Seguimento - Incêndios 2023

Uma imagem com menos zoom para dar mais contexto à área atingida.

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E compração da área ardida em 25JUL23 (209 ha) com a área ardida do incêndio de 6OUT18, na Serra de Sintra (429 ha).

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Bem, o combate ao incêndio de Almodôvar, perto da A2, na zona da fronteira entre Beja e Faro, recebeu umas condições atmosféricas simpáticas, aqui em Albufeira, por exemplo, foi a noite menos ventosa dos últimos 8–9 dias e a região foi engolida por nevoeiro esta manhã :).
 
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Algumas imagens aéreas elucidativas neste vídeo e uma estimativa prévia de 205 ha para a área ardida no incêndio de Alcabideche. Na minha opinião, olhando as imagens e os registos de satélite, área atingida não significa necessariamente perda total do coberto vegetal. Nota-se por exemplo que o fundo dos vales preserva em muitos locais a vegetação ao longo das linhas de água. Observei isso também in loco nas zonas atingidas pelos incêndios na Serra da Estrela.


Sinal negativo para os simples mirones destas situações, a criar dificuldades a quem realmente combate os incêndios ou a quem está a ajudar (veja-se ao minuto 00:55 deste vídeo :facepalm: ).
 
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Incêndios: "Não são necessários tantos meios aéreos", diz presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais​



Bastava termos as condições da Sicilia e da Grécia e o país virava um inferno em chamas, a meteorologia tem sido bondosa connosco e nada mais.
 

Incêndios: "Não são necessários tantos meios aéreos", diz presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais​



Bastava termos as condições da Sicilia e da Grécia e o país virava um inferno em chamas, a meteorologia tem sido bondosa connosco e nada mais.

Depois de ler a notícia acima, saltam-me logo algumas questões, mesmo sem pensar muito...

Se "não são necessários tantos meios aéreos" porque, por exemplo, este ano houve um acréscimo de meios aéreos em relação a anos transatos?

Porque em vários incêndios durante este ano foram usados, 10/12/14 meios aéreos (temos neste últimos dias 2 exemplos, Alcabideche e Almodôvar... já para não falar noutros de menor dimensão durante este mês como Sertã, Lousã,... em que foram logo usados no ATI)?

"...dizer que isto se resolve com mais meios aéreos também está errado, porque sabemos que os meios aéreos não resolvem, encarecem. O fogo resolve-se no chão com as enxadas”" Tiago Oliveira, presidente da AGIF

O problema dos incêndios de Alcabideche e de Almodôvar, só para citar este dois, teria sido de mais fácil resolução se os operacionais fossem para o terreno só com as enxadas?

Sobre o incêndio de Alcabideche: "...o presidente da AGIF respondeu que “do ponto de vista da proteção civil e do combate correu bem” e que “dificilmente podia ter outras consequências” devido às condições meteorológicas da humidade e vento que “estavam muito favoráveis”.

Ainda havia mais para falar mas fico-me só por mais duas últimas notas...

1. “Há um conjunto de resistências de natureza política, de distribuição de poder, de não cumprimento de procedimento de poderes, de dinheiros não verificados que têm de ser escalpelizados” Tiago Oliveira

A que dinheiros se refere? Sabe de alguma situação menos clara? Se sim, já denunciou?

2. Confesso que não acompanho o trabalho da AGIF... E, por isso, pergunto, humildemente, se alguém me consegue explicar o que tem feito a AGIF para resolver a questão dos incêndios rurais?
 
Depois de ler a notícia acima, saltam-me logo algumas questões, mesmo sem pensar muito...

Se "não são necessários tantos meios aéreos" porque, por exemplo, este ano houve um acréscimo de meios aéreos em relação a anos transatos?

Porque em vários incêndios durante este ano foram usados, 10/12/14 meios aéreos (temos neste últimos dias 2 exemplos, Alcabideche e Almodôvar... já para não falar noutros de menor dimensão durante este mês como Sertã, Lousã,... em que foram logo usados no ATI)?

"...dizer que isto se resolve com mais meios aéreos também está errado, porque sabemos que os meios aéreos não resolvem, encarecem. O fogo resolve-se no chão com as enxadas”" Tiago Oliveira, presidente da AGIF

O problema dos incêndios de Alcabideche e de Almodôvar, só para citar este dois, teria sido de mais fácil resolução se os operacionais fossem para o terreno só com as enxadas?

Sobre o incêndio de Alcabideche: "...o presidente da AGIF respondeu que “do ponto de vista da proteção civil e do combate correu bem” e que “dificilmente podia ter outras consequências” devido às condições meteorológicas da humidade e vento que “estavam muito favoráveis”.

Ainda havia mais para falar mas fico-me só por mais duas últimas notas...

1. “Há um conjunto de resistências de natureza política, de distribuição de poder, de não cumprimento de procedimento de poderes, de dinheiros não verificados que têm de ser escalpelizados” Tiago Oliveira

A que dinheiros se refere? Sabe de alguma situação menos clara? Se sim, já denunciou?

2. Confesso que não acompanho o trabalho da AGIF... E, por isso, pergunto, humildemente, se alguém me consegue explicar o que tem feito a AGIF para resolver a questão dos incêndios rurais?
Ainda falta acrescentar o eucalipto, que também favorece a propagação dos incêndios, quando não existem faixas de contenção de fogos com outras espécies mais resistentes aos fogos, esses incêndios são complicados serem controlados.

O ataque inicial com tantos meios aéreos podem ter ajudado em controlar os incêndios mais rapidamente.
 
