixas de comentários dos jornais em notícias sobre o aumento de vendas de carros eléctricos que andávamos a queimar carvão (que não era verdade) para os carregar. Depois era Espanha e Almaraz, vamos encerrar as centrais nucleares espanholas das quais até importamos energia. Agora que temos as centrais fechadas, as nossas emissões de poluentes (CO2, SO2, NOx) desceram consideravelmente e a energia que importamos até é tem menos carvão do que a que produzíamos, está tudo com saudades do carvão.

Portanto agora: não há vento, o gás está caro, não temos carvão, a água que havia já foi turbinada...resta-nos o quê? Importar. E importar energia produzida como? Tudo menos renovável. Dá que pensar.

A energia que importamos tem sempre menos emissões do que aquela que produzimos, portanto em emissões o saldo é positivo. França é mais de 70% nuclear e Espanha pouco mais de 20%. E não importamos assim tanta energia quanto isso, depende muito dos anos e em vários o nosso saldo exportador é positivo.

A ideia é reduzir emissões, porque a fase que estamos a passar de pouco vento e sem chuva é em parte consequência das décadas em que andamos e continuamos (o mundo todo, não só Portugal) a queimar carvão. Isto sem falar da vergonha que é a gestão dos nossos recursos hídricos, mas isso são outros quinhentos, esses ainda funcionam a carvão :lol:

Portugal terá que inevitavelmente optar pela nuclear se quer 100% low carbon em situação de seca.

O tempo da nuclear já foi infelizmente, já perdemos esse comboio. Nós e o resto da Europa que não investiu, investiu e não abriu as centrais ou as andou a fechar. Não temos conhecimento, mais o tempo que demora a construir e o custo não é actualmente uma boa aposta. Alguns estudos já indicam que investir agora na energia nuclear já não vai a tempo útil para começar a reduzir as nossas emissões para o que é necessário. O ideal é investir em renováveis e formas de armazenamento, sejam através de hidro-bombagem, hidrogénio, sal liquido ou baterias.
 
Temos perto de 5GW de capacidade de produção de energia a partir de gás natural, nesse gráfico às 18h suprimia-se a importação com a produção em gás natural, mas provavelmente não tem interesse. Mas lá está, não podemos pegar num ponto horário e extrapolar isso a nosso interesse.

O ano passado importamos 3% da nossa electricidade, temos anos que somos exportadores. Janeiro deste ano, 686 GWh importados e 412 GWh exportados. Em Janeiro de 2020 exportamos mais do que importamos por exemplo.



Mas isso tem custos, perto de 100 milhões, uma central a carvão não se liga e desliga com um botão, está sempre a consumir energia. A central do Pego na parte a carvão quando não estava a produzir energia para ser consumida na rede estava ela própria a consumir entre 4 a 6 MW por dia. A parte a gás natural consome 2 MW por dia na mesma situação.

Por alguma razão não existiu grande pressão da Trustenergy e da Endesa em manter a produção a carvão activa, porque não iria ser subsidiado e o aumento bruto das taxas de carbono não tornam atractivo o modelo de negócio. É um bocado como teres um restaurante com 100 mesas aberto para almoços e jantares todos os dias, mas facturas zero durante a semana e só enches ao fim-de-semana e aí o lucro é para tapar as despesas durante a semana.

Para suprimir picos de consumo o que funciona é a hidro bombagem, ai sim é quase imediato.



Duvido muito que quem lhes deu maioria absoluta se preocupe sequer com a abolição do carvão. Esses votam noutros partidos. O forte do eleitorado do PS são os funcionários públicos e os reformados, sempre foi assim, e eles são muitos.



Ficava e fica. E segundo a IEA em 2020 tanto a solar como a eólica passaram a ser mais baratas que o carvão em praticamente todos os países do mundo, países esses sem as taxas de carbono a que nós cá em Portugal estamos sujeitos.



Que só voltou a atingir perto desse nível de produção quando andou a escoar o stock de carvão para encerrar. Como respondi ao N_Fig mais acima manter uma central a carvão tem custos elevados porque estão sempre a consumir energia.

É um pouco como um esquentador que está sempre a consumir electricidade (se for recente) ou tem o piloto sempre ligado a consumir gás para poder começar a aquecer água a qualquer momento.

Mas eu não percebo agora esta "paixão" que se vê em vários sitios da net nacional pelo carvão. Em 2016 / 2017 gritavamos pelas caixas de comentários dos jornais em notícias sobre o aumento de vendas de carros eléctricos que andávamos a queimar carvão (que não era verdade) para os carregar. Depois era Espanha e Almaraz, vamos encerrar as centrais nucleares espanholas das quais até importamos energia. Agora que temos as centrais fechadas, as nossas emissões de poluentes (CO2, SO2, NOx) desceram consideravelmente e a energia que importamos até é tem menos carvão do que a que produzíamos, está tudo com saudades do carvão.



A energia que importamos tem sempre menos emissões do que aquela que produzimos, portanto em emissões o saldo é positivo. França é mais de 70% nuclear e Espanha pouco mais de 20%. E não importamos assim tanta energia quanto isso, depende muito dos anos e em vários o nosso saldo exportador é positivo.

A ideia é reduzir emissões, porque a fase que estamos a passar de pouco vento e sem chuva é em parte consequência das décadas em que andamos e continuamos (o mundo todo, não só Portugal) a queimar carvão. Isto sem falar da vergonha que é a gestão dos nossos recursos hídricos, mas isso são outros quinhentos, esses ainda funcionam a carvão :lol:



O tempo da nuclear já foi infelizmente, já perdemos esse comboio. Nós e o resto da Europa que não investiu, investiu e não abriu as centrais ou as andou a fechar. Não temos conhecimento, mais o tempo que demora a construir e o custo não é actualmente uma boa aposta. Alguns estudos já indicam que investir agora na energia nuclear já não vai a tempo útil para começar a reduzir as nossas emissões para o que é necessário. O ideal é investir em renováveis e formas de armazenamento, sejam através de hidro-bombagem, hidrogénio, sal liquido ou baterias.

