Sismos Portugal 2023

Passadas duas horas do evento sísmico, já na boca do lobo, isto é, aproxidamadamente a 2km do epicentro do primeiro sismo, já algum tempo que não sentia um evento desta magnitude, aliás penso (desde que tenho lembrança) que esta foi apenas o segundo sismo que sinto com uma magnitude superior a 4. A sensação de impotência é enorme...
Foram 4 os sismos sentidos aqui em casa, para quem passou o sismo de 80, cada sismo é um revivier do passado e a aflição e o stress dispara... Muitas pessoas relatavam que objetos cairam em casa... A prova foi enquanto me deslocava para casa, Angra - Sta Bárbara, às 5h, eram ínumeras as pessoas (com ar de assustadas) nas ruas e varandas das casas, não é normal ver-se grupos de pessoas na rua a conversar, hoje via-se, sentia-se o medo... Aliás a própria proteção civil municipal colocou pessoas na rua a acompanhar a situação.
É normal ocorrer mais réplicas nas próximas horas/dias... Esperemos que todas sejam mais pequenas...
Não é normal esta quantidade de sismos e com esta intensidade, espero que as autoridades competentes tenham a capacidade, sem alarmismos, de explicar convenientemente o que se está a passar de forma a sensibilizar as pessoas...

Fica aqui o registo para mais tarde recordar...

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Atualização do CIVISA em relação aos eventos maiores de hoje.

Sismos sentidos nas ilhas Terceira, São Jorge e São Miguel



O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informa que às 16:44 e às 16:47 (hora local = hora UTC), do dia 25 de setembro foram registados dois eventos na ilha Terceira. O primeiro evento com magnitude 4,0 (Richter) teve epicentro a cerca de 3 km a NE de Santa Bárbara, ilha Terceira. O segundo evento com magnitude 4,0 (Richter) teve epicentro a cerca de 2 km a NE de Santa Bárbara, ilha Terceira.

De acordo com a informação disponível até ao momento os sismos foram sentidos com intensidade máxima V (Escala de Mercalli Modificada) nas freguesias da zona oeste da ilha Terceira. Os eventos foram ainda sentidos com as seguintes intensidades:

- Intensidade IV/V nas freguesias da zona leste da ilha Terceira;
- Intensidade IV no concelho da Calheta (ilha de São Jorge);
- Intensidade II/III no concelho de Ponta Delgada (Ilha de São Miguel).

Estes eventos inserem-se na crise sismovulcânica em curso na ilha Terceira desde junho de 2022.

O CIVISA continua a acompanhar o evoluir da situação.

Fontes

CIVISA/IVAR


Novo comunicado de mais um evento sentido o que totaliza um total de quatro eventos sentidos na ilha no dia de hoje.


Sismo sentido na ilha Terceira



O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) informa que às 17:18 (hora local = hora UTC), do dia 25 de setembro foi registado um evento com magnitude 2,4 (Richter) e epicentro a cerca de 3 km a NE de Santa Bárbara, ilha Terceira.

De acordo com a informação disponível até ao momento o sismo foi sentido com intensidade máxima III (Escala de Mercalli Modificada) na zona oeste da ilha Terceira.

Estes eventos inserem-se na crise sismovulcânica em curso na ilha Terceira desde junho de 2022.

O CIVISA continua a acompanhar o evoluir da situação.

Fontes

CIVISA/IVAR
 
Última edição:

Quatros sismos sentidos na ilha Terceira em menos de uma hora.​


25 setembro, 2023 às 21:51.

Dois sismos de magnitude 2 e 2,4 na escala de Richter foram sentidos na ilha Terceira, aumentando para quatro o número de eventos sentidos esta segunda-feira no arquipélago.

Às 16.53 horas locais (17.53 em Portugal continental) foi registado um sismo com magnitude 2 na escala de Richter e epicentro a cerca de 2 quilómetros a leste-noroeste das Doze Ribeiras e às 17.18 horas um segundo evento com magnitude 2,4 e epicentro a cerca de 3 quilómetros a nordeste de Santa Bárbara, na ilha Terceira, informou o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

Segundo o CIVISA, os dois abalos foram sentidos "com intensidade máxima III (Escala de Mercalli Modificada) na zona oeste da ilha Terceira".

Antes tinham ocorrido outros dois sismos, com magnitude 4 na escala de Richter, às 16.44 horas e às 16.47 horas, com epicentro a 3 e 2 quilómetros a nordeste da freguesia de Santa Bárbara.

Segundo informação atualizada do CIVISA, para além de ter sido sentido com intensidade máxima de V (Escala de Mercalli Modificada) nas freguesias da zona oeste da ilha Terceira e com intensidade IV/V na zona leste da ilha, o sismo foi sentido com intensidade IV no concelho da Calheta, na ilha de São Jorge, e com intensidade II/III no concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

De acordo com fonte do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, não houve registo de danos.

Desde 24 de junho de 2022 que a atividade sísmica no vulcão de Santa Bárbara, na ilha Terceira, se encontra "acima dos valores normais de referência", com o nível de alerta científico V2 (possível reativação do sistema - sinais de atividade moderada).

Esta segunda-feira, foram instaladas duas estações de GNSS (sistema de navegação por satélite), para monitorizar a deformação de terrenos na ilha.

Segundo o responsável pelo gabinete de crise do Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos (IVAR) da Universidade dos Açores, João Luís Gaspar, a atividade sísmica do vulcão de Santa Bárbara tem registado "picos de libertação de energia", mas o alerta sismovulcânico mantém-se em V2, por não haver alterações significativas de outros parâmetros.

