Seguimento - Incêndios 2024

Repito-me: "Por agora não discuto mais isto, espero pela análise futura."
Só uma curiosidade, afinal as decisões posteriores até coincidiram com o que era pedido pelos peticionistas.

Que decisões?

A Força Especial de Bombeiros chegou ao 4o dia de incêndio. Vamos no 9o dia. Foi porque a partir do 4o dia foi impossivel prever o rumo do incêndio?

Esta foto do DN acho que é representativa do que eu quero dizer quando digo que só a meteorologia vai apagar este fogo. Na foto estão 5 ou 6 homens da Força Especial de Bombeiros. Podiam estar 500 e podem ser os melhores do mundo. Mas não são chuva nem nevoeiro.

Screenshot-20240823-011818-Gallery.jpg
 
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Mas não são chuva nem nevoeiro.
Uii... tens uma visão catastrofista dos incêndios na Madeira. Então queres dizer que há pontos de ignição e início de incêndios que sob condições meteorológicas adequadas invalidam qualquer combate e que é de esperar que sejam incêndios que durem mais de uma semana. É isso?

Ou seja, este incêndio foi e é um exemplo de um 'incêndio perfeito', derivado do seu local de início e das condições meteorológicas durante grande parte inicial?

Existem 'incêndios perfeitos' que não é possível combater e era uma questão de tempo até ocorrer um incêndio desses na Madeira, sem que nada pudesse ser feito para o evitar ou combater? Sem sequer previsão possível?
 
Uii... tens uma visão catastrofista dos incêndios na Madeira. Então queres dizer que há pontos de ignição e início de incêndios que sob condições meteorológicas adequadas invalidam qualquer combate e que é de esperar que sejam incêndios que durem mais de uma semana. É isso?

Ou seja, este incêndio foi e é um exemplo de um 'incêndio perfeito', derivado do seu local de início e das condições meteorológicas durante grande parte inicial?

Existem 'incêndios perfeitos' que não é possível combater e era uma questão de tempo até ocorrer um incêndio desses na Madeira, sem que nada pudesse ser feito para o evitar ou combater? Sem sequer previsão possível?

Sim, há incêndios perfeitos e sim, a história da Madeira está repleta de incêndios que duraram dias e dias.

As condições meteo para propagação foram perfeitas. Vê durante quantos dias a estacao do IPMA do Pico Alto (cotas intermédias) registou ventos MÉDIOS superiores a 60km/h dia e noite com rajadas acima dos 90km/h e durante quantos dias a HR esteve persistentemente abaixo dos 30%.

Se visses uma previsão amanhã para o Vale de Manteigas com ventos médios de 60km/h dia e noite, HR a nao ir alem dos 25% à noite e temperaturas mínimas a não descer do 23°C e um fogo se descontrolasse a primeira coisa que vinhas aqui dizer era que que quem comandou não soube prever.
 
Se visses uma previsão amanhã para o Vale de Manteigas com ventos médios de 60km/h dia e noite, HR a nao ir alem dos 25% à noite e temperaturas mínimas a não descer do 23°C e um fogo se descontrolasse a primeira coisa que vinhas aqui dizer era que que quem comandou não soube prever.
Já estás a presumir o que eu faria. Não respondo a isso.

Sem significar que eu concorde ou não com tudo o que tem sido dito, e não é que isso seja relevante, fica aqui um exemplo de opiniões de especialistas:

 
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"Houve negligência" no combate às chamas na Madeira.​


A professora catedrática Helena Freitas diz que os danos causados pelo incêndio "são brutais" e considera que é fundamental encontrar responsáveis.

SIC Notícias

Há 48 minutos

Helena Freitas, professora catedrática na Universidade de Coimbra, acusa as autoridades de negligência na gestão do combate ao incêndio na Madeira.

“Houve negligência. Houve, de facto, excessiva tolerância relativamente a um processo que sabíamos que representava um risco enorme (...) Não tenho qualquer dúvida que era muito claro para todos que isto podia acontecer.”

Em entrevista à SIC Notícias, afirma que “os danos são brutais” e considera que é fundamental encontrar responsáveis.

O incêndio na Madeira lavra há mais de uma semana, mas o combate às chamas conta agora com o apoio de dois Canadairs espanhóis.

No primeiro dia de reforço, foram realizadas 35 descargas pelo helicóptero que já operava na Madeira, e oito pelos dois Canadair.

O incêndio na Madeira, que deflagrou no dia 14 de agosto, tem três frentes: no Pico Ruivo, no Pico do Gato e na Ponta do Sol. As chamas obrigaram à retirada de 200 pessoas por precaução.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento forte e as temperaturas elevadas. A área ardida já ultrapassa os 5 mil hectares.

 

"Houve negligência" no combate às chamas na Madeira.​


A professora catedrática Helena Freitas diz que os danos causados pelo incêndio "são brutais" e considera que é fundamental encontrar responsáveis.