Ainda falta acrescentar o eucalipto, que também favorece a propagação dos incêndios, quando não existem faixas de contenção de fogos com outras espécies mais resistentes aos fogos, esses incêndios são complicados serem controlados.

O ataque inicial com tantos meios aéreos podem ter ajudado em controlar os incêndios mais rapidamente.

O papel do eucalipto como propagador de fogos existe, mas está muito inflacionado. Em condições extremas arde tudo, não interessa que tipo de coberto florestal exista. Tens exemplos disso aí pela serra do Caldeirão que já ardeu várias vezes de forma trágica e com milhares de hectares de cada vez e o eucalipto está longe de ser a espécie dominante. O eucalipto assume protagonismo quando existem áreas vastas de eucaliptos sem gestão e ao abandono, em que se criam condições de continuidade do combustível disponível para arder tanto verticalmente (do solo à copa) como horizontalmente (ao longo da paisagem). Nos eucaliptais geridos com pouco mato o fogo passa rasteiro e muitas vezes nem seca as folhas da copa. Com isto não estou a defender o eucalipto, acho que devemos promover uma floresta biodiversa e descontinua.
 
Em relação aos meios aéreos são muito uteis no ataque inicial, mas precisam de consolidação feita com equipas no solo para serem realmente eficazes. São as tais equipas com ferramentas manuais que o Tiago Oliveira refere e muito importantes para consolidar rescaldos e evitar reativações. Meios aéreos sozinhos não apagam nada!

Este ano está a ser calmo em termos de fogos, mas não se iludam, se as condições meteorológicas se agravarem eles vão aparecer, é inevitável... Espero estar enganado, mas mais tarde ou mais cedo anos como 2003, 2005 ou 2017 vão se repetir, com tendência de serem piores, com a junção de cada vez maior abandono e falta de gestão do território aliada, a uma tendência de mais e maiores vagas de calor e secas extremas.
 
Em relação aos meios aéreos são muito uteis no ataque inicial, mas precisam de consolidação feita com equipas no solo para serem realmente eficazes. São as tais equipas com ferramentas manuais que o Tiago Oliveira refere e muito importantes para consolidar rescaldos e evitar reativações. Meios aéreos sozinhos não apagam nada!
Concordo, embora sem ter conhecimentos e prática (claro!) também sou da opinião que os meios aéreos podem ser essenciais para quebrar o ímpeto inicial e os picos de intensidade das chamas, sem o que as equipas no solo não podem progredir. Mas parece-me óbvio que as descargas aéreas não conseguem atingir toda uma área a arder. No entanto acho que são imprescindíveis nos casos de terreno inacessível e estou a lembrar-me de áreas como na Serra da Estrela ou mesmo na Serra de Sintra, onde a mera progressão no terreno mesmo sem fogo é praticamente impossível (experiência própria), quanto mais com fogo.
 
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Reactions: "Charneca" Mundial
Incêndio agora na Estrada dos Fuzileiros, no Barreiro! Local muito perigoso, na margem de extensa mancha de coberto vegetal de árvores (misto de pinheiros e outras, e mato muito seco) e que se saltar para a Mata da Machada é desastroso.

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Acrescente-se que esta mata tem muito lixo espalhado de todo o tipo.
 
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Incêndio agora na Estrada dos Fuzileiros, no Barreiro! Local muito perigoso, na margem de extensa mancha de coberto vegetal de árvores (misto de pinheiros e outras, e mato muito seco) e que se saltar para a Mata da Machada é desastroso.

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Acrescente-se que esta mata tem muito lixo espalhado de todo o tipo.


Já está em resolução! :)
 

Incêndios: "Não são necessários tantos meios aéreos", diz presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais​



Bastava termos as condições da Sicilia e da Grécia e o país virava um inferno em chamas, a meteorologia tem sido bondosa connosco e nada mais.

E estalou o verniz...

ANMP exige que presidente da Agência para a Gestão de Fogos Rurais "se retrate"

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) exigiu esta sexta-feira que o presidente da Agência para a Gestão de Fogos Rurais se retrate das declarações que fez na Assembleia da República e sugere ao primeiro-ministro que avalie se Tiago Oliveira se deve manter no cargo.

Municípios da Lezíria e Médio Tejo “indignados” com Tiago Oliveira “cortam relações” com AGIF

“A AGIF, que deveria promover a articulação entre as várias entidades do sistema, parece demonstrar desconhecimento no que respeita à realidade existente e deixou de ter condições de protagonizar tão importantes desígnios de articulação”, pode ler-se no comunicado, com a CIM Médio Tejo. A considerar as afirmações proferidas “inaceitáveis” e apelando ao governo que “analise tão graves declarações e que delas retire todas as consequências”.

Os presidentes dos 11 municípios da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), por sua vez, manifestaram hoje “indignação” pelas declarações do presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais no parlamento, anunciando o “corte de relações” com a AGIF.

Municípios do Algarve querem demissão do presidente da AGIF

"Os 16 autarcas algarvios não têm confiança e nem reconhecem competência a Tiago Oliveira para ocupar tão importante e fundamental cargo, e pedem, por isso, que o presidente da AGIF - Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais - se demita, reconhecendo que não tem condições para se manter em funções", apelaram as Câmaras do distrito de Faro.

"O senhor presidente da AGIF, Tiago Oliveira, desde a primeira hora tem tido uma posição, no nosso entender, pouco conhecedora do que se passa no mundo rural e contrária àquilo que é a perspetiva de desenvolvimento do interior por parte de muitos dos municípios que têm esta problemática dos fogos florestais", afirmou António Pina à Lusa.
 
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