Seguimento Rios e Albufeiras - 2022

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Nós é que andamos a dormir , temos tanta agua que corre no douro que entra a 100 e sai a 100 e nao há nada que a aproveite . Temos o lindoso que esvaziou para se preparar para a epoca das chuvas no ano passado para ter capacidade de encaixe e nada e estamos como tamos .

O clima mudou em toda a sua historia por isso Nós é que temos de nos adaptar e armazenar água

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O que está a acontecer no Douro parece-me que está em linha com a maior geração eléctrica hídrica nos últimos dias (após chuva de apenas 1 semana)...tarifas reguladas só deverão piorar o cenário...

 
O que está a acontecer no Douro parece-me que está em linha com a maior geração eléctrica hídrica nos últimos dias (após chuva de apenas 1 semana)...tarifas reguladas só deverão piorar o cenário...

Praticamente toda essa produção hidroeléctrica é do Douro. Não havendo forma de armazenamento, tudo o que está a vir de Espanha segue em direção ao mar. O nosso único aproveitamento é o hidroelétrico, porque de resto, é vê-la passar.
 
Albufeira da barragem do Tua (18-09-2022)
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Albufeira da barragem do Baixo Sabor (18-09-2022)
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Albufeira da barragem de Miranda (19-09-2022)
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Rio Douro a jusante da barragem de Miranda (19-09-2022)
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Barragem e albufeira de Saucelle (19-09-2022)
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Rio Douro no Pinhão (19-09-2022)
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Espanha manda-nos água porque não tem outra hipótese para produzir energia : Para produzirem eletricidade em Castro , Saucelle e Aldeadavilla , tem que mandar água para as barragens portuguesas que ficam entre estas. Chegando a Saucelle a barragem não tem encaixe e a água sai do Douro internacional para Portugal . O cumprir a convenção de Albufeira é desculpa . Ainda por cima as barragens do Douro agora são da Engie , esta deve pressionar para a água ser libertada para o Douro internacional . Espanha poderia armazenar água em Ricobayo e Almendra que são enormes e deixar fluir para Portugal apenas a água vinda do Douro a jusante do Rio Esla. Não o faz por interesses hidroelectricos.
 
Espanha manda-nos água porque não tem outra hipótese para produzir energia : Para produzirem eletricidade em Castro , Saucelle e Aldeadavilla , tem que mandar água para as barragens portuguesas que ficam entre estas. Chegando a Saucelle a barragem não tem encaixe e a água sai do Douro internacional para Portugal . O cumprir a convenção de Albufeira é desculpa . Ainda por cima as barragens do Douro agora são da Engie , esta deve pressionar para a água ser libertada para o Douro internacional . Espanha poderia armazenar água em Ricobayo e Almendra que são enormes e deixar fluir para Portugal apenas a água vinda do Douro a jusante do Rio Esla. Não o faz por interesses hidroelectricos.
Estamos a poucos dias do fim do ano hidrológico, até 30 de Setembro Espanha tem que meter a água acordada. Daí que tem que fazer estas descargas de uma vez. Se fosse enviando de forma mais equilibrada ao longo do ano, seria melhor para todos.
Mas ao que parece Portugal também falha, pois não consegue definir o que considera o caudal ecológico. Espanha queixa-se de que não obtém respostas da parte portuguesa nessa questão.
 
Última edição:

Espanha: “Não há água que chegue. Se nos tiram esta, de que vamos viver?”​


As comunidades de regantes afectadas pelo envio de água de afluentes do Douro para Portugal, ao abrigo da Convenção de Albufeira, querem que os reservatórios que lhes alimentam os campos sejam retirados do acordo. A luta está para durar.

22 de Setembro de 2022, 7:00

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Pablo Carbajal tem mais do que uma actividade: é o alcaide de Calzada del Coto, na província de Leão, em Espanha, e tem campos de regadio onde produz milho e alfafa. Até ao ano passado era também produtor de gado, tinha uma manada de 220 vacas, mas abandonou a actividade de toda uma vida porque, simplesmente, já não era rentável. Agora, é o que cresce nos campos que lhe garante o sustento e, por isso, nem quer ouvir falar na possibilidade de perder alguma da água que lhe permite pensar em colhe...


