Seguimento - Incêndios 2024

Claro que são dos melhores, ninguém põe isso em dúvida, e nesta situação da Fajã dos Cardos nada é possível de ser feito a não ser a defesa dos perímetros habitados.
Os erros foram feitos anteriormente, especialmente com a introdução de espécies arbóreas exóticas à ilha.

Continua a ser a região do Mundo com maior mancha de Laurissilva na condição pristina, outrora um tipo de floresta dominante na Europa. Alguma coisa foi bem feita.
 
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Alguma coisa foi bem feita.
Pois foi, com a delimitação das zonas que não podiam ser tocadas, urbanizadas ou introduzidas espécies exóticas.
No entanto, na restante área, e incluindo área que é Parque Natural, fizeram-se os mesmo erros que no continente e é uma área confinante com a Laurissilva. Quando há incêndios o perigo de reduzir a mancha original está lá sempre, e no caso presente, se os mapas estiverem correctos, os limites já foram tocados e pontualmente ultrapassados, como na cabeceira da Ribeira do Porco.
 
O vento agora a empurrar o fumo significativamente para o vale e para SSW, não deve chegar às Torrinhas mas a situação lá em baixo deve estar difícil.

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Instabilidade a sul do arquipélago com pouco potencial de trazer precipitição mas ventos fortes associados são possíveis.
Muita humidade a norte, possivelmente já a chover no nordeste. O efeito do fumo em sentido descedente no incêndio do Curral é provavelmente devido à massa de ar húmido a dobrar a cumieira, mas com ventos associados.
 
Eu percebo que os bombeiros não consigam apagar o incêndio nas encostas a pique da Serra d'Água a alturas de 500 metros ou mais ou sequer a 100 metros de altura da estrada. Agora não percebo é haver uma área enorme ardida do outro lado do passeio na via expresso? Ou do outro lado da ribeira que fica um máximo de 50 metros da estrada ondem existem poios e algumas casas? Alguém me explique.... Deixaram arder de propósito tipo fogo controlado?

E sei de casos de bombeiros que foram desviados para proteger a pousada dos vinháticos que se encontra vazia HÁ ANOS enquanto o lume chegava ao pé das casas mais abaixo e ninguém lá veio acudir as pessoas, tiveram de se desenrascar sozinhas?
 
O fogo na encosta da Fajã dos Cardos/Torrinhas parece estar a trepar:

Ver anexo 13824

Ver anexo 13827

Nessa zona a arder aí, na parte de trás existe uma grande mancha da Laurissilva até ao Lombo do Urzal/Achada da Madeira. Espero que não chegue aí. Nem às casas na Fajã dos Cardos obviamente. Há uns dias atrás, antes de começar este incêndio andei por lá numa caminhada, na Levada do Pico do Furão. Tem aí várias casas isoladas, no meio da vegetação, várias no fim da levada já um bocado longe da estrada. E magníficos castanheiros e outras árvores de fruto como macieiras.
 

Nesta situação os bombeiros nada podem fazer, não há combate directo possível. O que vão provavelmente fazer é esperar pelas chamas cá em baixo, ou até onde as mangueiras e algum auto-tanque cheguem, e defender o perímetro das povoações, eventualmente alguma casa já na encosta que tenha possibilidade de acesso a veículos.
No topo da encosta também nada pode ser feito durante a noite, não há estrada, só trilhos. Esperemos que o fogo não passe para o outro lado de trás da crista.

Volto a pôr aqui o link para uma excelente imagem semi-aérea que permite ter uma perspectiva de toda a zona:
Imagem de drone sobre Pico Furão

Reparem nos povoamentos de eucalipto, é principalmente o que está a arder e a dar mais potência ao fogo nesta altura, que descem até às hortas: o fogo poderá parar por si ao chegar a esse limite.
 
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Têm mesmo que pará-lo no fim da estrada, na Fajã dos Cardos, o fogo tem tendência a vir pela encosta da margem direita que tem mais povoamentos de exóticas.
As quatro fotos desta notícia e as da notícia anterior sobre este foco de incêndio, assim como todas as fotos que existem nesta área de trilhos turísticos, não deixam margem para dúvidas, o fogo intensifica-se brutalmente quando chega a estes povoamentos de eucalipto.

 
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