belem
Cumulonimbus
Depois a ver se ponho aqui estudos sobre a flora Portuguesa, durante certas fases do Paleolítico, Mesolítico, Neolítico, etc...
Drone promete semear 100 mil árvores por dia
Os drones (ou um determinado drone) são assunto de ordem do dia e alvos de críticas pelas aparições em zonas proibitivas, sendo “misturados” drones de asa fixa com outros tipos de drones, há alguma desinformação sobre o assunto e, no futuro próximo, essa falta de rigor poderá condicionar a utilização deste dispositivo.
Hoje mostramos como os drones podem ter uma importância extrema no combate à desflorestação. Sim, há drones que estão já a semear milhares de árvores por dia.
Um drone pode ser utilizado para criar florestas
A batalha tem estado a ser perdida no que toca à compensação de quem trabalha para plantar o que é arrancado, queimado ou destruído. O pulmão do mundo é afetado diariamente e, de acordo com a Scientific American, a maioria dos analistas atribui que 15% das emissões globais de carbono têm como “responsável” a desflorestação. Isso significa que, ao cortar ou a queimar as florestas, estamos a contribuir diretamente para um rápido aumento das alterações climáticas.
https://pplware.sapo.pt/informacao/drone-promete-semear-100-mil-arvores-por-dia/
No mês passado participei numa atividade, junto à N2, um pouco a norte de São Brás, e fotografei o que me parece ser um Q. faginea; com sorte ainda era da sub-espécie que referes!!...
Quanto ao sobreiro....concordo contigo, empiricamente também me parece que uma parte do problema no sul é o facto de existirem zonas de sobreiro que estão há muito em stress hídrico; por outras palavras, por estar em locais mais propícios à azinheira, ao carrasco ou até mesmo ao zambujeiro. Já levo tempo suficiente no Algarve (15 anos) para observar como a sucessão de anos secos está a debilitar a espécie...
Mas quando, por outro lado, vou a Braga (a minha mulher é de lá...) que maravilha de sobreiros, estão por todo o lado: viçosos, pujantes, magníficos... Vejo sobreiros a crescer até a poucos metros do mar, em Esposende e mesmo na Mata do Camarido, em Caminha, à sombra de austrálias!!...Não tenho dúvidas que o sobreiro é muito mais característico do Noroeste do que de grande parte do interior Sul.
Também me parece que tens razão quanto às tílias; acho que só mesmo nos Cantábricos elas encontram um cilma atlântico puro que lhes permite prosperar; e mesmo aí, do pouco que conheço, nunca são o elemento fundamental da floresta, sempre aquém dos carvalhos e das faias.
Apesar de tudo, em partes da Beira Interior, continua a ser possível ver imensidões de carvalhos; há poucos anos, fiz a estrada entre Vilar Formoso e o Sabugal e fiquei maravilhado com a enorme mancha, quase intocada, de Q. pyrenaica. Mesmo na Cova da Beira, onde os pomares e o regadio ainda não chegaram, parece-me haver mais carvalhos hoje do que me lembro de ver em criança (em parte também pelo crescente desinteresse pelo pinhal). Infelizmente, nas faldas da Estrela, como em muitas outras zonas, a exponencial progressão da Acacia dealbata tem interferido com a regeneração e progressão dos carvalhais.
E, claro, temos ainda o Reino Maravilhoso de Trás-os-Montes, que será hoje a parcela do continente onde a paisagem, e a biodiversidade, estarão mais preservadas.
Em Inglaterra ainda se preservam os espaços em torno de muitas igrejas, que não foram pavimentados, especialmente nas áreas mais rurais. Uma das árvores mais comuns nestes espaços é o teixo! Já encontrei referência à presença de teixos no passado junto às capelas e igrejas do Norte de Espanha. Será que num passado distante esta tradição também existiu no Norte de Portugal? O teixo era uma árvore sagrada para os celtas, tal como o carvalho. O Norte de Portugal e o Norte de Espanha, antes da invasão romana, faziam parte do vasto mundo da cultura celta. Falava-se uma língua celta como no ocidente de França e ilhas britânicas, usavam-se os mesmos símbolos, alimentos ou instrumentos musicais. Quando o cristianismo foi implementado, adoptou muita coisa do paganismo. Por isso aparecem green men nas igrejas medievais portuguesas. A partir do século XVI, com a Contra Reforma e a Inquisição, a Igreja em Portugal passou a considerar o «culto das árvores» uma prática pagã e até satânica e muita coisa nas igrejas portuguesas foi destruída à picareta. Será que os teixos também ocorriam junto a igrejas e capelas no Norte do país?
No mês passado participei numa atividade, junto à N2, um pouco a norte de São Brás, e fotografei o que me parece ser um Q. faginea; com sorte ainda era da sub-espécie que referes!!...
Quanto ao sobreiro....concordo contigo, empiricamente também me parece que uma parte do problema no sul é o facto de existirem zonas de sobreiro que estão há muito em stress hídrico; por outras palavras, por estar em locais mais propícios à azinheira, ao carrasco ou até mesmo ao zambujeiro. Já levo tempo suficiente no Algarve (15 anos) para observar como a sucessão de anos secos está a debilitar a espécie...
Mas quando, por outro lado, vou a Braga (a minha mulher é de lá...) que maravilha de sobreiros, estão por todo o lado: viçosos, pujantes, magníficos... Vejo sobreiros a crescer até a poucos metros do mar, em Esposende e mesmo na Mata do Camarido, em Caminha, à sombra de austrálias!!...Não tenho dúvidas que o sobreiro é muito mais característico do Noroeste do que de grande parte do interior Sul.
Também me parece que tens razão quanto às tílias; acho que só mesmo nos Cantábricos elas encontram um cilma atlântico puro que lhes permite prosperar; e mesmo aí, do pouco que conheço, nunca são o elemento fundamental da floresta, sempre aquém dos carvalhos e das faias.
Apesar de tudo, em partes da Beira Interior, continua a ser possível ver imensidões de carvalhos; há poucos anos, fiz a estrada entre Vilar Formoso e o Sabugal e fiquei maravilhado com a enorme mancha, quase intocada, de Q. pyrenaica. Mesmo na Cova da Beira, onde os pomares e o regadio ainda não chegaram, parece-me haver mais carvalhos hoje do que me lembro de ver em criança (em parte também pelo crescente desinteresse pelo pinhal). Infelizmente, nas faldas da Estrela, como em muitas outras zonas, a exponencial progressão da Acacia dealbata tem interferido com a regeneração e progressão dos carvalhais.
E, claro, temos ainda o Reino Maravilhoso de Trás-os-Montes, que será hoje a parcela do continente onde a paisagem, e a biodiversidade, estarão mais preservadas.