(notícia paga)
 
Espanha manda-nos água porque não tem outra hipótese para produzir energia : Para produzirem eletricidade em Castro , Saucelle e Aldeadavilla , tem que mandar água para as barragens portuguesas que ficam entre estas. Chegando a Saucelle a barragem não tem encaixe e a água sai do Douro internacional para Portugal . O cumprir a convenção de Albufeira é desculpa . Ainda por cima as barragens do Douro agora são da Engie , esta deve pressionar para a água ser libertada para o Douro internacional . Espanha poderia armazenar água em Ricobayo e Almendra que são enormes e deixar fluir para Portugal apenas a água vinda do Douro a jusante do Rio Esla. Não o faz por interesses hidroelectricos.
@Luis Martins , poderia ser, mas não é esse o caso. É mesmo porque têm uma data limite para cumprir com a convenção.
Por estes dias o preço da eletricidade no mercado ibérico nem tem estado assim tão elevado, quando comparado com os valores que já assistimos nos últimos meses. Por esse prisma, as hidroelétricas espanholas estariam ao nível de Alto Lindoso, Paradela, Alto Rabagão, Cabril, Vilar-Tabuaço há muito tempo.... As nossas albufeiras estão vazias, não só pela seca (se nós temos seca, imagina como não estão as bacias do Douro, Tejo e Guadiana espanholas) mas porque aproveitou-se os elevado preço do MWh para produzir eletricidade. Os espanhóis armazenaram a água, tal como nós fazemos com o Alqueva, e agora veem-se obrigados a larga-la. Imaginem se nós também tivéssemos que cumprir isso com o Alqueva...
 

Espanha vai respeitar caudais acordados com Portugal e continuar envios de água.​


Hoje às 16:15

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Foto: THOMAS COEX / AFP

Espanha vai manter a passagem de água dos rios para Portugal e respeitar os caudais acordados bilateralmente, disse esta quinta-feira a delegada do Governo espanhol na região de Castela e Leão, Virgínia Barcones.

"Espanha é um estado sério que cumpre os acordos internacionais que assina", disse Virgínia Barcones, em resposta a questões dos jornalistas na cidade espanhola de León, citada pela agência de notícias EFE.

A representante do Governo central espanhol na região autónoma de Castela e Leão, que faz fronteira com os distritos de Bragança e da Guarda, acrescentou que, em Portugal, o destino da água de rios partilhados pelos dois países "tem as mesmas restrições por causa da seca do que em Espanha".

Virgínia Barcones lembrou que esta matéria está regulada pela Convenção de Albufeira, assinada por Portugal e Espanha há 24 anos quando, em Madrid, havia um governo do Partido Popular (PP, direita), liderado por José María Aznar, e que o país tem de cumprir o acordado.

O Governo espanhol é atualmente liderado pelo partido socialista (PSOE), que governa em coligação com a Unidas Podemos (extrema-esquerda), enquanto em Castela e Leão há um executivo regional liderado pelo PP e que também integra a extrema-direita do Vox.

Na segunda-feira, cerca de três mil agricultores das províncias de León, Zamora e Salamanca manifestaram-se no centro da cidade de León para exigir que se encerre a libertação de água para Portugal no âmbito do acordo de Albufeira.

A Associação de Comunidades de Rega da Bacia do Douro (Ferduero) disse estarem em causa "libertações extraordinárias" de água e considerou que se trata de uma "espoliação" que está a ocorrer de forma unilateral e sem qualquer tipo de diálogo, acusando o Ministério da Transição Ecológica e Desafio Demográfico espanhol de voltar continuamente as costas à irrigação e ao mundo rural.

Em virtude deste acordo, as duas maiores albufeiras da Bacia Hidrográfica do Douro - Almendra, no rio Tormes entre Salamanca e Zamora, e Ricobayo, no rio Esla, em Zamora, ambas destinadas principalmente à produção hidroelétrica - terão de ceder a Portugal mais de metade da água que têm atualmente nas albufeiras.

