Bioluminescência em Portugal

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Caracoleta pisada com duas larvas de Luciola a aproveitarem-se dos despojos.
Foto tirada ontem à noite, aqui em Óbidos.
 
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Como brilha (a espécie acima):

Tanto quanto sei, parece brilhar apenas pelo micélio.
Ontem vi uma espécie pequena em que todo o fruto brilha.
 
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Realmente é interessante e algo incomum, a luz da espécie Luciola lusitanica.
Apresenta dois picos máximos de intensidade (o que não é comum nos pirilampos), primariamente na cor amarela (570nm) e depois um curto na cor vermelha (630nm).
Também não é comum as larvas brilharem amarelo e até um pouco de laranja, isto porque as espécies que têm adultos a brilharem amarelo, geralmente têm as larvas a brilharem verde
No verão passado, constatei, ao observar muito de perto (junto aos olhos) a luz de alguns adultos, que realmente a luz não é permanentemente amarela, pois existem ali umas variações a atirar para o laranja (e até para o vermelho). Mas é tudo muito rápido, e tal pareceu-me que variava de inseto para inseto.
Nunca pensei que fosse possível de ver a olho nu, mas realmente é, ainda que exija muita paciência e um local bastante escuro.
Quando a luz ainda não atingiu o máximo, também me pareceu ver verde, o que realmente também aparece como presente na variação medida nesta espécie.
Os olhos humanos não são tão rigorosos com os espectrômetros, daí que nem sempre seja fácil de ver este fenómeno (ou apenas o vemos parcialmente).
Por vezes as cameras, captam melhor este fenómeno, mas seria preciso uma excelente máquina para captar a evolução das côres da luz produzida por um flash de um pirilampo.

Neste caso aparece sobretudo amarelo, mas também laranja (no meio) porque a aparição desta cor é facilitada por um refletor presente no corpo do animal (nem todas as fêmeas dispõem deste aparato), mas o laranja está naturalmente presente também na luz principal, (mesmo sem o refletor):
 
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Uma das músicas presentes neste documentário é esta:

Aqui está a letra:

Shine little glow-worm, glimmer, glimmer
Shine little glow-worm, glimmer, glimmer
Lead us lest too far we wander
Love's sweet voice is calling yonder
Shine little glow-worm, glimmer, glimmer
Hey, there don't get dimmer, dimmer
Light the path below, above
And lead us on to love!
Glow little glow-worm, fly of fire
Glow like an incandescent wire
Glow for the female of the species
Turn on the AC and the DC
This night could use a little brightnin'
Light up you little ol' bug of lightnin'
When you gotta glow, you gotta glow
Glow little glow-worm, glow
Glow little glow-worm, glow and glimmer
Swim through the sea of night, little swimmer
Thou aeronautical boll weevil
Illuminate yon woods primeval
See how the shadows deep and darken
You and your chick should get to sparkin'
I got a gal that I love so
Glow little glow-worm, glow
Glow little glow-worm, turn the key on
You are equipped with tailight neon
You got a cute vest-pocket Mazda
Which you can make both slow and fazda
I don't know who you took a shine to
Or who you're out to make a sign to
I got a gal that I love so
Glow little glow-worm, glow
Glow little glow-worm, glow
Glow little glow-worm, glow
Glow little glow-worm, glow
 
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Grande saída de campo esta noite, com centenas de larvas de Luciola avistadas e muitas já eram bem grandes e facilmente visíveis a boa distância, tal a intensidade do brilho emitido (boa parte deverá tornar-se adulta este ano).
Também foi bom ouvir os sapos-parteiros.
Mas se calhar o melhor achado foi uma centopeia bioluminescente, que literalmente deixou uma poça de secreção luminosa no solo ( visível a vários metros) que com o tempo se esvaneceu. Possivelmente teve uma reação defensiva, pois deve ter sentido a vibração no solo (já observei este fenómeno duas vezes ).
Não tive tempo de captar a luz mas ainda assim capturei a centopeia que é para ser identificada.
 

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