Urso-pardo de volta a Portugal?

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Eu apanhei muita esparrela no campo quando era criança e pus no contentor do lixo. E ainda apanhei redes de armar ao pássaro e deitei fora. Os donos das esparrelas e das redes nem sonham que fui eu, ahah
 
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Voltando aqui ao tópico.

Na Idade Média o rei D. Dinis terá sido atacado por um urso a norte de Beja, na freguesia de São Pedro dos Pomares. É bem possível que as serras da Vidigueira e a serra de Portel tivessem naquela altura uma importante mancha florestal cerrada de sobreiro e de azinheira que seguramente albergou uma população de urso.
 
Quando estive no Nordeste pareceu-me que tem mais futuro para a preservação da biodiversidade que o Gerês. Não me recordo de ver eucaliptos ou invasoras, há uma mancha de carvalho extensa em regeneração, não há vedações metálicas ou estradas movimentadas.

O Gerês está cheio de invasoras, tem às portas o eucaliptal, e há excesso de turismo em áreas sensíveis. A Peneda, parece-me, passa mais despercebida, e penso que tem mais lobo que o Gerês. O Gerês salvou-de uma estrada a cortar todo o maciço central (a Estrela não teve a mesma sorte), mas não se salvou de ter uma fronteira na Portela do Homem.
Estive na Portela do Homem há coisa de semana e meia e fiquei aterrado com o facto de terem aberto um café nos edifícios da fronteira... pela primeira vez em quinze anos não consegui estacionar o carro onde sempre estaciono, pois o parque estava cheio de carros de pessoas que só lá estavam para tomar café... ainda gostava de saber quem é que autorizou aquela aberração... está claramente em boas mãos o PNPG...
 
Estive na Portela do Homem há coisa de semana e meia e fiquei aterrado com o facto de terem aberto um café nos edifícios da fronteira... pela primeira vez em quinze anos não consegui estacionar o carro onde sempre estaciono, pois o parque estava cheio de carros de pessoas que só lá estavam para tomar café... ainda gostava de saber quem é que autorizou aquela aberração... está claramente em boas mãos o PNPG...

Estive lá há dois ou três anos e ainda não havia o tal café. Mas saí dali mal disposto com as camionetas de excursões a descarregar massas no meio da Margaraça, gente a deixar lixo, a pisotear. Aquilo deveria ter acesso limitado a visitantes, apenas x por dia, e deveria haver uma cancela e guarda à saída da Vila do Gerês.
 
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e já começou a histeria, o bicho não é mais perigoso que o lobo e so foram vistos rastos pelo que anda bem escondido e não deve ter grande vontade de contacto

Nas redes sociais já andam a dizer que qualquer dia o urso ataca alguém e que vai dar prejuízos, etc. A histeria já está instalada. Apenas um urso... a tribo urbana das florzinhas de estufa já está ao rubro. Mais depressa são atropelados ao atravessar a rua do que encontrarão alguma vez um lince, um lobo ou um urso se andarem no meio das serras, cromos.
 
Estive lá há dois ou três anos e ainda não havia o tal café. Mas saí dali mal disposto com as camionetas de excursões a descarregar massas no meio da Margaraça, gente a deixar lixo, a pisotear. Aquilo deveria ter acesso limitado a visitantes, apenas x por dia, e deveria haver uma cancela e guarda à saída da Vila do Gerês.
O café é muito recente, tinha lá estado a última vez em julho e não havia nada. É coisa deste ano certamente.
 
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Ainda bem que me dizes pois quando voltar lá vou tirar fotos e escrever uma carta aberta ao Parque.

Parabéns pela atitude e o ativismo! Um excelente exemplo para muitas pessoas.
Também muitas vezes escrevo para instituições e serviços municipais, e os resultados dessas comunicações, no geral, até têm sido bastante positivos.
 
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Nas redes sociais já andam a dizer que qualquer dia o urso ataca alguém e que vai dar prejuízos, etc. A histeria já está instalada. Apenas um urso... a tribo urbana das florzinhas de estufa já está ao rubro. Mais depressa são atropelados ao atravessar a rua do que encontrarão alguma vez um lince, um lobo ou um urso se andarem no meio das serras, cromos.

Já ontem vi uma publicação no facebook, onde referia que o urso seria mais uma problema que os apicultores tem de enfrentar, ou seja, já está a passar para um nível dramático.