Seguimento Meteorológico Livre - 2023

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O dióxido de carbono e o metano são constituídos de carbono e são dois dos compostos com maior influência nas alterações climáticas. Têm mais influência que qualquer um dos outros compostos.

Não será assim normal dar se muito mais importância ao carbono?

PS: Mais propriamente, têm mais de 90 % de contribuição...
 
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No âmbito da poluição causada por plástico tem havido um esforço geral para "desplastificar" vários sectores da economia, promovendo a utilização de materiais com menor impacte ambiental e a economia circular. Pode não ter uma dotação nem um mediatismo tão grande. está a acontecer.
Na área da "diabolização do plástico" têm-se dado muitos passos errados.

Por exemplo:
As palhinhas de plástico e os copos de plástico, se bem encaminhados, são reciclados.
As palhinhas de cartão e os copos de cartão, que têm uma membrana de plástico ou resina, não são reciclados. Em termos ambientais, degradam-se mais rapidamente que o plástico. Mas enquanto o plástico pode ser reciclado/reutilizado, as palhinhas de cartão e os copos de cartão acabam em aterros ou incineração.
Os sacos de plástico, além de serem muito mais resistentes, são recicláveis. Os de papel, se estiverem sujos, não. E a resistência é o que sabemos.
 
Na área da "diabolização do plástico" têm-se dado muitos passos errados.

Por exemplo:
As palhinhas de plástico e os copos de plástico, se bem encaminhados, são reciclados.
As palhinhas de cartão e os copos de cartão, que têm uma membrana de plástico ou resina, não são reciclados. Em termos ambientais, degradam-se mais rapidamente que o plástico. Mas enquanto o plástico pode ser reciclado/reutilizado, as palhinhas de cartão e os copos de cartão acabam em aterros ou incineração.
Os sacos de plástico, além de serem muito mais resistentes, são recicláveis. Os de papel, se estiverem sujos, não. E a resistência é o que sabemos.

Em relação ao plástico o R mais importante é o reduzir... Todos sabemos que a maioria do plástico não é encaminho para a reciclagem pelas mais diversas razões, pelo que tudo o que implique a redução do plástico de uso único é positivo. Dentro de alguns anos, a manter-se este ritmo, vamos ter mais plástico do que peixes nos oceanos. A poluição por plásticos, ou microplásticos é umas das maiores (a maior?) ameaças aos ecossistemas marinhos, possivelmente ainda pior do que as alterações climáticas.
 
Na área da "diabolização do plástico" têm-se dado muitos passos errados.

Por exemplo:
As palhinhas de plástico e os copos de plástico, se bem encaminhados, são reciclados.
As palhinhas de cartão e os copos de cartão, que têm uma membrana de plástico ou resina, não são reciclados. Em termos ambientais, degradam-se mais rapidamente que o plástico. Mas enquanto o plástico pode ser reciclado/reutilizado, as palhinhas de cartão e os copos de cartão acabam em aterros ou incineração.
Os sacos de plástico, além de serem muito mais resistentes, são recicláveis. Os de papel, se estiverem sujos, não. E a resistência é o que sabemos.
Tudo certo só mais uma coisa. O plástico não pode ser reciclado ad eternum, existem limites, e chega a um ponto em que simplesmente não dá para continuar a reciclar.
 
Em relação ao plástico o R mais importante é o reduzir... Todos sabemos que a maioria do plástico não é encaminho para a reciclagem pelas mais diversas razões, pelo que tudo o que implique a redução do plástico de uso único é positivo. Dentro de alguns anos, a manter-se este ritmo, vamos ter mais plástico do que peixes nos oceanos. A poluição por plásticos, ou microplásticos é umas das maiores (a maior?) ameaças aos ecossistemas marinhos, possivelmente ainda pior do que as alterações climáticas.
Reduzir é sem dúvida o passo mais importante. Quanto ao encaminhamento do plástico para reciclagem, passa pela educação e mais que isso: valorização dos resíduos em prole da matéria prima.
Imaginemos uma comum garrafa de plástico: é composta por pelo menos dois tipos de plástico: PET + PE (tampa), que têm que ser separados, mais o papel (contaminante). Essa separação tem custos, e por isso é provavelmente mais barato produzir através da matéria prima que reciclar. Soluções? (Não me vou alongar se não era um off-topic que nunca mais acabava).