"Mantivemos até agora o nível V2, porque a transição para o nível V3, como aconteceu em São Jorge, é de certa maneira determinada pela ocorrência de mais do que um parâmetro a variar significativamente no mesmo tempo e na mesma zona. Não é o que aconteceu aqui na Terceira. As variações que temos são muito pouco significativas e, a manter-se assim, manter-se-á também o nível de alerta", adiantou João Luís Gaspar, à margem da instalação das estações GNSS.

Segundo a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).

A escala de Mercalli Modificada mede os "graus de intensidade e respetiva descrição".

Com uma intensidade V, considerada forte, o abalo é "sentido fora de casa, pode ser avaliada a direção do movimento, as pessoas são acordadas, os líquidos oscilam e alguns extravasam, pequenos objetos em equilíbrio instável deslocam-se ou são derrubados", revela o Instituto do Mar e Atmosfera (IPMA) na sua página da Internet.

Neste grau, "as portas oscilam, fecham-se ou abrem-se, os estores e os quadros movem-se" e "os pêndulos dos relógios param ou iniciam ou alteram o seu estado de oscilação".

Quando há uma intensidade IV, considerada moderada, "os objetos suspensos baloiçam, a vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados ou à sensação de pancada duma bola pesada nas paredes, os carros estacionados balançam, as janelas, portas e loiças tremem, os vidros e loiças chocam ou tilintam e na parte superior deste grau as paredes e as estruturas de madeira rangem".

Já um sismo de intensidade III, considerado fraco, é "sentido dentro de casa, os objetos pendentes baloiçam, a vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados e é possível estimar a duração".

 
Começam aparecer pequenos danos provocados pelo sismo

Ver anexo 7311
Pois imagino que se se sentiu bem aqui por Angra que está mais longe do epicentro tenha se sentido ainda com maior intensidade na zona oeste e interior da ilha que estão mais próximas à serra.

Foi um dia diferente e assustador.

E de longe o de maior intensidade nos eventos desde que a crise em Santa Bárbara começou ...

Mas como disse o CIVISA e bem foi uma maior libertação de energia normais dentro da anormalidade destas situações.

Aguardar com a serenidade que confesso hoje me faltou ...

Há muitos anos que não sentia sismos tão fortes por aqui.
 
Não sei se é a página certa para falar disto, mas há um grupo amador no Facebook
( na minha opinião o nível de critérios de conhecimento que propaga é zero) anda a divulgar o terror que a ilha de São Miguel está a fragmentar se em 2 ilhas devido às falhas geológicas que rasgam a ilha.
Agora pergunto eu:
Até que ponto esta notícia não será falsa?
Não é o vulcanismo activo que sustenta as ilhas?
São Jorge também tem falhas. Terceira também, e nunca ouvi falar disso.
Sempre ouvi falar que as únicas ilhas que estão em processo de afundamento é as Flores e Corvo por já não terem vulcanismo activo para servir de sustentação.

 

Obrigado pela partilha, mas não consegui ver a minha dúvida resolvida, já que a informação disponibilizada só fala de falhas. Não explica propriamente se há ou não risco da Ilha colapsar no mar, como estão a divulgar no grupo acima mencionado.
É certo que as erupções mais intensas por vezes podem desencadear rupturas geológicas, acabando por fragmentar as ilhas, mas sem nenhuma erupção iminente (,pelo menos por enquanto) acho essas informações pouco viáveis e muito pouco crediveis...
 
Ao longo destes dias tem-me surgido uma questão, enquanto curioso sem grande conhecimento geológico:

A comunicação da Proteção Civil, e bem, tem-se focado em explicar que apenas estes eventos sísmicos não são suficientes para indiciar uma hipotética erupção, estando todos os outros indicadores (geodésicos e químicos) estáveis. Que neste sentido, a população não precisa, neste momento, de estar preocupada.

Contudo, gostaria que me explicassem (se possível) qual é o "limite" típico de intensidade de sismos de origem vulcânica.
Existe algum potencial destrutivo em sismos com esta origem, ou sismos > 5.5, p.ex., geralmente são de origem tectónica?
 
Ao longo destes dias tem-me surgido uma questão, enquanto curioso sem grande conhecimento geológico:

A comunicação da Proteção Civil, e bem, tem-se focado em explicar que apenas estes eventos sísmicos não são suficientes para indiciar uma hipotética erupção, estando todos os outros indicadores (geodésicos e químicos) estáveis. Que neste sentido, a população não precisa, neste momento, de estar preocupada.

Contudo, gostaria que me explicassem (se possível) qual é o "limite" típico de intensidade de sismos de origem vulcânica.
Existe algum potencial destrutivo em sismos com esta origem, ou sismos > 5.5, p.ex., geralmente são de origem tectónica?

Limite, é muito subjetivo. Nem sei se podemos colocar as coisas nessa perspectiva.

Num fenómeno vulcânico, iremos ter sempre as 2 assinaturas, sismos de baixa frequência e tectonicos. A intrusão partirá pedra (tectonico) depois o fluido avança (vulcânico).
Depois temos qual o tipo de génese, poligenético, ou monogenético.
Nos poligeneticos, há sempre a tendência das erupções ocorrerem com um IEV superior.
Nos monogenéticos, geralmente ficam-se pelo strombaliano ou surtseiana. Um IEV menor.

No caso dos Açores, e nomeadamente a Serra de Sta Bárbara, à semelhança de São Jorge, estamos perante uma crise tectónica num sistema vulcânico ativo.
É sempre possível que uma coisa leve à outra.
Ou seja, pode haver uma fissura que proporcione uma intrusão ou uma expansão em dique.

É difícil dar-te uma resposta de sim e não, derivado a demasiados factores…

A história é que nos pode dar essa resposta.


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