Seguimento - Incêndios 2017

Não fazia mal nenhum o 'EventoXXI' ter mais dados sobre 'si'. Algumas notícias sugerem a sua índole. E de tanta publicação disponível porque é que o Rosário só se lembrou deles? Decerto não faltariam jornalistas vorazes pelo grande número de mortos.

Mesmo que o Rosário Nunes exista e tenha de facto mandado o mail é apenas uma opinião que pode ou não estar sujeita à descoordenação do aparato de segurança civil aquando do evento. Há dias...

Durante os dias seguintes à catástrofe, que vitimou 64 pessoas e feriu outras 254, a linha informativa aberta pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) recebeu mais de um milhar de chamadas. Muitas estavam relacionadas com o paradeiro desconhecido de pessoas que estariam na zona.

Estes pedidos foram reencaminhados para a PJ que, através do cruzamento de dados, foi fazendo uma despistagem numa lista que, sexta-feira, dia 23, estava reduzida a 12 pessoas. “Foi feito um cruzamento de dados, necessário face à confusão e ao volume de informação que chegou através daquela linha”, explicou ao PÚBLICO fonte da PJ, precisando que após essa triagem concluiu-se que essas pessoas estavam entre as vítimas mortais e os feridos. Algumas, poucas, não chegaram a estar na zona durante os incêndios.

30 mortos desaparecidos é muita fruta (um aumento de 50%). Seria preciso um grande esforço para ocultar isso. Um esforço que a meu ver é impossível tendo em conta o caos que se viu. Pessoalmente acho que é preciso haver mais dados concretos para que haja uma dúvida minimamente razoável. Um habitante qualquer de uma aldeola recôndita a queixar-se de membros desaparecidos já seria suficiente. Como duvido que isso aconteça, recomendo a descontinuação da propagação dessas especulações sem nexo.

E para acabar o tópico com algum humor :D

António Costa, antes de ir de férias, enquanto arranjava as meias, deixou uma explicação para o roubo de armas e bombas em Tancos: o downburst. O fenómeno de vento descendente que causou o incêndio de Pedrogão terá, nas palavras do primeiro-ministro, “feito o contrário”, ascendendo aos céus com granadas, lança-rockets e as facas de peixe da messe dos oficiais. “É a vida, habituem-se”, foi a explicação de António Costa inspirada no ídolo socialista António Guterres.
 
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Quando se começou a perceber melhor os contornos da tragédia, pensei que levaria largos dias a contabilizar o número total de mortos. Isto porque, em desespero e desnorteadas, muitas das pessoas que estavam nos carros e aldeias poderiam ter fugido para o meio da floresta, o que dificultaria em muito que fossem encontradas caso o pior tivesse acontecido. Mas a verdade é que em menos de 30 horas chegou-se áquele que é até o momento o número final de vítimas.

Também creio que uma investigação de uma eventual não actualização de números por parte das autoridades, seria algo relativamente fácil para a imprensa da especialidade.
 
Concordo, mas tenho uma questão. Então mas para que servem os GIPS?

Essa é uma excelente pergunta! Para que servem os GIPS e os Canarinhos, no inverno?

Os GIPS são militares, numa força militarizada. Estão 2 ou 3 anos no mesmo sítio e depois rodam. Os Canarinhos são funcionários das associações de bombeiros, fazem o que estas mandam. E quem trabalha nas matas e nos montes, no outono, inverno e primavera?
 
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Quando se começou a perceber melhor os contornos da tragédia, pensei que levaria largos dias a contabilizar o número total de mortos. Isto porque, em desespero e desnorteadas, muitas das pessoas que estavam nos carros e aldeias poderiam ter fugido para o meio da floresta, o que dificultaria em muito que fossem encontradas caso o pior tivesse acontecido. Mas a verdade é que em menos de 30 horas chegou-se áquele que é até o momento o número final de vítimas.

Também creio que uma investigação de uma eventual não actualização de números por parte das autoridades, seria algo relativamente fácil para a imprensa da especialidade.

Seria, mas infelizmente também eles os Jornalistas têm pouca "autonomia" , estão Subjugados a Muitos "Fatores" / "pressões" externos. ( e eles tambem precisam de emprego, têm familias etc etc......o resto já sabem )
 
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Na contínua história dos eventuais desaparecidos em Pedrógão há que diferenciar:

- Os que vivem/viviam sozinhos e que poderão passar despercebidos por algum familiar que tenham mas certamente não irão/iriam passar despercebidos pela vizinhança (só se ela morreu toda) e/ou pelas instituições sociais/políticas locais;

- Algum turista (ou família) que tenha viajado para PT sem avisar ninguém podendo, como tal, demorar mais um pouco a ser detetado o seu desaparecimento. Aí invariavelmente as embaixadas seriam envolvidas tornando o encobrimento (quase) impossível. A imprensa de PT não é assim tão má.