Concordo que a poluição por plásticos é uma gigante ameaça aos ecossistemas marinhos, e que o microplástico vai entrar na ordem do dia. No entanto a nossa contribuição para isso é residual quando comparados com outros países onde a reciclagem não funciona ou não existe. Mas não estamos isentos de culpa, porque é a esses países, onde as práticas ambientais quase não existem, que vamos comprar quase tudo. Por ser mais barato...
Isto para dizer que se está a impor soluções no término (pouco eficazes em termos ambientais), ao invés de se ir a montante.

Por fim, sobre o carbono, todos sabemos que uma das atividades que mais contribui para as emissões são os transportes. E ninguém deixa de ir para ali ou acolá (e não estou a falar do trabalho, estou mesmo a referir-me ao lazer e férias) para minimizar a sua pegada de carbono. E contra mim falo.
 
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Por fim, sobre o carbono, todos sabemos que uma das atividades que mais contribui para as emissões são os transportes. E ninguém deixa de ir para ali ou acolá (e não estou a falar do trabalho, estou mesmo a referir-me ao lazer e férias) para minimizar a sua pegada de carbono. E contra mim falo.
Eu que tenho noção da realidade e da nossa pegada, isso leva-me a dividir o lixo, leva-me a evitar os excessos (Como comprar apenas e só quando preciso realmente). Leva-me a só trocar de carro, quando o meu deixa de funcionar (ou começar a ter muitos gastos de reparação). Igual pensamento na utilização de telemóvel. Posso utilizar o mesmo 5 ou mais anos. Que muda na minha vida utilizar o mesmo, se funciona?
Agora deixar de ter férias numa casa que só dá para ir de carro? É isso que referes que deviamos todos fazer, quando referimos a relevância do carbono?

Sim, ando de carro. Difícil termos pegada nula. Quantos de nós está disponível a não utilizar o carro apenas para diminuir a pegada no mundo numa quantidade infinitesimal, vendo que poucos o fazem? Dizer o óbvio (Que o carbono é essencial de reduzir, e que nós temos muita pegada) não quer dizer que somos perfeitos e que temos pegada nula. Agora, quem ainda tenta desculpar a nossa pegada, esses ainda estão no primeiro nível de evolução para um novo paradigma que virá no futuro. Ainda falta a parte "consciencialização". Sem isso, não vão fazer o mínimo esforço.
 
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Ainda estou para perceber quais serão as vantagens práticas, quando nem há um relatório anual do clima nos Açores -> https://www.publico.pt/2023/07/07/a...e-criar-observatorio-climatico-acores-2056052

Ainda dá um bocadinho de trabalho para encontrar o básico, faltando uma essencial diferenciação por grupos -> https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwixldTNnZSAAxUXg_0HHXdaBzsQFnoECA0QAw&url=https://www.ipma.pt/pt/media/noticias/documentos/2021/Alteracoes_Climxticas_Aumento_eventos_extremos_Acores.pdf&usg=AOvVaw1mCOVDxRrcEx_m-2sW225t&opi=89978449

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Investimento em boias nas redondezas seria bastante fixolas e - aí sim - acrescentaria algo de novo/útil (especialmente em termos de acompanhamento/previsão de tempestades). Quem não gostaria de ter acesso a mais dados meteorológicos do século passado (supostamente guardados no IPMA)? Ou aos dados da já EXISTENTE estação de pesquisa?

O poder ser um instrumento extremamente importante, podia. Mas não vai porque é mais do mesmo.

Metade de Mea Culpa: O boletim anual de 'Portugal Continental' afinal tem os boletins anuais.

IPMA Açores, gráficos de maior dimensão...
 
