Por maior que seja a eficiência energética, quando o mundo converge para a total eletrificação de tudo, não há como diminuir o consumo. Quanto muito manter.
Exacto, o futuro será elétrico, mas ainda falta muito.
Se por milagre os veículos elétricos baixassem de preço não temos sequer infraestrutura elétrica para tal em grande escala, imaginem o problema enorme que é por exemplo nas cidades ter capacidade de carregamento em todas as garagens etc, todo esse consumo ao longo da noite.
E mesmo para manter, também será necessário muito autoconsumo com painéis solares e injetar o excesso não consumido na rede, mas pelo que li nós ainda não temos infraestrutura para a massificação de micro-produção distribuída. E somos um país pobre, infelizmente as famílias medias não têm muita capacidade de investir.
Sobre as eólicas, vi qualquer coisa noutro post, custaram-nos muito caro durante a última década, acumulamos déficits gigantescos, penso que a certa altura ultrapassou os 5 mil milhões, mas agora elas finalmente estão a gerar grandes poupanças e o défice/dívida tarifária vai quase desaparecer no próximo ano.
O que se está a passar agora, é que antes tínhamos que pagar de qualquer forma as tarifas garantidas, ou seja, pagavamos o diferencial do preço de mercado mais baixo em relação ao preço garantido.
Agora está a suceder o inverso, como o custo da energia no mercado é bem superior à tarifa garantida, os produtores eólicos devolvem ao sistema essa diferença limpando essa dívida histórica que só em juros nos custou centenas milhões. Mas de realçar que foi preciso o Covid e uma guerra para chegarmos a este ponto do custo no mercado ser superior à tarifa garantida