O acordo prevê o envio para Portugal de cerca de 870 hectómetros cúbicos de água armazenada nas albufeiras espanholas da bacia do Douro, dos quais cerca de 650 provêm destas duas grandes albufeiras.

Assim, nas próximas duas semanas, antes do final do corrente ano hidrológico em 30 de setembro, Espanha deverá ter cumprido aquele acordo e para isso terá de ceder à bacia do Douro portuguesa a quantidade mínima de água represada estipulada no acordo assinado em novembro de 1998.

A delegada do Governo espanhol em Castela e Leão mostrou hoje empatia com a situação dos agricultores da região por causa das consequências da seca e dos incêndios rurais do verão, dizendo que estão previstas compensações para "minimizar as perdas", mas reiterou que aquilo que nunca pode ser posto em causa é o cumprimento de um acordo internacional.

Na terça-feira, o ministro do Ambiente e da Ação Climática português disse que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) mantém "reuniões permanentes" com os congéneres espanhóis sobre a seca no âmbito das convenções existentes entre os dois países.

"Portugal está a ter um ano muito difícil, Espanha está a sofrer um ano muito difícil. Temos consciência de que ambos os países estão a ser afetados pela questão da seca. Têm existido reuniões permanentes entre a APA e congéneres espanhóis naquilo que é o acompanhamento das responsabilidades no âmbito das convenções que existem. Defenderemos sempre o nosso país para a melhor utilização e respeito pelas convenções", disse Duarte Cordeiro, durante uma audição no parlamento.

O ministro referiu que serão avaliadas "as dificuldades existentes quer de um lado quer do outro", lembrando que no verão sempre se assistiu "a uma situação muito complicada relativamente ao Tejo".

"Tivemos oportunidade de chamar a atenção a Espanha relativamente a isso, para reforçar os caudais", acrescentou, referindo que, do ponto de vista da Convenção de Albufeira, existem caudais diários, mensais e anuais, sendo que "os caudais de curto prazo têm sido cumpridos".

"Depois a questão é se conseguiremos que em todo o território os caudais sejam cumpridos na convenção. Vamos avaliar no final do processo", frisou.

 
@Luis Martins (...) Os espanhóis armazenaram a água, tal como nós fazemos com o Alqueva, e agora veem-se obrigados a larga-la. Imaginem se nós também tivéssemos que cumprir isso com o Alqueva...

Mas se os espanhóis fossem largando a água ao longo do tempo não precisavam agora de estar agora a largar toda de uma vez. Esta história dos caudais ecológicos só faz sentido se for mantido um caudal mínimo regular. De que adianta ter o rio quase seco e de uma assentada "tomem lá a água toda"?
 
Por isso é que parece jogada da nova proprietária das barragens do Douro , antes isto não acontecia . A Espanha nem sempre cumpriu os acordos de Albufeira e agora num enorme ato de altruísmo , com seca na bacia do Douro em Espanha , decidiu mandar a água toda para Portugal. Agua que para nós só serve para produção eléctrica , não se bebe água do Douro e para a agricultura muito pouca deve ser utilizada. O Douro é um rio 2 caras . Antes da junção com o Esla , é um rio com um caudal normal , após receber as águas do Rio Esla é que o Douro se torna no segundo rio com mais caudal na Peninsula , ao ponto de na junção do Esla e Douro , o Esla tem mais caudal que o proprio Douro . Espanha tem varias barragens na bacia do Esla que são importantes reservas de água . Manda-la para cá só porque sim , em termos hídricos e ecológicos não faz sentido . Nós não temos onde guardar essa água . È atira-la fora. E quanto a cumprir a convenção , só acredita quem quer.
 
Barragem do Caia hoje com a cota nos 222,5m:
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Caudal de saída pelo canal de rega mais reduzido. Devia ter sido assim o verão todo.
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Cota e Volume da Albufeira - 22.09.2022​

Cota: 222,53 mt

Volume: 62.426.000 m3

Percentagem: 32,86 %

ABCaia
 
Barragem do Maranhão:






No boletim semanal do SNIRH de 19 de setembro, estava a 19%.