Isto para dizer que se está a impor soluções no término (pouco eficazes em termos ambientais), ao invés de se ir a montante.
Totalmente de acordo. A reciclagem pode ter funcionado como um tranquilizador dos consumidores nos países mais desenvolvidos, permitindo-lhes continuar com a habitual utilização de embalagens e outros objectos em plástico. Mas penso que essa tranquilidade já começa a mudar para um desconforto e um baixar de braços perante o conhecimento cada vez maior da realidade da proveniência daquilo que se consome. Observa-se ainda um desencanto progressivo em relação ao acto de reciclar, e vejo directamente cada vez mais pessoas a abandonar a separação inicial essencial à reciclagem. E quando confronto as pessoas relativamente a esse abandono a resposta é, invariavelmente, "já não vale a pena, não reciclam nada, eu sei, vai tudo para a lixeira, porque me hei-de preocupar?". A indústria dos plásticos, dos sintéticos em geral, não está em retrocesso, cada vez mais partes, componentes de todo o tipo de tecnologia, de objectos de uso corrente, maquinaria, artefactos de todo o tipo, é feito de materiais plásticos.
 
Eu que tenho noção da realidade e da nossa pegada, isso leva-me a dividir o lixo, leva-me a evitar os excessos (Como comprar apenas e só quando preciso realmente). Leva-me a só trocar de carro, quando o meu deixa de funcionar (ou começar a ter muitos gastos de reparação). Igual pensamento na utilização de telemóvel. Posso utilizar o mesmo 5 ou mais anos. Que muda na minha vida utilizar o mesmo, se funciona?
Agora deixar de ter férias numa casa que só dá para ir de carro? É isso que referes que deviamos todos fazer, quando referimos a relevância do carbono?

Sim, ando de carro. Difícil termos pegada nula. Quantos de nós está disponível a não utilizar o carro apenas para diminuir a pegada no mundo em 10⁻100000000 , vendo que poucos o fazem? Dizer o óbvio (Que o carbono é essencial de reduzir, e que nós temos muita pegada) não quer dizer que somos perfeitos e que temos pegada nula. Agora, quem ainda tenta desculpar a nossa pegada, esses ainda estão no primeiro nível de evolução para um novo paradigma que virá no futuro. Ainda falta a parte "consciencialização". Sem isso, não vão fazer o mínimo esforço.

@meteo, reitero exatamente o que disse: "todos sabemos que uma das atividades que mais contribui para as emissões são os transportes. E ninguém deixa de ir para ali ou acolá (e não estou a falar do trabalho, estou mesmo a referir-me ao lazer e férias) para minimizar a sua pegada de carbono. E contra mim falo.".

Alguém faz contas à sua pegada quando está a planear férias/marcar viagens?
Se isso nos faz estar no primeiro nível de evolução, porque nos desculpamos com o prazer e porque todos viajam, bom não sei, diz-me tu que tens noção da realidade da tua pegada ecológica.
O que tem uma maior pegada, trocar de telemóvel todos os anos ou uma viagem anual às Caraíbas? Ter o guarda-fatos cheio de roupa e sapatos e nunca viajar, ou comprar só roupa/calçado essencial mas gastar 1000L de gasóleo/ano em lazer?

E de repente lembrei-me disto:

Emissões de dióxido de nitrogénio (NO2), antes e durante o confinamento (COVID). Aquela altura em que todos parámos, mas o planeta respirou.
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De facto, falta-nos muito a tal dita consciencialização. E contra mim falo.
 
@meteo, reitero exatamente o que disse: "todos sabemos que uma das atividades que mais contribui para as emissões são os transportes. E ninguém deixa de ir para ali ou acolá (e não estou a falar do trabalho, estou mesmo a referir-me ao lazer e férias) para minimizar a sua pegada de carbono. E contra mim falo.".

Alguém faz contas à sua pegada quando está a planear férias/marcar viagens?

Se isso nos faz estar no primeiro nível de evolução, porque nos desculpamos com o prazer e porque todos viajam, bom não sei, diz-me tu que tens noção da realidade da tua pegada ecológica.​

O que tem uma maior pegada, trocar de telemóvel todos os anos ou uma viagem anual às Caraíbas? Ter o guarda-fatos cheio de roupa e sapatos e nunca viajar, ou comprar só roupa/calçado essencial mas gastar 1000L de gasóleo/ano em lazer?

