O IPMA devia (urgentemente?) publicar um comunicado a esclarecer o 'escudo' e a 'proteção'. Não sei se o Bruno explicou mais e melhor, mas a jornalista persistiu no mesmo erro.
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Mas para nós o que conta são as próximas décadas/seculos. Vivemos cá, convém sim estar preocupado. Não vivemos noutras eras.
Essa questão dos eventos geológicos e do horizonte temporal, nunca percebi muito bem porque há sempre alguém a tocar nela. Desvalorizar a nossa influência no aquecimento que tem existido? Porquê e para quê?
Nós não vivemos milhões de anos. Vivemos em média 70, vamos ter filhos que irão viver outros 70, se tudo correr bem. O normal é preocuparmo-nos com os próximos 100/200 anos e não em eras geológicas...
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Exatamente. Mas muitas das vezes estas declarações são mesmo um convite propositado a nada fazer, e a nenhuma preocupação. Seja porque razão for, não é bonito, e em 2023, é simplesmente anedótico.
De repente, notamos que os eventos extremos têm aumentado a um nível absurdo nos últimos anos e que a riqueza de ecossistemas tem a cada década diminuído de forma alarmante.
A nossa influência é notada em cada ponto do globo, seja em poluição, seja em destruição de florestas, ou numa temperatura galopante que destrói ecossistemas (Porque muitos destes não têm a capacidade de adaptação tão rápida assim).
Mas ainda há quem no seu pedestal de sabedoria fale no "ponto minúsculo" e da nossa pouca relevância. Não, não é para relativizar e levar na desportiva comentários destes.
@meteo penso que muitas das pessoas que negam as alterações climáticas utilizam o argumento das eras geológicas porque no fundo tem alguma validade. Quem olha para o passado da história da Terra sabe isso, sabe que a Terra passou por períodos globalmente mais quente e mais frios e usam esses factos como motivo de gozo quando se diz "Este é o ano mais quente" ou "Foi o dia mais quente de sempre", como se isso fosse relevante para o que realmente importa.
A nossa capacidade de fazer extrapolações a partir de dados geológicos é relativamente limitada e é isso que nos limita a capacidade de perceber o que devemos fazer. Muitos registos geológicos foram apagados ou estão bem escondidos no interior da crusta terrestre.
O que importa, na minha perspetiva é: estamos a fazer o que é possível para nos protegermos, e principalmente as gerações vindouras, destas alterações climáticas independentemente de elas terems origem, ou serem maximizadas pelas atividades humanas? É que uma coisa é duvidar da influencia humana nas alterações, outra é negar que, mesmo com os nossos curtos registos metereologicos/climáticos, não existam coisas que estão a mudar.
A nossa capacidade de fazer extrapolações a partir de dados geológicos é relativamente limitada e é isso que nos limita a capacidade de perceber o que devemos fazer. Muitos registos geológicos foram apagados ou estão bem escondidos no interior da crusta terrestre.
O que importa, na minha perspetiva é: estamos a fazer o que é possível para nos protegermos, e principalmente as gerações vindouras, destas alterações climáticas independentemente de elas terems origem, ou serem maximizadas pelas atividades humanas? É que uma coisa é duvidar da influencia humana nas alterações, outra é negar que, mesmo com os nossos curtos registos metereologicos/climáticos, não existam coisas que estão a mudar.
A primeira capacidade necessária para percebermos o que devemos fazer é admitir o óbvio: temos tido muita influência. Não é uma questão de opinião. São factos científicos.
Ao dizermos "Ponto minúsculo" ainda estamos na mentalidade da década de 60, quando pensávamos que nada tínhamos que fazer, porque tudo estava a correr normalmente. Era continuar a funcionar e a gastar todos os recursos, porque "Já tivemos épocas mais quentes"
De resto, sobre eras geológicas e de épocas mais quentes ou mais frias, a ciência não o nega, por isso não entendo a ideia. Se já houve épocas mais quentes, isso quer dizer que não temos tido muita influência nas últimas décadas? Não tem qualquer fundamentação
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Possivelmente não me fiz entender muito bem. Também me parece claro e cristalino, e nem seria preciso estudar nada: se nós não existissemos, toda esta quantidade imensa (monstruosa) de gases produzidos pela nossa atividade também não existiriam, logo não há como negar a sua influencia.
Estava a colocar a questão na perspetiva de quem acha que não há qualquer influencia e há vários artigos científicos escritos nesse sentido.
O que quis dizer com a questão dos períodos mais quente ou mais frios ao longo da história da Terra é que quem nega as alterações escuda-se no argumento de que no passado já houve bem pior e o ser humano nem sequer estava cá e como tal "não vale a pena fazer nada, isto é a natureza a seguir o seu caminho". Ora "porra!!" e é isto que me irrita, mesmo que o homem não tivesse influencia, as alterações estão aí e nós temos que nos preparar para as mesmas.
Por outro lado, sim, somos um ponto minúsculo SE considerarmos que um grande erupção vulcânica produz muito mais efeito em termos globais do que a ação humana. Ver caso da erupção do monte Tambora, em 1815 e os seus efeitos globais. Mais um argumento que vejo frequentemente a ser utilizado. No entanto, quem o utiliza sofre, na minha opinião, de um viés de confirmação.