Concordo em quase tudo o que referes, mas mesmo assim acho que o fecho das duas centrais a carvão foi precipitado. Ficámos demasiados dependentes da importação quando as condições para as renováveis funcionarem em pleno não estão reunidas e/ou quando o preço de gás dispara. Infelizmente estão a acontecer estas duas situações ao mesmo tempo e neste caso haveria espaço para o carvão colmatar estas limitações das renováveis e do gás natural. Isto pode ainda piorar mais em caso de guerra na Ucrânia e consequente corte do gás russo para a Europa, os preços do gás ficaram ainda mais exorbitantes e poderiamos ficar sem condições de alimentar as nossas centrais e como estamos em seca e com tempo anticiclónico, não podemos contar muito com a hídrica e a eólica e como a solar e a biomassa estão muito longe de chegar estaríamos com graves problemas energéticos. :unsure:

Resumindo, mesmo tendo o risco uma central a carvão ser cara e pouco utilizada deveria ficar ao ralenti para quando fosse necessário entrar em ação, isto até conseguirmos ter sistemas renováveis que se complementem de tal forma que a térmica se torne obsoleta, o que infelizmente ainda não aconteceu.
 
Temos perto de 5GW de capacidade de produção de energia a partir de gás natural, nesse gráfico às 18h suprimia-se a importação com a produção em gás natural, mas provavelmente não tem interesse. Mas lá está, não podemos pegar num ponto horário e extrapolar isso a nosso interesse.

O ano passado importamos 3% da nossa electricidade, temos anos que somos exportadores. Janeiro deste ano, 686 GWh importados e 412 GWh exportados. Em Janeiro de 2020 exportamos mais do que importamos por exemplo.

Em Janeiro de 2020 exportámos a que preço?

Por estes dias estamos a importar a 200€/MWh.
Manter as centrais a carvão custava isso tudo? E não é uma questão de saudades do carvão. Mas eu considero que foi uma enorme imprudência fechar as térmicas a carvão, e parte dessa imprudência reflete-se no estado atual das albufeiras das grandes hídricas.

Hoje, por exemplo, não há sol, nem vento, nem chuva. Resta-nos o gás natural e a importação. Não estamos dependentes do gás da Rússia, mas o norte de África também não é politicamente estável.

Concordo que o futuro passa pelas renováveis e por diversas formas de armazenamento de energia. O que não concordo é com esta dependência a que o país se expõe, sem ter concluído algumas (várias) obras. Por exemplo: os vários parques solares que estão em fase de construção e as barragens do Tâmega que poderiam ajudar com o sistema de bombagem.
 
Gosto destas alegorias que vão ao encontro da 'narrativa oficial'...
Entretanto na Galiza, a Endesa reactivou recentemente uma central a carvão, sobretudo para cobrir o défice gerado por PT...
Por cá ainda não se sentiu o aumento de preços de energia na casa dos ~20% como na maior parte da Europa, mas vai chegar quando o dinheiro do 'buffer' (~600M€) se esgotar...
 
Se pagam as rendas às termoelétricas ...... é porque pagam as rendas ás termoelétricas e está mal ..... se deixam de pagar as rendas às termoelétricas e por isso fecham .... é porque não pagam as rendas e está mal .... faz sentido pois está claro que faz.

Para quem acha que as Centrais Termoelétricas a carvão fariam alguma diferença nos preços da eletricidade, aconselho alguma pesquisa e leitura sobre como é fixado o preço da eletricidade, no mercado ibérico de eletricidade, mais conhecido por MIBEL. Só para terem uma noção, podíamos ter a central termoelétrica de Sines e Pego a produzir á potência máxima com carvão a custo zero que o preço da eletricidade seria exatamente o mesmo. Pois quem iria fixar o preço do MWh seria sempre a fonte mais cara, no caso atual as centrais a Gás.
Mas neste momento ainda seria pior pois o preço da eletricidade produzida a carvão também está brutalmente cara. Basta ver a evolução do preço do carvão, das emissões de CO2 e da eletricidade:
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Quanto ao fecho das centrais a carvão, foi o mercado a funcionar. Pura e simplesmente deixou de ser rentável.

Quanto á questão da exportação e importação, isso é meramente estatístico. Da mesma forma que o mercado de eletricidade é ibérico o sistema elétrico também o é. Teoricamente são independentes, mas cada vez mais, dificilmente um funciona sem o outro.
 
Como se fala na nuclear por aqui só deixar uma achega.
Entrou em produção o novo reactor Finlandês sistema EPR.
Sistema de última geração que sofreu muitos atrasos e acabou por ficar muito caro.
Estas centrais são bastante seguras com muita redundância de segurança.
O reactor está "fechado" em 3 mts de cimento e a turbina não fica radioctiva devido ao uso de permutadores..
Apesar dos muitos problemas na sua construção a EDF já está a avançar na sua construção.
Os resíduos nucleares são minimos devido à reciclagem do próprio reactor.

Quanto ao carvão, as duas centrais hidroeléctricas mais pontentes alto Lindoso (630mwh) e Frades II (770mwh) não produzem tanto como Sines e Pego.

E agora é só pensar porque estão Alto Rabagão e Alto Lindoso secos..