Biodiversidade

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Quando visitei Monfrague em 2005 a Junta de Extremadura estava a eliminar os eucaliptos da região autónoma e a plantar sobreiros e azinheiros. Diziam que no longo prazo compensaria mais explorar a cortiça e que o eucalipto tinha grande impacto especialmente numa zona seca e com solos sujeitos a erosão.
 
http://cita.angra.uac.pt/biodiversidade/noticias/ver.php?id=521


Primeiro registo de Zoropsis spinimana na ilha Terceira!

"Foi confirmada pela primeira vez a presença da aranha exótica Zoropsis spinimana na Ilha Terceira. Após a sua identificação no Faial em 2009 e no Pico em 2013, foi agora identificado um indivíduo proveniente da Praia da Vitória (Ilha Terceira).

Este facto demonstra que continua a livre expansão de espécies exóticas nos Açores, sem qualquer controle eficaz em portos e aeroportos.

Esta espécie é nativa da Região Mediterrânica, e nos últimos 20 anos tem sido registado uma expansão que abrange a Europa Central e Rússia, e já está introduzida na América do Norte. Tendo cerca de 2 cm de corpo e até 5 cm incluindo as patas. A parte central do seu corpo (prosoma) é castanho com grandes manchas mais escuras. O abdómen (opistossoma) tem marcas pretas na zona superior. As pernas são de cor castanha, salpicado de pontos pretos. Apesar de esta espécie ser inofensiva, o seu tamanho pode causar alarme, ainda que infundado. Esta espécie não é agressiva nem apresenta riscos para a saúde. A sua mordedura não tem importância médica. É possível ser encontrada em zonas com atividade humana, debaixo de cascas e em troncos e madeiras velhas, onde a sua coloração lhe permite uma excelente camuflagem. Normalmente são avistadas em casas, onde procuram refúgio. Aqui a sua camuflagem não é eficaz e são facilmente identificáveis. São mais ativas de noite, mantendo-se imóveis durante o dia.

Caso encontre uma aranha que possa corresponder a esta descrição, pedimos para a colocar num frasco, e contactar a Universidade dos Açores para confirmarmos a identificação e acrescentar a nova localização. Pode contactar o Grupo da Biodiversidade dos Açores através do e-mail: [email protected].

Para mais informações sobre a sua ecologia e comportamento, consultar a página do nosso parceiro Naturdata: http://naturdata.com/Zoropsis-spinimana-13306.htm"

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Manuel Machado critica APA pela morte de lampreia e sável no Mondego

O Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, lamenta a morte de “dezenas” de lampreias e sáveis, ocorrida na sexta-feira, 3 de Abril, junto ao Açude-Ponte, no Rio Mondego, conforme noticia este sábado o Diário de Coimbra. “Depois de ter sido feito pelo Estado, a cargo da APA [Agência Portuguesa do Ambiente], um investimento tão significativo, de mais de um milhão de euros, o que acaba de acontecer não é aceitável”, aponta Manuel Machado, que sublinha: “Lamento o sucedido.”

Tendo em conta a notícia do matutino conimbricense, este significativo prejuízo ambiental verificou-se porque as comportas do Açude estiveram fechadas durante o dia, o que impediu a formação de um caudal suficiente para que as lampreias e sáveis pudessem continuar o seu trajeto rio acima. Uma alegada negligência incompreensível, mesmo tratando-se do feriado de Sexta-Feira Santa e do período pascal, quando vários outros serviços públicos funcionam dentro da normalidade.

Ainda conforme o Diário de Coimbra, só às 21h00 é que surgiu um funcionário da APA para abrir as comportas, numa altura em que também a PSP já se encontrava no local, tendo sido alertada por populares e autoridades locais, que detetaram o grave dano ambiental.

Infelizmente, não é a primeira vez que Manuel Machado nota que têm de ser os populares a colmatar as falhas nos sistemas de alerta de organismos públicos, como se verificou no final de janeiro último, na cheia repentina que afetou a localidade do Cabouco. Por mais que o Governo português tenha seguido, ou mesmo superado, o que lhe foi imposto pela troika, os serviços públicos não podem deixar de cumprir as funções que lhe são confiadas, sob pena de graves prejuízos para as populações ou, como sucedeu esta sexta-feira, para o Ambiente.

