Biodiversidade

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Riachos: água avermelhada lançada para afluente do rio Almonda
Água com uma cor avermelhada correu esta sexta-feira para uma vala (afluente do rio Almonda), em Riachos, situação denunciada pela GNR e reportada aos órgãos de comunicação social pela mesma entidade, que esteve no local com elementos da APA a recolher elementos de prova.
http://www.jornaltorrejano.pt/sociedade/noticia/?n-b6d51f5b

Esta batalha sobre a defesa do Almonda, contra as descargas que tem sido efectuadas, começou por um pessoa particular, e que ao fim de 15 dias, já envolveu muitas mais pessoas. Mas como neste país é assim, esta mesma pessoa, ao que parece já correm no tribunal processos contra o mesmo, por denunciar um crime público, e que acaba por afectar muitas pessoas, e os agricultores que regam os produtos horticolas, com essa água contaminada.
 
Este fim-de-semana ao nascer do sol vi um bando de flamingos a sobrevoar a serra da Alcaria Ruiva em Mértola. Vinham de Sul, deslocavam-se para Noroeste. Viriam da Ria Formosa ou do Sapal de Castro Marim e iriam para o Estuário do Tejo?
 
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Os bons exemplos de desempregados a vigiar florestas

O problema destas limpezas é que as pessoas não têm formação e arrancam os carvalhos jovens que estão a aparecer nos terrenos abandonados. Já vi fazerem isso em limpezas aqui no Norte. Também já vi galerias ripícolas destruídas em limpezas este ano, arrancaram os freixos que estavam a surgir no canavial. É preciso muito cuidado porque no passado as limpezas erradicaram as galerias rípicolas em boa parte do país e destruíram a floresta nativa. Não é assim que vamos prevenir os incêndios no futuro.
 
Este fim-de-semana ao nascer do sol vi um bando de flamingos a sobrevoar a serra da Alcaria Ruiva em Mértola. Vinham de Sul, deslocavam-se para Noroeste. Viriam da Ria Formosa ou do Sapal de Castro Marim e iriam para o Estuário do Tejo?

Provavelmente sim mas há ainda algumas colónias nas albufeiras do Alentejo. Encontram-se também mais para norte na lagoa de Óbidos ou no litoral alentejano, Lagoa de S.André.
 
No outro dia encontrei por acaso este Lagostim, graças a uma nascente local, a linha de água ainda corre um fio tênue de água.

Local:Ribeira dos Marmeleiros,Cabreiro(Alcabideche) - Cascais

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Como é natural, não gostou da minha presença, felizmente não está habituado a cruzar-se com humanos, o local é selvagem, ainda bem.

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O problema destas limpezas é que as pessoas não têm formação e arrancam os carvalhos jovens que estão a aparecer nos terrenos abandonados. Já vi fazerem isso em limpezas aqui no Norte. Também já vi galerias ripícolas destruídas em limpezas este ano, arrancaram os freixos que estavam a surgir no canavial. É preciso muito cuidado porque no passado as limpezas erradicaram as galerias rípicolas em boa parte do país e destruíram a floresta nativa. Não é assim que vamos prevenir os incêndios no futuro.

Infelizmente a "limpeza" (corte/destruição) de galerias ripícolas é frequente em Portugal, com essas limpezas vão freixos, amieiros, choupos e outras espécies que não deviam ser "limpas", mas sim incentivadas.
 
No outro dia encontrei por acaso este Lagostim, graças a uma nascente local, a linha de água ainda corre um fio tênue de água.

Local:Ribeira dos Marmeleiros,Cabreiro(Alcabideche) - Cascais

Como é natural, não gostou da minha presença, felizmente não está habituado a cruzar-se com humanos, o local é selvagem, ainda bem.

Infelizmente os lagostins estão por todo lado, são uma espécie invasora e uma praga que pode por em risco a biodiversidade autoctone, uma pedrada em cima não teria sido má ideia, é uma espécie que é urgente erradicar. ;)

http://www.publico.pt/ambiente/jorn...siana-ameaca-sobrevivencia-de-anfibios-174268
 

Obrigado pela nformação muito pertinente. Faltam-nos directivas para proceder ao controlo desta espécie invasora. Apesar de chocante, a sugestão dada pode vir a ser a única viável, uma vez que a apanha não tem processo de conclusão (o que se faz com os animais apanhados?). A comercialização colide obviamente com o objectivo de erradicação, pois convida os menos honestos a fazer proliferar a espécie ainda mais.

Continuamos a cometer erros terríveis com a introdução de espécies animais e vegetais, por vezes com a melhor das intenções, e depois não temos meios, iniciativa ou coragem para impedir a destruição que causam nas espécies autóctones e na degradação da biodiversidade.

Em outro exemplo de erro histórico de introdução de uma praga destruidora, o chorão das praias, Carpobrotus edulis, tenho observado como ficam chocadas as pessoas que assistem por vezes à minha rotineira, mas obviamente esporádica, tarefa de arranque pela raíz dessa terrível invasora, nos locais em que passo e assisto ao aparecimento dos primeiros exemplares. Porque a ideia comum é que são plantas com flores bonitas, que cobrem tudo de verde, e que fazem parte do coberto vegetal natural. E no entanto, essa temível praga asfixia toda a flora autóctone existente, destruindo a sua diversidade e equilíbrio. A contaminação de todo o litoral do Parque Natural de Sintra-Cascais é uma catástrofe ecológica, ainda mais inadmissível por ocorrer num Parque Natural.

Então o Lagostim está a ser responsável por uma devastação semelhante ao chorão das praias, às acácias, etc. Se, por exemplo, deixarmos de ouvir o coaxar das rãs e assistirmos a uma cada vez maior proliferação de mosquitos, lembremo-nos deste, obviamente inocente, responsável. Os verdadeiros culpados somos nós, como sempre foi, é e será.
 
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