E de repente lembrei-me disto:

Emissões de dióxido de nitrogénio (NO2), antes e durante o confinamento (COVID). Aquela altura em que todos parámos, mas o planeta respirou.
Ver anexo 6326

De facto, falta-nos muito a tal dita consciencialização. E contra mim falo.
Posso não ter escrito da forma mais perceptivel. O que queria dizer é:
Eu tenho noção da nossa pegada (Do básico - Efeito nos ecossistemas, alterações climáticas, poluição etc). Não da minha pegada, ainda não há estudos científicos sobre isso :D

Há 4 tipos de pessoas nesta temática, e em diferentes níveis de consciencialização/esforço de alterar comportamentos:

a) Não têm consciência nenhuma. Está sempre tudo bem.
b) Têm consciência, mas não fazem nada.
c) Têm consciência, e mudaram alguns comportamentos.
d) Consciência, e sem pegada completamente nenhuma (ou muito pouca). Só vão de férias a 1 km de casa, para ir a pé e sem efeitos colaterais :D

O d) é muito difícil. O ideal, mas difícil. Quem não chegou ao nível d), pode ainda continuar a falar sobre a realidade dos factos. O que importa é ir mudando comportamentos. Não fazer tudo de um momento para o outro (Bonito de dizer, mas praticamente impossível de cumprir). Interessa é ir evoluindo.

Toda esta conversa começou por alguém estar incomodado com o facto de haver tantas medidas em prol da diminuição de carbono, e não de outros compostos, quando o carbono é o esmagador causador das alterações climáticas. O problema não será só agora estarmos a mudar comportamente e atentos à diminuição da pegada de carbono? Eu acho que sim. O problema é esse
 
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Boa tarde.

Concordo com quase tudo o que aqui se tem "dito" sobre as medidas a tomar no combate às "alterações climáticas", cientes que temos influência no planeta, mas cientes também que nem tudo é responsabilidade nossa.
Reduzir é francamente a chave seja nos plásticos, seja nos combustíveis fósseis, seja em muitos outros aspectos.
Os nossos avós tinham pouco impacto no meio ambiente, mesmo sem cultura ecológica, mas a qualidade de vida seria melhor que a actual? Fica a dúvida, a esperança média de vida aumentou...
O advento das vacinas trouxe uma nova era que resultou na "sobrepopulação", principalmente em África, América Latina e subcontinente Indiano.
Tantas bocas para alimentar, tantas necessidades para responder.
Ocupamos cada vez mais áreas verdes, ora para habitação ou turismo, ora para agricultura\alimentação.
Os incêndios tão em voga mundialmente surgem poucas vezes devido à natureza, a maior parte por crime ou acidente - dizer que as alterações climáticas são a origem destes flagelos é enganador - nós, humanos, somos o maior flagelo.
Em relação ao petróleo: sem recurso ao petróleo ficaremos privados dos seus subprodutos, o maior deles o PLÁSTICO. Mas também óleos industriais e essenciais para a saúde humana (cremes, etc.), combustíveis para confeccionar alimentos, aquecer água, etc..
Por outro lado, se reduzirmos imenso o uso do plástico antes de redução efectiva da destilação petrolífera, é certo que ficaremos com excesso de subprodutos que em última instância irão parar a aterros ou pior.

Cabe à comunidade científica, sem interferência de politiquices e "modas", dar respostas e soluções para um futuro ambientalmente mais sustentável.
 
O ponto aqui também é o facto de a responsabilidade individual retirar as culpas e a responsabilidade daquelas que são verdadeiramente as causas principais de emissões de gases de efeito estufa. Nós podemos fazer algo individualmente para reduzir a pegada ecológica, mas será que isso vai verdadeiramente mudar alguma coisa? :unsure:

A resposta é muito simples: não vai. A única maneira de mudar a situação é criando políticas globais para gradualmente ir criando soluções de fontes de energia menos poluentes - a eletricidade e os transportes, por si só, correspondem a quase 60% das emissões de CO2 anualmente. :)
 
@meteo, reitero exatamente o que disse: "todos sabemos que uma das atividades que mais contribui para as emissões são os transportes. E ninguém deixa de ir para ali ou acolá (e não estou a falar do trabalho, estou mesmo a referir-me ao lazer e férias) para minimizar a sua pegada de carbono. E contra mim falo.".