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Município de Coimbra
 
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China’s Wealthy Are Banking on Extinction

http://news.yahoo.com/china-wealthy-banking-extinction-212500950.html

Tigers, elephants, rhinos, bears, and even a few tree species have become new kinds of collectible investments similar to fine art and antiques, several experts said.

As more collectors have entered the market, killing endangered species has grown increasingly profitable. Ivory wholesale prices, for example, have shot up from $564 per kilogram in 2006 to at least $2,100 today.

Trabalhar na conservação é um trabalho deveras frustrante, para não dizer que é uma batalha perdida. Apenas se adia o inevitável.
 
Tenho uma questão que não consegui esclarecer na internet. As pombas dormem de olhos abertos?
É que esta noite tenho um hóspede na minha cerejeira e não fecha os olhos:
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Não é uma pomba mas uma prima é uma rola e dormem com os olhos fechados.

A sério? É que sempre que ia confirmar a pobre da rola mantinha os olhos abertos. E querem saber mais hoje está hospedada precisamente no mesmo galho... Esquisito:intrigante: E também ainda não fechou os olhos. Pobre do bicho deve sofrer de insónias:unsure:
 
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A sério? É que sempre que ia confirmar a pobre da rola mantinha os olhos abertos. E querem saber mais hoje está hospedada precisamente no mesmo galho... Esquisito:intrigante: E também ainda não fechou os olhos. Pobre do bicho deve sofrer de insónias:unsure:
Está de olhos abertos porque está alerta e talvez assustada. Deve ser uma rola criada em cativeiro que fugiu e agora não sabe procurar alimento.
Eu "tenho" um casal de rolas-turcas a criar numa tangerineira. Na semana passada andaram a fazer o ninho e agora a fêmea já passa lá a maior parte do tempo, provavelmente já deve ter ovos. Têm convivido bem com a nossa presença e nem sequer se assustam com os cães.
 
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Afinal segundo este estudo há Quercus robur no Algarve!

http://www.ensino.uevora.pt/mgcrn/Documentos_varios/Tese_Carlos_Vila_Vicosa.pdf

O verdadeiro mapa da flora nativa do Algarve e do Alentejo está por fazer. Ao contrário do que ensinam nas escolas, o Sul não seria uma paisagem monótona de montado de azinheira e sobreiro, mas um complexo puzzle de carvalhais, azinhais, sobreirais, soutos, com muitos híbridos pelo meio. Afinal a Sul do Tejo ainda ocorrem todas as espécie de carvalho nativas de Portugal!

Nesta Páscoa identifiquei:

- Quercus faginea nos concelhos de Montemor, Mora e Ponte de Sôr;

- Quercus robur na estrada que liga Ponte de Sôr a Abrantes;

- Quercus pyrenaica nos concelhos de Portalegre, Marvão, Castelo de Vide, Crato e Nisa.

Não consegui encontrar alvarinho na serra da Ossa nem na de São Mamede.

Segundo o estudo o que devo ter identificado na serra de Tavira foi Quercus marianica (híbrido ou nova espécie?) e não Quercus canariensis.

Na estrada que liga Évora a Montemor, do lado direito, é possível identificar alguns bosques com sobreiro, azinheira, carvalho-cerquinho e freixo, com choupais bem conservados a acompanhar linhas de água.

Bem tentam pintar o Alentejo de «deserto»...
 
Identifiquei também muitos Quercus robur no Pinhal Interior. Existe claramente uma fronteira nestas serranias entre o domínio de três espécies: Quercus robur, Quercus faginea e Quercus suber.

Por exemplo, perto da barragem do Cabril dominaria o alvarinho. A sul de Proença-a-Nova já estamos em terras de sobreiro e azinheira, já se anuncia o montado da Beira Alentejana. Mas a Leste de Ansião, quando abandonamos a A13 e tomamos a estrada em direcção a Castelo Branco, domina o carvalho-cerquinho.

Na estrada nacional que liga Coimbra ao Porto, encontra-se carvalho-cerquinho aproximadamente até à zona da Mealhada. E aproximadamente a Norte desta cidade o carvalho-cerquinho desaparece para dar lugar ao alvarinho.

