Microburst
Nimbostratus
Março de facto já não é o que era. Ainda hoje comentei com a minha mulher que os maiores sustos com trovoadas apanhei em Março, isto nos finais da década de 80 e princípios da de 1990. Era comum haver frio e muita instabilidade, alternados com dias soalheiros e nem por isso amenos, e aquelas trovoadas medonhas que punham um miúdo vindo da escola e a ter de subir para o quase vigésimo, e último, andar, sem vontade nenhuma de ir para casa.
Recordo-me de duas instâncias em particular: uma em Março de 1989 quando a trovoada cortou a electricidade e fiquei preso no elevador, tendo acabado por adormecer até ser acordado por elementos dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas ao fim de 3h de lá estar, e outra em Março de 1990 quando literalmente apavorado com o autêntico bombardeamento que ao fim daquela manhã ocorria em Almada, me lembrei que tinha deixado sem querer uma janela da marquise aberta e a fui fechar rastejando. Quando me levantei para a fechar rapidamente, os meus cabelos e pêlos dos braços ergueram-se todos e 1 a 2 segundos depois um raio atingia uma das gruas da antiga Lisnave, a pouco mais de 50m de onde me encontrava. Era sempre uma aventura para um miúdo com pouco mais de 10 anos.
Recordo-me de duas instâncias em particular: uma em Março de 1989 quando a trovoada cortou a electricidade e fiquei preso no elevador, tendo acabado por adormecer até ser acordado por elementos dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas ao fim de 3h de lá estar, e outra em Março de 1990 quando literalmente apavorado com o autêntico bombardeamento que ao fim daquela manhã ocorria em Almada, me lembrei que tinha deixado sem querer uma janela da marquise aberta e a fui fechar rastejando. Quando me levantei para a fechar rapidamente, os meus cabelos e pêlos dos braços ergueram-se todos e 1 a 2 segundos depois um raio atingia uma das gruas da antiga Lisnave, a pouco mais de 50m de onde me encontrava. Era sempre uma aventura para um miúdo com pouco mais de 10 anos.