Alguém faz contas à sua pegada quando está a planear férias/marcar viagens?
Se isso nos faz estar no primeiro nível de evolução, porque nos desculpamos com o prazer e porque todos viajam, bom não sei, diz-me tu que tens noção da realidade da tua pegada ecológica.
O que tem uma maior pegada, trocar de telemóvel todos os anos ou uma viagem anual às Caraíbas? Ter o guarda-fatos cheio de roupa e sapatos e nunca viajar, ou comprar só roupa/calçado essencial mas gastar 1000L de gasóleo/ano em lazer?

E de repente lembrei-me disto:

Emissões de dióxido de nitrogénio (NO2), antes e durante o confinamento (COVID). Aquela altura em que todos parámos, mas o planeta respirou.
Ver anexo 6326

De facto, falta-nos muito a tal dita consciencialização. E contra mim falo.
"Emissões de dióxido de nitrogénio (NO2), antes e durante o confinamento (COVID). Aquela altura em que todos parámos, mas o planeta respirou."
Em contrapartida, encheram-se rios, mares e aterros com milhões de toneladas de máscaras descartáveis não recicláveis... sinceramente não sei se ganhamos alguma coisa com a paragem forçada pela COVID...

Entretanto, bate-se record em cima de record de voos no ar, nunca se viajou tanto como agora, cruzeiros estão novamente a abarrotar, só se fala em salvar o ambiente, mas, no fundo, são poucos, eu diria nenhuns os que estão dispostos em abdicar das mordomias do século XXI.
Ao mesmo tempo a guerra civil nas redes sociais continuam...onde uns acusam os outros de não serem verdes...mas depois é tudo igual...está tudo sentado na sua casinha de AC ligado e Telemóvel em punho a fazer a luta social verde.

Tenho sérias dúvidas que o ser humano tenha capacidade de se unir num objetivo comum, mesmo que isso signifique o seu fim.
 
O que tem uma maior pegada, trocar de telemóvel todos os anos ou uma viagem anual às Caraíbas? Ter o guarda-fatos cheio de roupa e sapatos e nunca viajar, ou comprar só roupa/calçado essencial mas gastar 1000L de gasóleo/ano em lazer?

E de repente lembrei-me disto:

Emissões de dióxido de nitrogénio (NO2), antes e durante o confinamento (COVID). Aquela altura em que todos parámos, mas o planeta respirou.
Concordo e incluiria nos transportes aqueles que não são individuais mas servem hábitos individuais que podiam ser mudados. Estou a referir-me ao grande comércio internacional em detrimento da produção local em todos os sectores, desde a alimentação a todas as indústrias que fabricam objectos de todo o tipo e vestuário.

Tenho sérias dúvidas que o ser humano tenha capacidade de se unir num objetivo comum, mesmo que isso signifique o seu fim.

Quando as situações colocam em perigo directo imediato ou quase imediato a sobrevivência, os seres humanos unem-se, mas talvez tarde de mais.
Pequenos países insulares em pequenos territórios afectados já, ou a curto/médio prazo, pela subida do nível do mar, unem-se no objectivo de sobreviverem.
Aquilo que tribos indígenas fazem pela preservação dos seus habitats é uma união pela sua sobrevivência.
Mesmo assim, aqueles povos que perderem o seu território natal ou a possibilidade de sobrevivência nesse território, ainda podem emigrar para outros pontos do globo (veja-se as imigrações para a Europa). A humanidade, no seu todo, não tem essa hipótese.
 
A sociedade do tipo ocidental terá não um fim, mas uma mudança notória nas próximas décadas - mesmo as sociedades "não ocidentais" caminham para cometer - e já cometem - os mesmos erros.
Sociedades imensamente comerciais, a evoluir com classes "médias" de grande expressão numérica, não são sustentáveis, a não ser que se consiga pela educação e pela racionalidade económica uma via mais ecológica. Não se afigura fácil.

Só este ponto para termos noção do quão difícil é a tarefa: alguém vislumbra o fim do turismo?
O maior operador turístico de navios de cruzeiros da Europa, dispõe de uma frota que emite a mesma carga poluente de todo o parque automóvel dos europeus. Alguém decretaria o seu fim? Obviamente que não.
Some-se a isto a elevada dependência económica de muitos países das receitas turísticas. Aviões, carros de aluguer, hotelaria...desemprego brutal.

Pois...tempos de repensar muito bem nas opções a tomar para o futuro.
 
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