O fim da caça à rola? Espécie portuguesa em risco de extinção
Quebra de 40% da população desta ave levou à sua direta inscrição na lista vermelha das espécies em risco de extinção no país. Ambientalistas pedem restrições à caça
O que já era previsível há vários anos é agora oficial. O abruto desaparecimento da rola-brava em Portugal, que atingiu uma quebra de 40% da população na última década, levou à sua entrada na lista vermelha das espécies em risco de extinção no país, com a categoria de "vulnerável". É a primeira vez que é feita referência mundial para a conservação de espécies cinegéticas caçadas em território nacional, que passa também a integrar o zarro (pato selvagem). A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) lança um "alerta vermelho", exigindo ao governo "a urgente alteração à lei da caça". Os caçadores portugueses conhecem o fenómeno e pedem uma "ação consertada" do Sul da Europa.
"Não há tempo a perder se ainda quisermos tentar salvar a espécie", alerta o diretor executivo da SPEA, Luís Costa, justificando que a quebra de 40% das aves apurada em Portugal teve por base um estudo de monitorização, feito na última década, através de indicadores de quadrados de amostra, o que não permite quantificar o número de casais que nidificam no país.
Daí que a inclusão de "rola portuguesa" - porque apesar de ser migradora nasce por cá durante a primavera - na lista vermelha criada pela União Internacional de Conservação da Natureza, em colaboração com a BirdLife International em 1963, não tenha surpreendido os ambientalistas.
Aliás, não é de hoje que a SPEA, Liga para a Proteção da Natureza ou Quercus têm sugerido a proibição da caça à rola-brava, que começa no mês de agosto quando ainda existem casais a nidificarem. As associações ambientalista que compõem a Coligação C6 - alertam que a eventual morte dos progenitores implica a morte das crias.
Ainda neste século chegou a abundar nos campos do país, onde chegava logo em abril para se reproduzir, ficando por cá até setembro, antes migrar para o Norte de África (consegue voar cerca de dez mil quilómetros). Mas o seu "arrulhar" deixou de se ouvir de forma galopante entre o Algarve e o Alentejo. Hoje em dia a espécie é rara por estas duas regiões, conservando alguma população em Trás-os--Montes, zona do Douro, e, com menos expressão, entre a serra da Arrábida, o cabo Espichel e margem direita do rio Tejo.
A Federação Nacional de Caçadores (Fencaça) reconhece a ameaça que paira sobre a rola-brava, mas o presidente, Jacinto Amaro, assegura que os caçadores portugueses não são os maiores culpados, numa altura em que estão autorizados a caçar "apenas" seis rolas por dia. A legislação prevê cinco para o ano e quatro para 2017. "Os espanhóis não têm limite, Itália e Malta também é a vontade. Mesmo as rolas que nascem em Portugal têm de atravessar a Espanha até Gibraltar para chegar a África no inverno", diz, garantindo que uma elevada percentagem acaba abatida em Espanha.
http://www.dn.pt/sociedade/interior...-portuguesa-em-risco-de-extincao-4867536.html
Eu falo por mim, sempre vivi no campo desde que nasci, e com a idade que tenho nunca vi uma rola brava, só conheço as rolas turcas, essas sim diariamente chego a observar mais de uma dúzia delas por aqui, costumam nidificar bem por aqui elas.
Tenho pena de nunca ter avistado nenhuma brava, por em termos de padrões, e cores, elas são muito mais bonitas do que as turcas, que são tem uma cor em toda e pelagem.
Acho que á muito tempo que a rola brava já devia de estar proibida de ser caçada, mas enfim este país cada vez anda mais atrasado, depois quando já nao houver mais desta em liberdade, é que se lembram de falar em libertar rolas bravas, criadas em cativeiro, para depois começaram a criarem ao ar livre.
Os caçadores aqui da minha terra, como nao existe as rolas brava, assim que abre a caça ás rolas, eu vejo logo que as rolas turcas começar a ficar com a sua população bem mais reduzida.
E agora falando também em coelhos, que o mais certo é que dentro de pouco anos, também nao existam em liberdade. A reserva aqui da minha terra já criou uma coelheira onde apanham os poucos coelhos livres que andam por aqui, para fazerem criação em cativeiro, e depois então libertam-nos, mas á cerca de uns 15 dias, foram lá os amigos do alheios, e lá se foi coelhos todos.
Eles também lhes dão vacinas por causa das moléstias nos coelhos.