Realmente é interessante e algo incomum, a luz da espécie Luciola lusitanica.
Apresenta dois picos máximos de intensidade (o que não é comum nos pirilampos), primariamente na cor amarela (570nm) e depois um curto na cor vermelha (630nm).
Também não é comum as larvas brilharem amarelo e até um pouco de laranja, isto porque as espécies que têm adultos a brilharem amarelo, geralmente têm as larvas a brilharem verde
No verão passado, constatei, ao observar muito de perto (junto aos olhos) a luz de alguns adultos, que realmente a luz não é permanentemente amarela, pois existem ali umas variações a atirar para o laranja (e até para o vermelho). Mas é tudo muito rápido, e tal pareceu-me que variava de inseto para inseto.
Nunca pensei que fosse possível de ver a olho nu, mas realmente é, ainda que exija muita paciência e um local bastante escuro.
Quando a luz ainda não atingiu o máximo, também me pareceu ver verde, o que realmente também aparece como presente na variação medida nesta espécie.
Os olhos humanos não são tão rigorosos com os espectrômetros, daí que nem sempre seja fácil de ver este fenómeno (ou apenas o vemos parcialmente).
Por vezes as cameras, captam melhor este fenómeno, mas seria preciso uma excelente máquina para captar a evolução das côres da luz produzida por um flash de um pirilampo.
Neste caso aparece sobretudo amarelo, mas também laranja (no meio) porque a aparição desta cor é facilitada por um refletor presente no corpo do animal (nem todas as fêmeas dispõem deste aparato), mas o laranja está naturalmente presente também na luz principal, (mesmo sem o refletor):