Obrigado pela nformação muito pertinente. Faltam-nos directivas para proceder ao controlo desta espécie invasora. Apesar de chocante, a sugestão dada pode vir a ser a única viável, uma vez que a apanha não tem processo de conclusão (o que se faz com os animais apanhados?). A comercialização colide obviamente com o objectivo de erradicação, pois convida os menos honestos a fazer proliferar a espécie ainda mais.
Continuamos a cometer erros terríveis com a introdução de espécies animais e vegetais, por vezes com a melhor das intenções, e depois não temos meios, iniciativa ou coragem para impedir a destruição que causam nas espécies autóctones e na degradação da biodiversidade.
Em outro exemplo de erro histórico de introdução de uma praga destruidora, o chorão das praias,
Carpobrotus edulis, tenho observado como ficam chocadas as pessoas que assistem por vezes à minha rotineira, mas obviamente esporádica, tarefa de arranque pela raíz dessa terrível invasora, nos locais em que passo e assisto ao aparecimento dos primeiros exemplares. Porque a ideia comum é que são plantas com flores bonitas, que cobrem
tudo de verde, e que fazem parte do coberto vegetal natural. E no entanto, essa temível praga asfixia toda a flora autóctone existente, destruindo a sua diversidade e equilíbrio. A contaminação de todo o litoral do Parque Natural de Sintra-Cascais é uma catástrofe ecológica, ainda mais inadmissível por ocorrer num Parque Natural.
Então o Lagostim está a ser responsável por uma devastação semelhante ao chorão das praias, às acácias, etc. Se, por exemplo, deixarmos de ouvir o coaxar das rãs e assistirmos a uma cada vez maior proliferação de mosquitos, lembremo-nos deste, obviamente inocente, responsável. Os verdadeiros culpados somos nós, como sempre foi, é e será.