Seguimento Meteorológico Livre - 2023

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Parece que ainda vamos ter mais alguma chuva e alguma neve a cotas médias/ altas pelo menos até sábado. Depois disso ao que parece vamos ter dias de tempo anticiclònico e com geadas algumas mais intensas nalguns dias que outros. Com vários dias assim pode ser que depois se aproxime alguma bolsa de ar frio de leste que possa trazer o sonho de cotas ainda mais baixas que neste evento. É o que parece um pouco nesta saída das 06h do GFS ainda que timidamente. Foi assim que tivemos os nevões de 2006/2009 a cotas baixas. O vórtice polar também tem sofrido um forte aquecimento e que con certeza influenciar o estado do tempo nas próximas semanas. Penso que ainda vamos ter muito inverno pela frente.
 
Parece que ainda vamos ter mais alguma chuva e alguma neve a cotas médias/ altas pelo menos até sábado. Depois disso ao que parece vamos ter dias de tempo anticiclònico e com geadas algumas mais intensas nalguns dias que outros. Com vários dias assim pode ser que depois se aproxime alguma bolsa de ar frio de leste que possa trazer o sonho de cotas ainda mais baixas que neste evento. É o que parece um pouco nesta saída das 06h do GFS ainda que timidamente. Foi assim que tivemos os nevões de 2006/2009 a cotas baixas. O vórtice polar também tem sofrido um forte aquecimento e que con certeza influenciar o estado do tempo nas próximas semanas. Penso que ainda vamos ter muito inverno pela frente.
Estive agora mesmo a ver vários modelos e previsões e amanhã teremos precipitação a partir da tarde na Galiza e no Noroeste que persistirá durante a noite. Depois o anticiclone irá instalar-se e teremos mínimas baixas e máximas frescas mas dentro da média. Não teremos aquele tempo anticiclónico quente para a época como em 2022, será tempo seco e frio com inversões térmicas e geadas. No final do mês o anticiclone poderá migrar para o Atlântico Norte e aí poderemos ter o regresso da chuva ao Sul da Península Ibérica mas para já está tudo muito incerto.
 
Neve nos ultimos 3 dias...a tipica entrada de NW que falei...

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Alguns dias de frio anticiclónico são importantes nesta altura do ano. O frio faz falta para muitas culturas e para os ecossistemas. O importante é que não haja geadas em locais onde não é habitual para não estragar as culturas, caso das campinas algarvias onde estão os pomares de citrinos, ou que o anticiclone não permaneça semanas a fio como sucedeu o ano passado. Seria bom termos mínimas entre 0 e 5 graus durante muito tempo, e máximas baixas. Ajudaria, por exemplo, a controlar as doenças do montado.
 
Parece que o frio a sério ainda está por começar e está a perfilar -se para cá chegar ainda em Janeiro .Vamos ter, possivelmente, os zero graus de mínima mesmo às portas de Lisboa e durante vários dias.
Temos de saber enquadrar os diferentes tipos de padrão meteorológico à zona em que vivemos. O evento dos últimos dias foi efetivamente uma entrada fria, com bastante frio em altitude e que resultou em neve a cotas baixas que hoje em dia já não acontecem todos os anos. Mas já se sabia, com uma entrada de NW, uma massa de ar polar, mas marítima, com muito vento associado, as mínimas no litoral iam ser "banais", sendo apenas as máximas e a sensação térmica mais baixas que o normal. Já na próxima semana, a massa de ar tem uma origem mais continental, mais seca, numa circulação de E/NE, pelo que garantidamente as temperaturas mínimas vão baixar muito mais no litoral, e os locais com mínimas mais baixas no país deverão ser zonas de inversão, inclusivamente perto do mar. Já nas terras altas (acima de 400/500 m), pouco se notará a diferença em termos de temperaturas mínimas de um evento para o outro, sendo mesmo as máximas mais elevadas na próxima semana devido ao céu limpo, a não ser onde eventualmente possa ocorrer nevoeiro persistente.
 
Já na próxima semana, a massa de ar tem uma origem mais continental, mais seca, numa circulação de E/NE
Essa circulação só poderá trazer surpresas (em termos de precipitação e neve) se houver a deslocação do AA para Norte e haja uma associação entre depressões no Mediterrâneo e no Atlântico ou um movimento retrógrado de alguma depressão. Se não ocorrer qualquer destas situações, lá teremos um período seco que nem uma passa e frio, o qual também se agradece após mês e meio de precipitação abundante e temperaturas acima do normal, o que favorece a manutenção em activo das pragas e dos insectos. Nesta época de "poisio invernal" não há nada melhor para o erradicar as pragas que uns dias de frio.
 
Portalegre é Alentejo e o clima da região é mais ou menos idêntico ao do resto do Alentejo, bem como questões culturais e identitárias. A outra encosta da serra é que já é mais questionável pois Nisa tem de facto uma relação bem forte com a Beira Baixa e a pronúncia de Marvão está mais próxima da de Castelo Branco que da de Portalegre. :eek:
Se falarmos apenas de Portalegre, também já tem um clima algo diferente do restante Alentejo, uma vez que sofre influência da Serra de S. Mamede. Aliás, basta ver pelas diferenças que Portalegre tem em relação a Arronches e a Elvas no que respeita a alguns fatores, como acontece no caso da precipitação e da temperatura. Eu que o diga!
De Portalegre para norte, a própria paisagem já é mais idêntica à Beira Baixa. De Portalegre para sul, começa a ser a típica paisagem alentejana dos postais. :p O mesmo acontece com a pronúncia e de facto, nos concelhos a norte de Portalegre (Nisa, Castelo de Vide, etc) já pouco tem deste sotaque alentejano que nos carateriza aqui mais "para baixo". :D
 
Se falarmos apenas de Portalegre, também já tem um clima algo diferente do restante Alentejo, uma vez que sofre influência da Serra de S. Mamede. Aliás, basta ver pelas diferenças que Portalegre tem em relação a Arronches e a Elvas no que respeita a alguns fatores, como acontece no caso da precipitação e da temperatura. Eu que o diga!
De Portalegre para norte, a própria paisagem já é mais idêntica à Beira Baixa. De Portalegre para sul, começa a ser a típica paisagem alentejana dos postais. :p O mesmo acontece com a pronúncia e de facto, nos concelhos a norte de Portalegre (Nisa, Castelo de Vide, etc) já pouco tem deste sotaque alentejano que nos carateriza aqui mais "para baixo". :D
Mas certos concelhos de Arronches ainda recebem a influência da serra, mas a vila já não.
 
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