Seguimento Rios e Albufeiras - 2024

Não sei se isto pode ficar aqui, caso não por favor apaguem. É uma proposta do PCP para a construção da barragem da Foupana no Algarve.


Aqui vemos o que podia ter sido aproveitado

 
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Não sei se isto pode ficar aqui, caso não por favor apaguem. É uma proposta do PCP para a construção da barragem da Foupana no Algarve.


Aqui vemos o que podia ter sido aproveitado

Outra vez arroz? :hmm: A barragem da Foupana dificilmente será construída por causa das leis de proteção do saramugo, um peixe em vias de extinção que já foi muito comum na bacia do Guadiana mas que hoje em dia resta apenas nas ribeiras da Foupana, do Vascão e outras menos relevantes.

Não vale a pena estar a bater na mesma tecla, dificilmente vai haver barragem na Foupana. Independentemente daquilo que o PCP local diga ou não diga. :nono:
 
Não sei se isto pode ficar aqui, caso não por favor apaguem. É uma proposta do PCP para a construção da barragem da Foupana no Algarve.


Aqui vemos o que podia ter sido aproveitado

A solução para o Algarve e grande parte da Região Sul já não passa pela construção de mais barragens. Em alguns locais já não chove o suficiente para as mesmas encherem e penso que já todos chegámos a essa conclusão. Eventualmente pode aparecer um ano hidrológico mais generoso, mas vai sendo cada vez menos frequente. Na bacia do Sado então, se não fosse a transferência de água do Alqueva estava uma desgraça na generalidade. Não se constrói uma barragem da noite para o dia apesar de ser fácil falar e tem impactos negativos em vários níveis, mas essencialmente no âmbito do ecossistema.
Por comentários que vejo em redes sociais, pela ideia de algumas pessoas construiam-se barragens em qualquer curso de água que exista. Não sou especialista, mas na minha opinião, a solução no futuro passa pela poupança de água e pela procura de outras alternativas além de barragens.
 
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Epá, aproveitem a água do túnel de Olhão, sempre dava para regar os jardins no Verão. :D

A solução para o Algarve e grande parte da Região Sul já não passa pela construção de mais barragens. Em alguns locais já não chove o suficiente para as mesmas encherem e penso que já todos chegámos a essa conclusão. Eventualmente pode aparecer um ano hidrológico mais generoso, mas vai sendo cada vez menos frequente. Na bacia do Sado então, se não fosse a transferência de água do Alqueva estava uma desgraça na generalidade. Não se constrói uma barragem da noite para o dia apesar de ser fácil falar e tem impactos negativos em vários níveis, mas essencialmente no âmbito do ecossistema.
Por comentários que vejo em redes sociais, pela ideia de algumas pessoas construiam-se barragens em qualquer curso de água que exista. Não sou especialista, mas na minha opinião, a solução no futuro passa pela poupança de água e pela procura de outras alternativas além de barragens.
Não ouvi nenhuma cheia causada pela Foupana, Odeleite e Beliche teve um encaixe significativo e desde Março de 2018 que não atingem a cota máxima diz muito e basta chover 1 dia para virem reclamar mais barragens, o Algarve nunca teve tantas barragens e não é por isso, que não tem tido a corda da garganta nestes anos, existe é um milagre que ocorre 1 ou 2 vezes num ano e aliviam a pressão, aliás já nem sei a última vez que Odelouca superou os 60%. Se, vamos por situações de cheias, façam uma barragem no Gilão, outra no Ribeiro Tronco em Moncarapacho, outra a norte de Luz de Tavira.
 
Tudo tem impactos e custos. Há que estudar qual a melhor opção/solução. Deixar de produzir para depois se importar sem ter em conta o peso ambiental de tudo o que envolve essa importação (produção, transporte, etc) é criar uma desresponsabilização um tanto ao quanto hipócrita.

O facto de uma barragem estar cheia não significa que deva haver mais consumo. O consumo deve ser sempre o mais optimizado possível, para todos os setores.
Além disso uma barragem cheia, numa região quente, significa mais evaporação. Também não é suposto uma barragem matar um rio. Deve haver um caudal ecológico.

Ou seja, tem que haver uma série de ponderações. Mas diabolizar barragens também não me parece sensato. Principalmente em regiões onde todos os hm3 contam.
 
Tudo tem impactos e custos. Há que estudar qual a melhor opção/solução. Deixar de produzir para depois se importar sem ter em conta o peso ambiental de tudo o que envolve essa importação (produção, transporte, etc) é criar uma desresponsabilização um tanto ao quanto hipócrita.

