StormyAlentejo
Cumulus
Ainda continuo na linha do cepticismo, de facto estes últimos 2 anos foram fora do Normal, ao contrário do que se pensa nem tanto em Portugal, mas no continente europeu é por isso que não estou mesmo nada convencido, que as alterações climáticas ou o aquecimento global afete muito mais a Penisula Ibérica que outras regiões europeias mais a norte, como se está quase a instituir-se na comunidade cientifica dominante. O Verão na Europa central foi mais que prolongado, tirando uma ou outra excepção a Europa central e de Leste esteve praticamente sempre sobre influencia anticlonica desde de Abril/Maio até quase agora, as depressões vindas para mais para o Leste Europeu(com a excepção para fenómenos convectivos dispersos) muitas vezes nem chega a cordilheira dos Alpes, estamos a 12 de Dezembro, e a maioria da Europa central e de Leste pouca ou nenhuns episódios de neve, teve, ou melhor nem chega a pegar no chão. Em relação a Portugal estes 2 anos secos nos últimos 5 anos, ainda não me convencem de todo, pois se formos a ver não faltam secas extensas e generalizadas em décadas distantes como as de 30,40,50,70, até em anos praticamente seguidos. Mais 5 anos, e se verificar anos iguais a estes ou iguais a 2012 ai sim, pode-se começar a falar de facto de uma tendência a longo prazo, até lá por muito que se tente não se consegue afirmar que um mês ou Outubro muito seco, ou uma estação do ano muito seca, ou 2 anos muito secos, devem-se á simples variabilidade climática que sempre existiu, ou ao aquecimento global, ou efeitos do El-Niño. Já sabemos que quando chove muito pouco, em anos secos, a analise das secas aparece mais nos Media.
Tendo como referência este estudo, deixo aqui alguns excertos que me pareceram interessantes:
"A evolução do clima da Terra nas três últimas décadas colocou o problema da mudança climática na agenda internacional. Especialmente a partir da última década do século XX, tornou-se clara uma tendência de aquecimento, ainda moderada mas já acima do nível usual de variabilidade interanual.
(...)
A quebra sucessiva de recordes para a temperatura em diferentes regiões e a ocorrência de situações extremas de calor, com grande impacto económico e social, obrigou a generalidade da sociedade a olhar para o aquecimento global como um problema premente, a requerer estudo, monitorização e planeamento.
(...)
Desde a década de 1970, a temperatura média subiu em todas as regiões de Portugal, a uma taxa de cerca de 0.5ºC/década, mais do dobro da taxa de aquecimento observada para a temperatura média mundial.
(...)
Todos os modelos, em todos os cenários, prevêem um aumento significativo da temperatura média em todas as regiões de Portugal até ao fim do século XXI. No continente, são estimados aumentos da temperatura máxima no Verão entre 3ºC na zona costeira e 7ºC no interior, acompanhados por um grande incremento da frequência e intensidade de ondas de calor. Nas regiões insulares os aumentos da temperatura máxima deverão ser mais moderados, entre os 2ºC e os 3ºC na Madeira, enquanto para os Açores se estimam aumentos entre 1ºC e 2ºC.
No que se refere à precipitação, a incerteza do clima futuro é substancialmente maior. No entanto, quase todos os modelos prevêem redução da precipitação em Portugal continental durante a Primavera, Verão e Outono."
Um estudo bastante interessante para os maus cépticos lerem.