huguh
Cumulonimbus
Por aqui começou mesmo agora a chover com intensidade.
Como é bom ouvir este barulho!
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Eu não percebo nada da matéria, mas conheço a zona de Manteigas. Comparar a evolução do fogo da Serra da Estrela antes de chegar a Manteigas , em Manteigas e após Manteigas. E já agora perceber que árvores resistiram (e a maioria delas sem limpeza e se calhar por isso mesmo se safaram).Daí a minha incredulidade com o que ouvi a ser defendido, ou seja, que o tipo de coberto não fará grande diferença. É verdade que em situacao extrema tudo arde, mas a quantidade de energia libertada há de ser diferente, como dizes. Mesmo ao nível dos solos, um carvalhal terá solos mais húmidos, que contribuirão para retardar o avanço do fogo.
A questão das projeções também foi minimizada por um dos especialistas. A maioria era absorvida pela cabeça do incêndio, ou algo do género. Também não podes ir por aí.Eu não percebo nada da matéria, mas conheço a zona de Manteigas. Comparar a evolução do fogo da Serra da Estrela antes de chegar a Manteigas , em Manteigas e após Manteigas. E já agora perceber que árvores resistiram (e a maioria delas sem limpeza e se calhar por isso mesmo se safaram).
Não sei qual arde mais ou menos, mas sei que sempre que há incêndios caem folhas inteiras de eucalipto a arder a uma bela distância.
Entre pinhal bravo e o eucaliptal, "venha o diabo e escolha". Agora, entre aquelas espécies (essências) e as autóctones, ou mesmo as introduzidas mas resistentes ao fogo, dizer que é a mesma coisa para mim é pura mentira. Andei pela Serra da Estrela após o grande incêndio e observei de perto, pode dizer-se quase à lupa, como as árvores resistiram ou não, como o coberto vegetal e até o solo nas camadas superficiais ficou, e a diferença é notável.Eu não percebo nada da matéria, mas conheço a zona de Manteigas. Comparar a evolução do fogo da Serra da Estrela antes de chegar a Manteigas , em Manteigas e após Manteigas. E já agora perceber que árvores resistiram (e a maioria delas sem limpeza e se calhar por isso mesmo se safaram).
Não sei qual arde mais ou menos, mas sei que sempre que há incêndios caem folhas inteiras de eucalipto a arder a uma bela distância.
Foi rápida a resolução e conclusão do incêndio de Coruche, e se virmos bem essa tem sido a norma na actuação espectacular de todos os meios de combate este ano, mesmo durante a excepcional acumulação do número de ignições simultânea com as condições meteorológicas adversas que produziram o desastre e as tragédias humanas.
Não será demais juntar novamente o meu louvor a todos os bombeiros e operacionais, votos de recuperação rápida dos feridos e condolências muito sentidas às famílias dos que perderam a vida.
Nao podia explicar melhor... Obrigado pelo seu contributo a este topico dos incendios.Viva,
Agora que as coisas acalmaram no terreno, e vai como habitual começar a caça ao incendiário e à Proteção Civil...
Acho que é de louvar o extraordinário comportamento do dispositivo de combate numa situação em que (mais uma vez) foi completamente puxado ao limite. Pensei-o por diversas vezes neste Verão e esta tragédia só o confirmou, o combate a incêndios em Portugal nos últimos dois anos colocou-se num nível em que já é muito difícil fazer melhor. Vários incêndios houve em Agosto e no início de Setembro que outrora demorariam dias a ser extintos e, mesmo nos piores casos, os mesmos foram-no em cerca de 24 horas. Parece-me que a maior utilização dos meios aéreos no combate inicial e a maior mobilização imediata de efetivos têm feito toda a diferença, e isso foi uma lição muito bem retirada do grande incêndio da Serra da Estrela em 2022, onde o dispositivo mobilizado nas primeiras 24 horas foi um falhanço em toda a linha, na lógica do "deixa arder" - e não é por não existirem habitações em risco que se justifica deixar um incêndio ativo por horas a fio.
A quantidade de focos de incêndio apagados à nascença esta semana em zonas sensíveis foi incrível e, não fosse isso, estaríamos provavelmente a falar de uma tragédia da magnitude das de 2017. É muito possível que tenham existido falhas, mas tal parece-me absolutamente normal no cenário caótico que se viveu, não tenho dúvidas que este dispositivo está do lado da solução deste problema, problema que cá continua e basta a meteorologia não ajudar para se entrar num modo de contenção de dados materiais e pessoais.
Este problema tem muitas partes (abandono de terras, monoculturas, fraco tecido agrícola, falta de limpeza na interface urbano-florestal, falta de civismo, incendiários, etc, etc) e não estou a ver como é que isto se vai resolver atacando um ou outro fator apenas, como tem sido hábito desde que surgiu. Mas mais que isso, nunca se vai resolver sem se perderem votos nas urnas e sem se perder dinheiro, e por isso mesmo, cada vez tenho menos esperança que tal aconteça.
Andamos há anos nisto e morre gente volta e meia. Não é admissível que ainda haja gente que não esteja sensibilizada para esta temática, por isso se não vai a bem tem que ir a mal, com fiscalização a sério e punição (€€) exemplar.
E enquanto se vir o problema da floresta em Portugal como uma questão unicamente económica, onde só pode haver lucro a partir das atividades produtivas e não houver qualquer tipo de prejuízo, a começar pelo do Estado, também não se conseguem mudanças de fundo.
Passaram-se dois anos desde o citado incêndio que destruiu 1/3 do PNSE e das famosas declarações que ia "ficar muito melhor". Muitas encostas da zona de Manteigas e Belmonte continuam cheias de esqueletos de pinheiros, e as que foram limpas parecem um deserto à espera que o mato cresça. Onde está a reflorestação prometida? Onde estão os 150 M€ para revitalização da Serra? Nada mudou. Nas encostas de Seia e Gouveia, que arderam em 2017, despontaram árvores de todas as espécies que estão submersas num mar de giestal à espera do próximo incêndio.
Eu não preciso de ir muito longe para indicar várias situações de habitações que estão há mais de 3 anos paredes-meias com acácias ou pinheiro-bravo e outro matagal. Casas à beira de estradas nacionais por onde as autoridades passam regularmente. Também devo ser eu que sou uma pessoa extremamente observadora e volto e meia reparo em malta a fazer grelhadas no quintal em dias de vento e risco máximo de incêndio, porque nunca vi ninguém ser multado por isso. E apesar desse "fantástico" poder de observação, e de fazer muita caminhada pela serra, as únicas vezes que vi ser feita vigilância foi depois de já haver incêndios em curso ou apagados, como se servisse de muito nessa altura.
E se este é o cenário numa das principais áreas protegidas do país, imagino no resto...
antes de 2000... talvez 1980-1999?No âmbito de toda essa discussão e polémicas, alguém consegue identificar a que anos/período corresponde esta área ardida ?