Em relação ao interessante artigo da Universidade do Algarve que aposto que ninguém leu (ou poucos leram na diagonal), pois é mais fácil negar o que não se conhece do que se esforçarem a ler, mesmo com um tradutor automático (o problema dos
millennials), é de louvar os cientistas que continuam a fazer Ciência como antigamente (Hipótese + dados de observação + discussão + revisão das conclusões e por aí adiante até se chegar ao ponto em que não existem "buracos e erros" nas metodologias aplicadas), e não "fazer" Ciência por consenso geral, o que é um erro científico e que, por incrível que pareça, já se aplica no ensino dos USA, desde a primária até à universidade, inclusivé:
We respond to an editorial article in the climate journal Earth Systems Dynamics (ESD 14, 241–242, 2023): the headline title of which makes two scientifically incorrect assertions: (i) that the greenhouse-gas hypothesis, i.e., cause of global warming by ~1K in 1950-2020, is an established scientific truth, and (ii) that heat emissions from global fuel combustion are, by comparison, negligible. Both statements are inconsistent with, and illustrate editorial ignorance of, the laws of classical thermodynamics, of the limitations of the Earth’s global energy budget multivariate computer models, and of the known absorption and emission spectroscopy of carbon dioxide (CO2). The scientific method of establishing truth requires hypotheses to be tested against experimental results by circumspective scientific scrutiny. Scientific knowledge cannot be established by consensus politics. We question the wisdom of a policy of rejecting articles that may disparage the greenhouse-gas hypothesis. By this criterion of science by consensus, 1543-AD publication of Nicholas Copernicus’s research article, that disputed the prevailing consensus of the Ptolemaic hypothesis of a static Earth system, would have been rejected by Copernicus Publications. The ESD editors cite, as an example, two recent articles, they say, that should have been rejected without peer review. Both articles, that contradict the greenhouse gas hypothesis, were peer-reviewed for sound science, and published by MDPI recently in Entropy. We find that Copernicus Publications peer-review policy, and this ESD editorial article in particular, are unethical. A policy of only publishing consensus science enhances an ascendancy of politically motivated subjective pseudoscience, causing a stagnation of our scientific understanding and description of Earth systems.
Por outro lado, o "aumento" da frequência dos eventos climáticos e tectónicos por todo o mundo deve-se, sobretudo, aos avanços tecnológicos distribuídos por toda a população - telemóveis, redes sociais, entre outros, onde actualmente todas as pessoas registam e publicam tudo e mais alguma coisa. Isso, sim, aumentou exponencialmente. No passado, antes de 1970, também existiram grandes eventos e catástrofes mas aí só se sabia pela imprensa escrita, pois nem havia televisão ou computadores pessoais. Ou porque aconteceram em áreas inabitadas ou não fizeram grandes estragos ou mortes, ou porque não era importante divulgar o que pouco se sabia ter acontecido.
Actualmente, está na moda registar tudo e mais alguma coisa, por tudo e por nada (veja-se a CMTV, entre outros).
Por isso, hoje temos a sensação que tudo está a aumentar. A começar pela população e a acabar na tecnologia que todos temos ao dispor. Assim, soa-me a falso, a ideia que os fenómenos estejam a aumentar de frequência como é veiculado por toda a imprensa digital.
Dou um exemplo: em meados dos anos 40 do séc. XX houve uma tempestade solar tão forte que os meus avós que moravam em Vendas Novas, viram uma aurora boreal que desceu até às nossas latitudes. Não veio nas notícias por que também não interessava ao regime. Mas aconteceu!! Isso era mesmo uma notícia importante mas ninguém ligava a isso.
Se fosse hoje era diferente.
Assim, se fizerem um gráfico, como tantos membros gostam de fazê-los, entre o dito aumento de fenómenos atmosféricos (e não só) e a disponibilidade alargada de dispositivos móveis pessoais + redes sociais + imprensa digital, chegarão à conclusão óbvia que estão emparelhados uns com os outros. Aumentarm os fenómenos porque quase toda a população passou a dispor de telemóveis com câmara e internet para os divulgar. E porque está na moda.
E já agora, leiam os diversos artigos, mesmo que não concordem com o conteúdo, pois assim é que se faz Ciência e não consenso geral acientífico.
Senão voltamos atrás no tempo quando a Inquisição queimava aqueles que não concordavam com os dogmas instituídos.
Porque aqueles que não lêem outras opiniões, esses é que são os verdadeiros negacionistas. Auto-impedem-se de conhecer outras opiniões, logo, não estão bem informados acerca dos assuntos que tão profetizam.