Seguimento Meteorológico Livre 2018

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Jesus, é 8 ou 80
Saída 12 do GFS, com 101,3 m para Monchique
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O Australiano coloca 122 mm na faixa que abrange quase todo o litoral algarvio, o GFS carrega no Caldeirão com mais 125 mm, o ECM coloca cerca de 20 mm e o GEM coloca cerca de 30 mm, embora o ECM mostrasse 40 a 60 mm no Algarve. Os modelos estão baralhados mas têm mantido a data de 24/25 com precipitação. Chuva virá, agora a quantidade e aonde cairá lá para 4ª feira já terá mais certezas.

Os 4 modelos mostram esse pormenor, embora cada um mostre em saídas diferentes. Na saída das 00, o GEM e o ECM eram os que mostravam mais precipitação, agora é o GFS e o AUS, existe alguma variabilidade dos modelos.

No meteograma para Olhão, tanto a saída principal como a saída de controle do GFS, mostram a mesma "loucura".

 
estranho não abrirem já um invest a essa depressão.

Julgo que os "invest" são documentados quando se trata de sistemas tropicais, sistemas que têm por base ar quente e húmido oriundo de águas oceânicas quentes, na sua génese. Esta depressão é uma ciclogénese explosiva de inverno (com ventos de força equivalente a um furacão), não tem na sua génese as características que referi, pelo menos no que toca ao ar quente e à agua quente do oceano.

Ainda relativamente à temperatura do oceano, embora não hajam temperaturas típicas para a formação de ciclones tropicais, pode sempre estar a beneficiar desta anomalia positiva:
atl_anom.gif
 
Última edição:
Julgo que os "invest" são documentados quando se trata de sistemas tropicais, sistemas que têm por base ar quente e húmido na sua génese, esta depressão é uma ciclogénese explosiva de inverno (com ventos de força equivalente a um furacão), não tem na sua génese as características que referi.
Bem explicado Mr.Neves!
Na Run Gfs 18 , continua a prever boa chuva para o país nas semanas seguintes ( bem sei que é a Run pior) vale o que vale !

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Bem explicado Mr.Neves!
Na Run Gfs 18 , continua a prever boa chuva para o país nas semanas seguintes ( bem sei que é a Run pior) vale o que vale !

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Era bom era :p Já tenho saudades de um padrão destes.
M48FOJm.gif
 
Bem explicado Mr.Neves!
Na Run Gfs 18 , continua a prever boa chuva para o país nas semanas seguintes ( bem sei que é a Run pior) vale o que vale !

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A run pode ser das 18 mas é a cópia da 12, no Algarve mantém praticamente igual os acumulados. Com sorte, ainda levas o troféu :winner: do mês de Fevereiro para casa. :lol: Aliás, a precipitação que o GFS mostra é a típica no sul do país, em 3 dias está a média feita. :D
 
A run pode ser das 18 mas é a cópia da 12, no Algarve mantém praticamente igual os acumulados. Com sorte, ainda levas o troféu :winner: do mês de Fevereiro para casa.
Queres dizer mês de março ? Ah pois é , e se eu acerto na previsão de um março chuvoso?

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A run pode ser das 18 mas é a cópia da 12, no Algarve mantém praticamente igual os acumulados. Com sorte, ainda levas o troféu :winner: do mês de Fevereiro para casa. :lol: Aliás, a precipitação que o GFS mostra é a típica no sul do país, em 3 dias está a média feita. :D
Ora nem mais. Mas pronto, aquilo que importa mais agora é que chova. Uma cópia de março de 2013 era o ideal, 200/300mm mensais por aqui. Penso até que o padrão era idêntico...
 
Como disse o rozzo e como eu já tentei explicar no outro dia, temos que esperar, efetivamente, pela propagação do sinal gerado pelo split do vórtice na troposfera, até lá é muito natural que os modelos atinjam um estado caótico :).

Ao longo dos próximos dias a estabilidade deverá dominar, é consensual com menor ou maior expressão que o AA deverá subir em latitude e colocar a sua dorsal em cima de nós, só depois com a possível inversão da circulação zonal, é que poderemos começar a olhar para o que nos deverá suceder, e entretanto já deverá haver mais informação acerca da perturbação do split do vórtice nas camadas troposféricas.

Após a subida da dorsal anticiclónica até latitudes escandinavas, e com a presumível inversão de circulação provocada até pelo próprio jet (devido à subida do AA), deverá iniciar-se uma entrada continental, no entanto para já é impossível saber se ela nos afetará em cheio ou não (a título especulativo os modelos têm estado mais consentâneos no seu desvio da PI).

Esse desvio explica-se, em parte, pelo facto da corrente de jato que nos poderia trazer o frio se desintegrar e ser absorvida pela poderosa união do jet polar com o jet subtropical, esta junção acontece muitas vezes depois dos SSW, onde a célula polar é literalmente empurrada contra a célula de hadley, havendo um encontro dos jet(s). Esse encontro é favorável ao aparecimento de mais tempestades, e de mais instabilidade a latitudes mais baixas, já que a célula de hadley costuma tirar partido de ar bastante energético já com características tropicais.

Só para não se perderem no que estou a falar este é o padrão normal da atmosfera:
wwdpZyy.jpg


A descida do jet polar está já a iniciar-se com essa "bomba meteorológica", deverá a vir a bordo do jet até aos Açores, depois eventualmente Madeira, e entretanto deverá ocorrer a dita junção das correntes de jato, como é visível pelo GFS nesta carta 3D:
cIXOgan.png


A partir daqui vai tudo depender da oscilação do jet, o ideal é que ele assuma um comportamento no qual se instale mais às nossas latitudes e nos traga uma corrente perturbada de Oeste com sucessivos sistemas frontais, no entanto quanto a esta parte há ainda algumas dúvidas...
A existência de uma entrada continental, pode até facilitar de alguma forma a união da instabilidade atlântica que passará nos Açores à do interior europeu, e trazer-nos as primeiras chuvas. Agora para já não passam de muitos "ses", que espero que se dissolvam com o passar do tempo.

Quanto a esta última parte que acabo de falar da entrada continental, refiro-me a uma configuração deste estilo:
tempresult_foh5.gif
Explicação muito boa! :thumbsup:
O fórum (e principalmente este tópico) já precisava de algumas "aulas teóricas" destas. :D
 
Julgo que os "invest" são documentados quando se trata de sistemas tropicais, sistemas que têm por base ar quente e húmido oriundo de águas oceânicas quentes, na sua génese. Esta depressão é uma ciclogénese explosiva de inverno (com ventos de força equivalente a um furacão), não tem na sua génese as características que referi, pelo menos no que toca ao ar quente e à agua quente do oceano.

Ainda relativamente à temperatura do oceano, embora não hajam temperaturas típicas para a formação de ciclones tropicais, pode sempre estar a beneficiar desta anomalia positiva:
atl_anom.gif

:thumbsup::thumbsup::winner::winner:
 
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