SIC Notícias

Há 48 minutos

Helena Freitas, professora catedrática na Universidade de Coimbra, acusa as autoridades de negligência na gestão do combate ao incêndio na Madeira.



Em entrevista à SIC Notícias, afirma que “os danos são brutais” e considera que é fundamental encontrar responsáveis.

O incêndio na Madeira lavra há mais de uma semana, mas o combate às chamas conta agora com o apoio de dois Canadairs espanhóis.

No primeiro dia de reforço, foram realizadas 35 descargas pelo helicóptero que já operava na Madeira, e oito pelos dois Canadair.

O incêndio na Madeira, que deflagrou no dia 14 de agosto, tem três frentes: no Pico Ruivo, no Pico do Gato e na Ponta do Sol. As chamas obrigaram à retirada de 200 pessoas por precaução.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento forte e as temperaturas elevadas. A área ardida já ultrapassa os 5 mil hectares.


A Helena Freitas é uma ambientalista que era coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior (UMVI) quando ocorreram os incêndios de Pedrogão. Devia ter tento na língua quando vem falar de negligência dos outros.
 
Uma caça às bruxas quando não há bruxas. Explica-me lá a mim e aos 12 comandantes de corporações de bombeiros da Madeira que são uns mentecaptos qual é o "perímetro" para combater o fogo no Pico Grande ou na Trompica. Ou o que pode ser feito quando o fogo vai percorrendo lateralmente a meia encosta o Curral das Freiras.

Tinha ouvido tanta tanta asneira na TV, gente ignorante que fala com uma convicção... ainda ontem era um tal de piloto de helicopteros a dizer que na Madeira nao havia pontos de água para o helicóptero, que era preciso ir ao mar...

Não foi isso que o piloto referiu ontem na SIC, disse que para o helicóptero ser eficaz tem que haver uma boa rede de pontos de água, para que haja uma boa cadência de descargas, que apesar da ilha ser rodeada de mar não é solução abastecer no mesmo.
Pelas fotos que circulam na internet, que naturalmente carecem de confirmação, existem muitos pontos de água que estão completamente ao abandono, sem água e com vegetação no interior, num deles tem dois cabos a atravessar o reservatório que o torna inoperacional.
Ouvi o responsável da proteção civil referir que o helicóptero tinha feito 50 descargas num dia e 35 no outro, isto para uma operação diária é pouco, numa missão de 90m de ATI/ATA um meio aéreo com uma boa rede de pontos de água pode fazer 25 a 30 descargas. Na Madeira não havendo tanques dispersos pela ilha, com a topografia a não ajudar, leva a que a cadência de descargas seja muito espaçada.
 
Não foi isso que o piloto referiu ontem na SIC, disse que para o helicóptero ser eficaz tem que haver uma boa rede de pontos de água, para que haja uma boa cadência de descargas, que apesar da ilha ser rodeada de mar não é solução abastecer no mesmo.
Pelas fotos que circulam na internet, que naturalmente carecem de confirmação, existem muitos pontos de água que estão completamente ao abandono, sem água e com vegetação no interior, num deles tem dois cabos a atravessar o reservatório que o torna inoperacional.
Ouvi o responsável da proteção civil referir que o helicóptero tinha feito 50 descargas num dia e 35 no outro, isto para uma operação diária é pouco, numa missão de 90m de ATI/ATA um meio aéreo com uma boa rede de pontos de água pode fazer 25 a 30 descargas. Na Madeira não havendo tanques dispersos pela ilha, com a topografia a não ajudar, leva a que a cadência de descargas seja muito espaçada.

Foi mesmo isso que o piloto referiu, basta usar a funcionalidade da box de ver emissões anteriores para ver o que ele disse. O piloto deu o exemplo de Tenerife e disse que nunca tinha abastecido no mar em Tenerife. O pivot do jornal depois interrogou o piloto se na Madeira não havia pontos de água preparados para o helicóptero ao que o piloto respondeu "Não". Isto é uma mentira pegada, durante estes 10 dias de fogo o helicóptero não foi uma única vez abastecer ao mar.

Ainda anteontem assisti a partir do Chão dos Feiteiras o heli a abastecer abaixo do Areeiro, e ir descarregar à Achada do Teixeira com uma cadência de 7/8 minutos a 1800 metros altitude.

Numa missão normal ATI/ATA o incêndio (ou pontos de fogo) não têm um perímetro de 50 km. O heli tem feito descargas no Curral, no Areeiro, na Encumeada, na Serra de Água, na Bica da Cana, na Ponta de Sol. Obviamente que se perde tempo (e combustível) nesta operação pelo que a razão tempo/descargas será bastante diferente da operação normal, além dos momentos em que o heli em aproximação tem que abortar a descarga devido a instabilidade (são vários esses momentos durante o dia).
 