O facto de uma barragem estar cheia não significa que deva haver mais consumo. O consumo deve ser sempre o mais optimizado possível, para todos os setores.
Além disso uma barragem cheia, numa região quente, significa mais evaporação. Também não é suposto uma barragem matar um rio. Deve haver um caudal ecológico.

Ou seja, tem que haver uma série de ponderações. Mas diabolizar barragens também não me parece sensato. Principalmente em regiões onde todos os hm3 contam.
Não diabolizei de maneira nenhuma barragens até porque, por exemplo, sou a favor da construção da Barragem do Pisão, no concelho do Crato, e espero mesmo que o projeto não fique pelo caminho. A construção desta barragem já vem sendo falada há muitos anos e é um projeto importante para a região. Foi falado até que poderia vir a ter ligação à Barragem do Caia, mas não sei se isso vai realmente concretizar-se.
No entanto, no distrito de Portalegre apesar de haver anos críticos de seca, como é normal no nosso clima, ainda vão aparecendo alguns anos hidrológicos bons para encher as barragens, como foi o caso destes últimos 2 anos. Mais a sul isso não tem vindo a acontecer.
O Algarve tem várias barragens e nenhuma chega ao pleno armazenamento há vários anos. Se as que já existem não enchem de que vale gastar dinheiro em construir mais barragens se depois não chove o suficiente para as encher? Mais vale pensar noutras alternativas que sejam viáveis considerando as previsões para o futuro e que de facto têm-se vindo a confirmar.
Como disse o @algarvio1980 aparece 1 ou 2 eventos que alivia a situação das barragens, mas depois pode estar tempos e tempos sem chover de forma significativa. Tem-se tido sorte até ao momento, mas não quer dizer que seja sempre assim.
 
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Não sei se isto pode ficar aqui, caso não por favor apaguem. É uma proposta do PCP para a construção da barragem da Foupana no Algarve.


Aqui vemos o que podia ter sido aproveitado

Em contexto normal que devia ser o caso era uma proposta mirabolante. O actual sistema era mais do que suficiente. Agora com o crescimento, aumento de população, empreendimentos, etc e acima de tudo precipitações de 250 a 300mm/ ano, em todo o lado é possível pôr barragens...
Daqui a pouco começam a surgir projectos de barragens nas ribeiras do barrocal para evitar cheias em Olhão, Albufeira, etc:rolleyes:
O Guadiana é que já podia estar a ser aproveitado à muito tempo como fazem os Espanhóis mas disso poucos falam.
 
Em contexto normal que devia ser o caso era uma proposta mirabolante. O actual sistema era mais do que suficiente. Agora com o crescimento, aumento de população, empreendimentos, etc e acima de tudo precipitações de 250 a 300mm/ ano, em todo o lado é possível pôr barragens...
Daqui a pouco começam a surgir projectos de barragens nas ribeiras do barrocal para evitar cheias em Olhão, Albufeira, etc:rolleyes:
O Guadiana é que já podia estar a ser aproveitado à muito tempo como fazem os Espanhóis mas disso poucos falam.
No caso do Guadiana, quem coloca mais entraves a ir buscar água lá são os portugueses, porque o Alqueva não dá, porque é caro, porque coloca em causa o rio e o caudal ecológico e mil e uma desculpas, enquanto os espanhóis "roubaram" água durante 20 anos e não deram cavaco a ninguém e nem sequer pagaram essa água. Mas, o mal são os algarvios quererem ir buscar água ao Guadiana. :rolleyes: É a realidade do país, uma região que contribui imenso para o PIB e em termos de investimento é zero, tem uma auto estrada que é uma vergonha, um hospital em que na maior parte dos casos é necessário mandar para Lisboa, os políticos e os portugueses só se lembram do Algarve é em Agosto para virem dar banho à minhoca, de resto, ficamos esquecidos e abandonados.
 
O Algarve tem várias barragens e nenhuma chega ao pleno armazenamento há vários anos. Se as que já existem não enchem de que vale gastar dinheiro em construir mais barragens se depois não chove o suficiente para as encher? Mais vale pensar noutras alternativas que sejam viáveis considerando as previsões para o futuro e que de facto têm-se vindo a confirmar.
Como disse o @algarvio1980 aparece 1 ou 2 eventos que alivia a situação das barragens, mas depois pode estar tempos e tempos sem chover de forma significativa. Tem-se tido sorte até ao momento, mas não quer dizer que seja sempre assim.
Mas é preciso que encham em pleno? Quando isso acontece ou houve uma situação meteorológica muito excepcional, ou uma má gestão.
Como disse, em regiões como o Baixo Alentejo e Algarve, todos os hm3 são bem vindos.
 
