6.3. Regras básicas de segurança Quanto à atitude na actuação, deve proceder-se como se indica: • Actuar sempre em função do comportamento do incêndio (observação e previsão). Entender o comportamento do incêndio emprever como evoluirá é fundamental para tomar as medidas desegurança adequadas a esse comportamento; • Combater o incêndio com agressividade, mas garantir em primeiro lugar a segurança. Esta deve estar sempre em primeiro lugar e tal não impede que se combata o incêndio eficazmente, antes pelo contrário, garante o sucesso das operações; • Quando se combate a cabeça do incêndio com veículos, para além do cumprimento rigoroso das instruções recebidas e de se estar alerta, devem cumprir-se os seguintes procedimentos - Ter muita atenção aos focos secundários que saltam e apagá-los; - Não vaguear pela zona verde na direcção de onde vem o incêndio; Combate na cabeça do incêndio com veículos – muito perigoso. • Se a disposição do terreno e/ou a vegetação tornam a deslocação difícil e morosa, devem cumprir-se os seguintes procedimentos - Verificar sempre onde se encontra o incêndio; - Saber sempre para onde vai; - Manter-se o mais perto possível da zona queimada; - Estar alerta a pedras que possam rolar em direcção aos bombeiros que se encontrem mais abaixo; Sempre que possivel combater um incêndio pela cabeça.
Sobre esta questão, gostaria também de deixar o meu contributo.
Aproveitando o cenário colocado pelo AJB, ou seja, uma frente de fogo fora da capacide de extinção numa ladeira em que é efectuado combate directo com linha de água por essa ladeira abaixo, e enquadrando no manual de formação temos que:
1) a actuação não foi efectuada atendendo ao comportamento observado e previsivel do incêndio;
2) Não foram tidas em conta as medidas de segurança necessárias tendo em conta a previsibilidade do comportamento do fogo;
3) Combateu-se o incêndio com agressividade mas a segurança foi posta em 2ºlugar, pondo em causa o sucesso das operações;
4) Desconsiderou-se a perigosidade do combate com veículos na frente do fogo;
5) Foi mal avaliada a capacidade de extinção do incêndio, pelo que não era possível o ataque do incêndio pela cabeça.
Resumindo, e se estivesse no papel de algum inspector a analisar a actuação nesse caso particular, foram estas as infrações às regras básicas de segurança que todos os bombeiros conhecem.
Preciso deixar claro que sou um acerrimo defensor dos bombeiros. Felicito a cada vez mais formação que lhes é dada, assim como o facto de cada vez mais assistirmos ao ingresso de jovens que primam pela busca de conhecimentos e de formação para além da que lhes é dada na sua formação inicial.
Apesar de já ter sido falado no laces, identifico uma grande falha no plano de formação que actualmente é ministrada pela ENB: o CPS
Constitui uma das bases da formação nos Estados Unidos e começa já a ser introduzido nalguns países europeus, entre eles a nossa vizinha espanha. Por cá já à algum tempo que é dada, mas não ao nível dos bombeiros.
Por fim, acho que temos de tudo... bons numas coisas... maus noutras... Haja ao menos a oportunidade de um intercambio de experiências para que se possa, por exemplo, aprender com os erros dos outros.
Cumps.