Portanto, a sul de Aveiro o alvarinho já não atinge o litoral, e a sul da Mealhada a sua área de distribuição estende-se ao longo das áreas mais húmidas e amenas das serranias beirãs, até bem perto do vale do Tejo.

É só olhar para este mapa da precipitação e visitar as zonas mencionadas:

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Por baixo do pinhal e do eucaliptal os carvalhos tentam crescer... até ao próximo corte de árvores e consequente limpeza do terreno, ou até ao próximo incêndio.

Se houvesse um plano a longo prazo para os carvalhos em Portugal poderíamos ter uma exploração sustentável da sua madeira, em vez de insistirmos num produto ameaçado pela globalização: a indústria do eucalipto. Se calhar daqui a algumas décadas olharemos para o eucalipto como agora olhamos para as famigeradas Campanhas do Trigo, que destruíram irremediavelmente os solos de vastas áreas do Sul e do Interior.

Estes carvalhos são nossos e produzem madeira de elevadíssimo valor económico. Não crescem nos BRICS e é na Península Ibérica que têm as melhores condições edafo-climáticas para prosperar.

Por sua vez a cortiça é um material com muito futuro e não se vêem no terreno replantações de sobreiro com a dimensão que se pode encontrar em Espanha. E são necessárias, dada a mortalidade provocada pela doença do sobreiro e pelos incêndios.
 
É verdade , o carvalho é uma árvore extraordinária , os seus bosques albergam muitas formas de vida , quer animal quer vegetal , têm uma fantástica resistência ao fogo e à erosão do solo . Pessoalmente , acho a árvore mais bonita de Portugal , tenho vários em minha casa , aliás , eu só planto praticamente plantas autóctenes , acho que toda a gente devia fazer o mesmo .
 
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É verdade , o carvalho é uma árvore extraordinária , os seus bosques albergam muitas formas de vida , quer animal quer vegetal , têm uma fantástica resistência ao fogo e à erosão do solo . Pessoalmente , acho a árvore mais bonita de Portugal , tenho vários em minha casa , aliás , eu só planto praticamente plantas autóctenes , acho que toda a gente devia fazer o mesmo .

Infelizmente em Portugal as autarquias não utilizam carvalhos nos jardins e alamedas, e já não se plantam árvores à beira das estradas e dos caminhos. Seria uma forma de promover a preservação deste património genético, a utilização maciça da flora autócne por privados e Estado em espaços públicos e nas sebes.

Noutros países europeus recorrem às espécies nativas para embelezar espaços públicos, por que motivo somos diferentes?

Cada vez vejo mais mimosas a ser plantadas à beira das estradas e a formar sebes para delimitar terrenos, e tal está a suceder do Algarve ao Minho. É um exemplo do nosso atraso ambiental. Estas mimosas daqui a alguns anos vão progredir para lá das sebes e das valetas, e invadir os terrenos adjacentes, como já está a suceder no Gerês. Depois virão as lamúrias do costume. Quem plantasse ou tivesse nas suas propriedades invasoras deveria ser multado, depois de um plano de sensibilização da população. Aliás, para que serve a RTP? Está a ser criado um monstro que será de difícil controlo.

EDIT:

O carvalho era a árvore sagrada dos Celtas, que andaram por cá antes da chegada dos Romanos.

O culto ao alvarinho ainda existiu velado no Norte do país até tempos recentes, apesar dos esforços da ICAR para remover todos os resquícios do paganismo. Mas mesmo na Igreja havia quem compreendesse certos tipos de Conhecimento... e no Norte de Portugal ainda existem velhos carvalhos sagrados...
 
A sério? É que sempre que ia confirmar a pobre da rola mantinha os olhos abertos. E querem saber mais hoje está hospedada precisamente no mesmo galho... Esquisito:intrigante: E também ainda não fechou os olhos. Pobre do bicho deve sofrer de insónias:unsure:
Não te preocupes com o dormir as aves dormem muito pouco, na verdade é raro o animal que dorme tanto como nós, e o motivo esta entre as orelhas, so os golfinhos se aproximam com 6 horas 3 para cada lado do cerebro, o cachalotes dormem em periodos de 90 min o tempo que aguentam sem respirar. De volta a rola pela cor branca deve ter fugido de alguma gaiola e esta meio perdida, a selvagens raramente ficam no mesmo sitio
 
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