Uii... tens uma visão catastrofista dos incêndios na Madeira. Então queres dizer que há pontos de ignição e início de incêndios que sob condições meteorológicas adequadas invalidam qualquer combate e que é de esperar que sejam incêndios que durem mais de uma semana. É isso?

Ou seja, este incêndio foi e é um exemplo de um 'incêndio perfeito', derivado do seu local de início e das condições meteorológicas durante grande parte inicial?

Existem 'incêndios perfeitos' que não é possível combater e era uma questão de tempo até ocorrer um incêndio desses na Madeira, sem que nada pudesse ser feito para o evitar ou combater? Sem sequer previsão possível?

Há de facto incêndios que pelo local onde começam, pelo tipo de combustíveis que têm pela frente e pelas condições meteorológicas no momento da ignição, ficam acima da capacidade de extinção muito rapidamente (poucos minutos). Uma vez acima da capacidade de extinção, só volta a haver forma de parar o fogo se alguma das premissas inicias se alterar, ou seja, condições meteorológicas mais favoráveis, progressão do fogo para áreas com menos combustível disponível e/ou menores declives. Se não houver alteração das condições iniciais o fogo não vai parar, isto é o que custa a compreender para todas as pessoas, incluindo governantes que não têm formação/conhecimento em gestão florestal/rural ou de fogos.
Nunca fui à Madeira nem conheço a realidade local, mas acredito que neste fogo as janelas de oportunidade para o combate foram muito reduzidas ou em alguns flancos do fogo deverão ter sido nulas, isto independentemente dos meios disponíveis no local.
 
Há de facto incêndios que pelo local onde começam, pelo tipo de combustíveis que têm pela frente e pelas condições meteorológicas no momento da ignição, ficam acima da capacidade de extinção muito rapidamente (poucos minutos). Uma vez acima da capacidade de extinção, só volta a haver forma de parar o fogo se alguma das premissas inicias se alterar, ou seja, condições meteorológicas mais favoráveis, progressão do fogo para áreas com menos combustível disponível e/ou menores declives. Se não houver alteração das condições iniciais o fogo não vai parar, isto é o que custa a compreender para todas as pessoas, incluindo governantes que não têm formação/conhecimento em gestão florestal/rural ou de fogos.
Nunca fui à Madeira nem conheço a realidade local, mas acredito que neste fogo as janelas de oportunidade para o combate foram muito reduzidas ou em alguns flancos do fogo deverão ter sido nulas, isto independentemente dos meios disponíveis no local.
Eu já estive na Madeira e considerando aquilo que conheci compreendo bem o quão difícil é combater um incêndio que deflagre naquelas montanhas. Infelizmente não há mesmo outra opção senão deixar arder até que não haja combustível ou então até que as condições meteorológicas sejam favoráveis à sua extinção. É sempre complicado combater incêndios em zonas de serra, muito mais num contexto orográfico como o da Ilha da Madeira.
Ao que tudo indica irá chover durante o fim de semana nas zonas montanhosas, exatamente por onde o fogo anda e por isso, esperemos que tenha os dias contados.
 
Notícias até às 12h00








 
Notícias depois das 12h00






Canadair para actuar no Caldeirão do Inferno??

"Só temos neste momento um pequeno foco na zona norte do Pico Ruivo [concelho de Santana], na zona alta do Caldeirão do Inferno, e o que estamos a averiguar é se existem condições para o helicóptero atacar esse núcleo de fogo"
"Este incêndio estava a iniciar a descida para a Fajã da Nogueira. No entanto para lá do norte do Caldeirão Verde, Santana, há um foco activo e é nessas zonas a partir das 8h30, quando os Canadair puderem descolar, que vamos centrar a acção para ver o que conseguem fazer"
 
Última edição:
Parecem ter sido determinantes as condições de humidade, com nevoeiro até, nos picos da cordilheira central, para o apagamento das chamas na cabeceira da Ribeira do Cidrão, por trás do Pico das Torres nesta vista desde a Achada do Teixeira (Pico do Areeiro à esquerda). Também o terreno mais rochoso e com coberto vegetal menos denso terá ajudado.

24 horas da webcam, até às 17h26 de hoje:
 
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Parecem ter sido determinantes as condições de humidade, com nevoeiro até, nos picos da cordilheira central, para o apagamento das chamas na cabeceira da Ribeira do Cidrão, por trás do Pico das Torres nesta vista desde a Achada do Teixeira (Pico do Areeiro à esquerda). Também o terreno mais rochoso e com coberto vegetal menos denso terá ajudado.

24 horas da webcam, até às 17h26 de hoje:
Ver anexo 13882

É preciso uma sequência de 2 ou 3 dias assim para o fogo ficar finalmente resolvido impedindo reacendimentos.
 
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