Prof BioGeo
Nimbostratus
Por vezes pensamos que há pouca água acumulada no subsolo, mas enganamos-nos. Se tiveram esta ideia, é porque poderá haver capacidade para se conseguir concretizar, não sei...
Independentemente do resultado que isto dê, acho muito bem que vão surgindo ideias destas. O interior tem as barragens, mas no futuro não é isso que vai resolver a situação e prova disso é o que está a acontecer neste momento. No entanto, o grande problema da falta de água nas barragens é que ninguém põe um travão nas plantações intensivas, mas enfim.
Quanto ao litoral, todos sabemos no que se podia investir e assim poupava-se alguma água das barragens, mas há muito dinheiro para umas coisas e pouco para outras.
Certamente estarão a pensar nas águas subterrâneas do aquífero Moura-Ficalho. Este aquífero é um dos maiores do sul do país mas, como é óbvio, não é inesgotável. A cidade de Moura é abastecida precisamente por esse aquífero e não por águas superficiais (eis a razão para termos uma água de dureza tão elevada, terrível para as canalizações e de sabor pouco agradável). O aquífero é monitorizado e obviamente que em períodos secos atinge níveis preocupantes. Se aumentarmos a pressão de consumo sem haver recarga, algo vai correr muito mal... A este propósito, o Professor Augusto Marques da Costa, do IGM, tem algumas publicações, sendo um dos maiores conhecedores deste aquífero. Mais informações aqui