Mas é preciso que encham em pleno? Quando isso acontece ou houve uma situação meteorológica muito excepcional, ou uma má gestão.
Como disse, em regiões como o Baixo Alentejo e Algarve, todos os hm3 são bem vindos.
Em todas as regiões onde a escassez de água é uma realidade todos os hm3 são bem-vindos, não coloquei isso em causa. Aplica-se tanto ao Baixo Alentejo e Algarve, como a toda a Região Sul e outras zonas do Interior.
No entanto, o objetivo principal ao construir uma barragem é certamente encher o máximo possível, algumas chegam ao pleno armazenamento, outras nem por isso, mas penso que seja do agrado de todos que tenham um armazenamento significativo para que se possam garantir de forma confortável os fins a que se destinou a sua construção (rega, abastecimento, etc).
Nos últimos 10 anos vi a Barragem do Caia abaixo dos 20% mais do que uma vez e qualquer hm3 que entrava era sempre bem-vindo, mas em algumas situações (e por sorte) garantia alívio apenas para um período seco, sendo sempre imprevisível como seria o ano seguinte. Neste momento está a mais de 70%, mas continua a ser importante.
Até mesmo em termos de qualidade da água, bem como para o próprio ecossistema, é importante que haja uma recuperação mais significativa da água armazenada em qualquer barragem.

Na minha opinião com tanta barragem construída e todas quase sempre abaixo dos 50% é mais relevante investir noutro tipo de alternativas no Algarve. O mesmo se aplica ao Sado que tem mar tão perto, poupava-se Alqueva para as barragens do interior até porque também não é eterno e todos sabemos o estado em que se encontra a bacia do Guadiana em Espanha há bastante tempo.
No entanto, sei que falar é fácil, pois não é de um dia para o outro que se arranjam alternativas, mas os últimos anos têm-nos feitos perceber que não podemos estar apenas à espera que chova.
 
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Gostava de ver em cima da mesa um gráfico comparando a variação no consumo total de água (doméstico+agricultura+lazer+urbano+desperdício) com a evolução climatologica do balanço hídrico na Região Sul (precipitação/evapotranspiração). Será que se consegue encontrar esses dados condensados por forma a compreendermos o real futuro que se perspectiva?
 
Gostava de ver em cima da mesa um gráfico comparando a variação no consumo total de água (doméstico+agricultura+lazer+urbano+desperdício) com a evolução climatologica do balanço hídrico na Região Sul (precipitação/evapotranspiração). Será que se consegue encontrar esses dados condensados por forma a compreendermos o real futuro que se perspectiva?

Os dados são de 2022, não sei se a situação se inverteu para melhor, mas desconfio que não...



São 15 milhões de m3 de água desperdiçados só nas redes de abastecimento do Algarve. Isto é criminoso numa região com tão pouca água disponível! Antes de se pensar em grandes obras hídricas ou de dessalinização, talvez não fosse má ideia (e mais barata) começar por impedir o desperdício.
 
No entanto, o objetivo principal ao construir uma barragem é certamente encher o máximo possível, algumas chegam ao pleno armazenamento, outras nem por isso, mas penso que seja do agrado de todos que tenham um armazenamento significativo para que se possam garantir de forma confortável os fins a que se destinou a sua construção (rega, abastecimento, etc).
Nos últimos 10 anos vi a Barragem do Caia abaixo dos 20% mais do que uma vez e qualquer hm3 que entrava era sempre bem-vindo, mas em algumas situações (e por sorte) garantia alívio apenas para um período seco, sendo sempre imprevisível como seria o ano seguinte. Neste momento está a mais de 70%, mas continua a ser importante.
Isso não é aplicável em regiões em que em cada 10 anos, tens 1 ou 2 anos chuvosos, 2 ou 3 normais e os restantes secos. As normais de precipitação na região sul, e especialmente no Algarve, são fortemente influenciadas por um ou outro ano muito chuvoso, porque por norma o clima é mais seco que a "normal". Percebes? Por isso, aquilo que chamas de sorte, não é mais do que o clima da região.

Quando se planeia uma barragem para esses locais, não deve ser com o intuito de estar sempre cheia ou de encher todos os anos. Mas com o intuito de encher uma vez em cada 10 anos (situações pontuais, excepcionais), de acordo com o clima da região. E depois gerir. E nisso temos muito a aprender com Espanha, de onde vem muita da nossa papinha.
As grandes barragens do Guadiana bateram no fundo na década de 90, mas depois veio 1997 e encheram. Foram esvaziando, esvaziando... recuperaram em 2010. Há um ano bateram no fundo, mas agora até estão confortáveis (dentro dos valores normais).
A mediada anual de Cijara são 260hm3, que tem uma capacidade de 1500hm3.
A mediana anual de La Serena são 55hm3. Tem uma capacidade de 3200hm3.