Se me dissessem que poderiam haver 4 ou 5 mortos não contabilizados ainda podia concordar com as dúvidas. Já quando se começa a falar de aumentos de 20 e 30 (estou a assumir os 95 mortos da - a meu ver - pseudo-notícia) pessoas (50% em termos relativos) acho que o caso já começa a assumir contornos absurdos. Só se aldeias inteiras tivessem sido torradas o que não parece ter sido o caso.

Se não há até agora dúvidas razoáveis nem qualquer tipo de provas do que quer que seja (só boato ao estilo dos suicídios) para que é que se iria novamente confirmar? E confirmar com quem? Com a Administração Interna e as câmaras locais? Qual é a resposta que os jornalistas teriam? Se não se conhecesse queixas verídicas de pessoas para quê continuar com a conspiração?
 
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E novamente...

O IPMA realizou hoje uma conferência de imprensa complementar ao relatório já conhecido, referindo, mais uma vez, que há uma probabilidade baixa de terem ocorrido descargas eléctricas (raios) na proximidade do local e na hora de início do incêndio de Pedrógão Grande.

Em relação a um 'downburst' (um vento de grande intensidade e junto ao solo que, a partir de determinado ponto, sopra em linha recta em todas as direcções), Nuno Moreira referiu que "foi possível observar esse fenómeno por radar em várias regiões do alto Alentejo, mas que não foi detectado nenhum próximo do local do incêndio".

(...)

"Identificou-se uma activação da pluma de incêndio e essa activação, sugerem os dados, pode ser devido ao 'donwburst', mas que não é directamente observado", explicou Nuno Moreira, ressalvando que estes fenómenos de correntes descendentes são raros.

IPMA: Raio só tem probabilidade de 5% e "downburst" não aconteceu próximo do incêndio

É ainda importante dizer que este vídeo (ver nos comentários)...



... foi filmado entre Sertã e Proença. Vago, sim, mas ao que parece um pouco distante de Pedrógão e especialmente da EN236 (20/30 kms? - os efeitos estariam dependentes da orografia). Claro que, como escrevi, pode e deve ter havido vento (não associado a fenómenos extremos) associado às células convectivas que acelerou o fogo. O vento é um fenómeno por vezes imprevisível.

 
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O antes e o depois. Foto de Pedro Mateus.

Quando chover sério vai tudo parar ao rio Zêzere.

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"Os 50 (ou 53 mil, dependendo das fontes) ha dos incêndios de Pedrogão-Góis serão afinal 41 mil ha, de acordo com esta interpretação da imagem do Landsat. Numerosas ilhas correspondendo a áreas não ardidas ou ardidas com tão baixa intensidade que não alteraram a assinatura espectral."

 
TOMAR – Última hora. Procura(m)-se incendiário(s). Presidente da Câmara pede para que população esteja atenta e denuncie presenças estranhas no terreno

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Um cenário assustador e nunca antes visto. O concelho de Tomar, num curto espaço de uma hora, foi palco para seis incêndios nocturnos, ou seja, no final desta terça e no início de quarta-feira. Nesta contabilidade, foram afectadas as localidades de Curvaceiras (Paialvo), Pêro Calvo (São Pedro), Charneca da Peralva (Paialvo), Quinta de Cima (Curvaceiras), Quinta do Falcão (São Pedro) e Falagueiro (Asseiceira). Precisamente por esta ordem. Para além destes fogos, houve, ainda, registo para outros dois em localidades vizinhas, como Limeiras e Atalaia, neste caso já no concelho de Vila Nova da Barquinha. Restam poucas dúvidas sobre a presença, neste conjunto de ignições, de mão-criminosa, tal a dispersão de ocorrências e, claro, o horário das mesmas. Por isso, foram para o terreno diversos operacionais da Guarda Nacional Republicana e ainda militares do Regimento de Infantaria 15 que, refira-se, deram o alerta para um dos incêndios e conseguiram mesmo apagá-lo. A Hertz fez um ponto de situação com Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, que não deixou de admitir que esta situação «deve preocupar tudo e todos».

http://radiohertz.pt/tomar-ultima-h...ta-e-denuncie-presencas-estranhas-no-terreno/
 
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