Sobre as lacunas do registo geológico, o que quis dizer foi que, existindo essas lacunas, não conseguimos fazer as devidas extrapolações para o que se teria passado em era geológicas passadas "O passado é a chave do presente".
Por ultimo, se o Verão se mantiver como atualmente, pelo menos na zona litoral, vamos chegar ao final de Setembro e teremos o habitual "Aquecimento global?! Este ano nem houve calor de jeito"....
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Eu percebi o que antes tinhas dito. Apenas estava a realçar alguns pontos. Relativamente ao vulcanismo, claro que tem muitos efeitos, mas afeta durante meses/anos. Nós temos efeito em cada segundo e décadas seguidas enquanto cá estamos.
Afetando nós todos os ecossistemas, gases com efeito de estufa produzidos (como referiste) e destruindo florestas a belo prazer, nem era preciso ver dados climáticos/atmosféricos, para comprovar a nossa influência, como bem referes. É só rever um conceito claro, e em que nós interferimos muito mais do que qualquer ser vivo, em qualquer um dos 4 subsistemas abertos e dinâmicos:
"O sistema Terra é formado por quatro subsistemas abertos e dinâmicos, que interagem entre si: a geosfera (ou litosfera), a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera quatro subsistemas abertos e dinâmicos, que interagem entre si. Estes subsistemas, intimamente relacionados uns com os outros, encontram-se em equilíbrio dinâmico."
Em que subsistema interferimos mais? Difícil dizer. Mas estão todos interligados.
Como é habitual, o contexto é tudo.
Mesmo que a Terra estivesse 10º mais quente há 3000 anos atrás, ao invés de 100.000 ou milhões de anos, a referida lógica continuaria a ser inválida.
É como dizer que um mesmo salário pode sustentar 1, 3 ou 10 filhos porque a dada altura deu. Enfim, é o que há.
Mesmo que a Terra estivesse 10º mais quente há 3000 anos atrás, ao invés de 100.000 ou milhões de anos, a referida lógica continuaria a ser inválida.
É como dizer que um mesmo salário pode sustentar 1, 3 ou 10 filhos porque a dada altura deu. Enfim, é o que há.
Mas o que se fala é só em NET carbon zero... o problema não é carbono (tanto que temos agora dados e até implementações de produção de alimentos em estufa com injeção de carbono, pois a produção em estufas enriquecidas com carbono tem um aumento de cerca de 30% comparado com estufas normais), se calhar a poluição no seu geral é bem mais grave para todos os ecossistemas e o planeta em si do que a porcaria da luta do Carbon zero. Mas só se fala no carbon zero, que temos de reduzir as emissões, ao invés de temos, sim, de reduzir a poluição num todo e não só no carbono.
De qualquer maneira, basta ter um ano com mais atividade vulcânica do que o normal para que todo o trabalho feito em redor de emissões vá por água abaixo por isso continuo a afirmar que sim devemos poluir menos e reduzir ao máximo as emissões, mas não tenhamos ilusões que não é o ser humano que manda neste planeta pelo menos enquanto não conseguirmos controlar eventos geológicos.
StormRic
Furacão
Não concordo com essa ideia de que "só se fala no carbon zero". Não é verdade que só se fale disso e se ignore todas as outras emissões poluentes antropogénicas. Aliás, parece-me até que essa ideia falsa de perseguição aos emissores de CO2 é espalhada propositadamente pelos emissores de CO2, ou seja, "não olhem tanto para nós, olhem também para os outros, (assim ainda temos uma margem para continuarmos a crescer)".
AnDré
Moderação
Do PT2023 temos o Sustentável 2030 que é:
"Dedicado à Ação Climática e Sustentabilidade, este programa terá um total de 3,1 mil milhões de euros financiados pelo Fundo de Coesão e será de âmbito nacional para dar resposta aos desafios decorrentes da sustentabilidade e transição climática, com especial enfoque na descarbonização dos diversos setores da economia, constituindo um forte contributo para o cumprimento do objetivo nacional de alcançar a neutralidade carbónica em 2050."
Para as restantes emissões poluentes antropogénicas que programas/benefícios/ações estão a decorrer?
MSantos
Moderação
No âmbito da poluição causada por plástico tem havido um esforço geral para "desplastificar" vários sectores da economia, promovendo a utilização de materiais com menor impacte ambiental e a economia circular. Pode não ter uma dotação nem um mediatismo tão grande. está a acontecer.
trovoadas
Cumulonimbus
O carbono pode ser capturado pelas florestas/plantas no geral....o problema é que destruímos a floresta e por outro lado as alterações climáticas levam a mais incêndios e mais devastadores. É uma bola de neve a rolar pela montanha...
Depois temos decisões sensatas como os turistas norte-americanos que já não querem vir à Europa no Verão porque faz muito calor...olha não venham nunca que o planeta agradece
Depois temos decisões sensatas como os turistas norte-americanos que já não querem vir à Europa no Verão porque faz muito calor...olha não venham nunca que o planeta agradece
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