Este país é um autêntico circo.
As regiões do sul do país, em zonas tipicamente sujeitas a longos períodos de seca (por vezes décadas até uns poucos anos com precipitação excessiva fazer as médias), desenvolveu ao longo do tempo estruturas agrícolas de sequeiro muito pouco dependentes da água. Cereais como o trigo, culturas como a oliveira e indústrias como a cortiça. Os próprios animais, que não eram assim tão poucos, alimentavam-se de vegetação no solo, a seu tempo e sem pressas, via pastoreio das terras fazendo com que ao mesmo tempo fossem fertilizadas.
Não havia turismo em massa. Não havia agricultura industrial. Não haviam eucaliptos nas serras. Não haviam populações a tomar banho 3 vezes ao dia.
Portanto, mesmo em anos consecutivos com pouca precipitação, a seca não tinha efeitos tão destrutivos como no presente pois, o recente desenvolvimento económico destas regiões seguiu, O ABSOLUTO E COMPLETO OPOSTO DAQUILO QUE A EVIDENTE SUSTENTABILIDADE DO TERRITÓRIO PEDIA.
Em contraponto, o Noroeste do país, que até há bem poucas décadas produzia que chegue para alimentar Portugal inteiro, tem as albufeiras cheias, os ribeiros levam água e os campos não só estão cheios de erva como, se não lhes meterem a mão durante 1 ano, o matagal invade tudo. E isso mesmo com a maioria das serras (e grandes porções do vales) cheias de eucaliptos que eram, a espaço, plantados para secar lameiros incómodos.
Sabem porém quais os investimentos agrícolas no Norte? Vinha e pouco mais. O milho industrial é para farelo das vacas. A vasta maioria das leiras e campos de cultivo estão abandonados e a velho apesar da monumental capacidade produtiva da região dada a elevada precipitação anual e calor QB.
Na verdade, o que mais cresce por aqui é... BETÃO. Construir, construir e construir. Casas de pato bravo (emigrantes), prédios de luxo para a especulação imobiliária continuar a subir (porque moradias acessíveis ninguém as faz), parques industriais que ficam às moscas etc. etc.
Este país está literalmente às avessas. A região que de forma natural poderia produzir alimentos de forma bastante fácil e sem condicionar os recursos hídricos, abandonou toda a actividade e os seus autarcas dedicam-se agora à destruição das terras de cultivo que levaram séculos a criar. No sul, onde a água é preciosa, investem no turismo como perfeitos imbecis culpando depois as "alterações climáticas" pelas centenas de milhões de banhos tomados por turistas que a cada vez que entram e saem das piscinas algarvias ficam 1 minuto a refrescar-se mo chuveiro. Isso e modelos de produção agricola e pecuária baseada e eficiência económica em 1º, 2º e 3º lugar. Sustentabilidade ambiental? Deixem-me rir! Isso leva muito tempo e rende pouco dinheiro. Só expremendo a natureza até à literal morte da terra é que os donos disso tudo vivem satisfeitos.
Enfim. Quem não os conhecer que os leve para casa. Todos estes problemas não tem solução à vista porque NINGUÉM quer realmente tocar nos verdadeiros problemas. É mais fácil taxar o contribuinte e proibi-lo de fazer X ou Y ganhando assim tempo para que o seu mandato acabe atirando o problema para o próximo.