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Furacão
Em Portugal, se querem fazer do eucalipto o vilão das florestas, apontem aos alvos certos, a saber:
- As áreas de eucaliptais são muito pobres em diversidades quando comparadas com ocupações florestais autóctones.
- O eucalipto apresenta por vezes capacidade invasora significativa, principalmente após os fogos, ainda que inferior às acácias e háqueas.
- Os eucaliptos possuem propriedades de alelopatia que podem atrasar ou impedir o desenvolvimento de outras espécies no seu sub-coberto.
- Más práticas de preparação de terreno para eucaliptais, infelizmente muito comuns em Portugal levam a erosão e perda de valor do solo significativas
- O eucalipto tem a capacidade de usar a água de forma muito mais eficiente do que as nossas espécies autóctones podendo levar a uma diminuição do valor de água que iria recarregar os aquiferos, daí ser muito importante não plantar eucalitpos em áreas próximas de linhas de água.
- O valor paisagístico do eucalipto é nulo e com zero interesse turístico ao contrário de outras ocupações florestais.
Em relação aos fogos:
- O potencial de gerar projeções de material incandescente e consequentes focos de incendio secundários é muito comum nos eucaliptais. Sendo este o principal "pecado" do eucalipto em relação aos fogos.
Penso que isto é mais do que suficiente para perceber que o eucalipto, como espécie estranha ao território, nunca devia ter sido utilizado intensivamente, com fins industriais, pois nada traz de benéfico a um ecossistema, à biodiversidade, e numa palavra à conservação da Natureza. Porque esta conservação é a única coisa que terá valor verdadeiro no futuro a médio e longo prazo. Tudo o resto é benefício de alguns destas gerações e não das futuras.